Corinthians anula Neymar, é letal no ataque e bate Santos com dois de Yuri Alberto

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Mesmo já classificado às quartas de final do Campeonato Paulista, o Corinthians demonstrou a entrega habitual e bateu o Santos por 2 a 1 nesta quarta-feira, em noite de público recorde na Neo Química Arena, pela nona rodada da competição. Em partida com muitas faltas e cartões amarelos, o time da casa anulou Neymar e foi letal nas poucas vezes em que teve chances no ataque. Yuri Alberto marcou duas vezes para a equipe corintiana, e Guilherme descontou para os santistas.

Dono da melhor campanha do Paulistão, o Corinthians chega a 25 pontos e amplia a vantagem na liderança do Grupo A. O time do Parque São Jorge volta a campo no sábado, quando enfrenta a Portuguesa, às 18h30, no Pacaembu. Será o último compromisso da equipe antes da estreia na pré-Libertadores, na próxima quarta, contra o Universidad Central, na Venezuela.

Já o Santos deixa escapar a chance de voltar à zona de classificação do Grupo C e estaciona na terceira posição, com apenas nove pontos. O alvinegro praiano enfrenta o Água Santa na próxima rodada, às 20h30, na Vila Belmiro.

Antes do início da partida, os torcedores do Corinthians celebraram a estreia de Memphis Depay com a camisa 10. Com a bola rolando, foi o 10 do Santos, Neymar, quem fez a primeira finalização do jogo. O lance deu o tom dos primeiros minutos. Apesar da improvisação do zagueiro Luan Peres na lateral-esquerda, o time santista rechaçou ficar na defesa e buscou atacar, pressionando no campo adversário e aproveitando erros do rival em trocas de passe.

O Corinthians demorou a encaixar o seu jogo, mas quando o fez, foi mortal. Ao errar saída para o contra-ataque, o time santista deixou um buraco na defesa. O espaço foi suficiente para Matheuzinho acionar José Martínez, que cruzou para Yuri Alberto abrir o placar com um toque de pé esquerdo em dividida com o zagueiro João Basso, aos 16 minutos do primeiro tempo.

Regente da equipe santista, Neymar clareou jogadas e deu dinamismo ao meio-campo santista, mas sofreu com a marcação pesada dos corintianos. Vaiado a cada toque na bola, o craque quase fez o seu primeiro gol no retorno ao Brasil aos 27, quando aproveitou sobra na grande área e bateu colocado, obrigando Hugo Souza a operar um milagre. As disputas pela bola ficaram ríspidas, com entradas fortes e cartões distribuídos para ambos os lados.

O Santos não conseguiu manter o ímpeto inicial e, aos poucos, o Corinthians passou a mandar na partida. Aos 41, os homens de frente do time corintiano protagonizaram uma jogada digna de aplausos. Rodrigo Garro deu bonito lançamento para Depay, que recebeu livre na grande área e tocou de primeira para Yuri Alberto só empurrar para das redes.

Os times voltaram do intervalo com ânimos exaltados. Neymar recebeu faltas duras, e a árbitra Edina Batista precisou intervir quando Zé Ivaldo se estranhou com Garro. O Santos não desistiu de buscar o resultado e tentou mais uma vez pressionar a saída de bola adversária. Em vantagem no placar, o Corinthians cerrou a marcação e foi para o ataque somente 'na boa'.

Visivelmente cansado, Neymar foi substituído aos 22 minutos do segundo tempo. Bastante xingado, ele retribuiu o 'carinho' dos corintianos de maneira irônica, aplaudindo e mandando beijo para quem estava nas arquibancadas.

Conforme o relógio foi avançando, os times diminuíram o ritmo, a partida foi ficando morna e com poucas emoções. A guarda baixa permitiu ao Santos descontar com Guilherme, aos 33 minutos. O artilheiro do Paulistão aproveitou cochilo da defesa alvinegra para subir e marcar de cabeça seu oitavo gol no torneio.

Minutos finais foram marcados pela tensão. O Corinthians se limitou a ficar na defesa e viu o Santos rondar bastante a grande área. O time da Baixada apostou na bola e assustou em lances de escanteio, mas não demonstrou a mesma efetividade do rival para conseguir ao menos o empate.

FICHA TÉCNICA

CORINTHIANS 2 X 1 SANTOS

CORINTHIANS - Hugo Souza; Matheuzinho (Léo Maná), André Ramalho, João Pedro e Hugo; Raniele (Alex Santana), José Martínez (Ryan), André Carrillo e Rodrigo Garro (Talles Magno); Memphis Depay (Ángel Romero) e Yuri Alberto. Técnico: Ramón Díaz.

SANTOS - Gabriel Brazão; Léo Godoy (Escobar), Zé Ivaldo, João Basso (JP Chermont) e Luan Peres; Tomás Rincón (João Schmidt), Diego Pituca (Gabriel Bontempo) e Neymar (Soteldo); Guilherme, Tiquinho Soares e Thaciano. Técnico: Pedro Caixinha.

GOLS - Yuri Alberto, aos 16 e aos 41 minutos do primeiro tempo; Guilherme, aos 33 do segundo tempo.

ÁRBITRA - Edina Alves Batista.

CARTÕES AMARELOS - Matheuzinho, Raniele, Ryan, João Pedro e André Ramalho (Corinthians); Luan Peres, Tiquinho Soares e Zé Ivaldo (Santos).

RENDA - R$ 2.955.248,30.

PÚBLICO - 48.169 torcedores.

LOCAL - Neo Química Arena, em São Paulo (SP).

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.