Brasil celebra 13º título Sul-Americano Sub-20 após tropeço da Argentina contra o Paraguai

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Com três horas de "atraso", a seleção brasileira pôde soltar o grito de campeã do Sul-Americano Sub-20 pela 13ª vez neste domingo. Maior vencedora da competição, a equipe já detinha o título e voltou ao topo do pódio após a rival Argentina não conseguir a goleada por quatro gols de diferença sobre o Paraguai no último jogo do hexagonal final. Depois de sair em desvantagem de 2 a 0, os hermanos até conseguiram reagir ao buscar um insuficiente 2 a 2, mas sofreram outro gol no fim e perderam por 3 a 2 sob gritos de "olé" dos brasileiros.

O elenco do técnico Ramon Menezes estava todo na arquibancada do estádio José Antonio Anzoátegui, na cidade de Puerto la Cruz, na Venezuela, para "secar" os hermanos após fazerem 3 a 0 sobre o Chile mais cedo. O possível sofrimento não veio e se transformou em festa ainda na primeira etapa, em show paraguaio diante de uma perdida e desorganizada Argentina. Foi um vareio de bola nos 45 minutos iniciais.

Entalado com os argentinos após levarem surra de 6 a 0 na rodada de estreia, os brasileiros passaram o jogo decisivo provocando e tentando desestabilizar a rival durante os 90 minutos. O silêncio veio apenas no gol de empate. Mas virou festa quando Léon recolocou o Paraguai em vantagem.

Agora o Brasil vai se preparar para a Copa do Mundo da modalidade, agendada para setembro, no Chile. A meta é se redimir da campanha ruim na edição passada, em solo argentino, no qual acabou eliminada nas quartas em surpreendente virada de Israel, por 3 a 2.

Para chegar aos 13 pontos no segundo jogo do dia, o Brasil precisou se reinventar após um primeiro tempo ruim. E, mesmo não brilhando, conseguiu ganhar e fazer saldo para jogar pressão à Argentina com gols de Deivid Washington, Pedrinho e Ricardo, que ainda garantiram um saldo de sete.

ARGENTINA NÃO REPETE BOAS ATUAÇÕES

Necessitando de uma goleada por quatro gols de diferença, os argentinos foram surpreendidos pelo começo forte do Paraguai, que partiu para o ataque e com menos de dois minutos obrigou Martinet a realizar duas grandes defesas. A primeira, com o camisa 9 Caballero cara a cara.

Na beirada do campo, a comissão técnica argentina conversava bastante tentando entender o que fazer para ajustar a equipe. Mesmo cumprindo tabela após garantir a vaga ao Mundial na rodada passada, os paraguaios eram ousados, contrariando os prognósticos da "decisão".

Somente com 16 minutos a Argentina conseguiu finalizar. A cabeçada de Hidalgo não teve direção. Com o astro Echeverri bem marcado, a criação era nula e os lances perigosos eram todos do Paraguai, que voltou a perder gol feito com Morínigo batendo com força pelo alto.

A superioridade paraguaia surtiu efeito na décima finalização, a primeira no alvo. Martinet errou na saída, Morínigo cruzou para trás e Kmet (nascido em Buenos Aires) soltou a bomba. A bola bateu no travessão e entrou para festa do elenco brasileiro presente nas arquibancadas.

Antes do intervalo, o Paraguai já colocava a Argentina na roda e parecia ser o time lutando pelo título do Sul-Americano Sub-20, para delírio dos brasileiros, que "vibravam" a cada lance em campo contra os hermanos. Realizando uma péssima etapa, ir aos vestiários com desvantagem mínima foi uma vitória dos argentinos. Morínigo bateu por cobertura e acertou o travessão e obrigou milagre de Martinet no último lance antes da pausa.

O segundo tempo começou com Caballero ampliando. Lançamento longo, a defesa bobeou e o centroavante mandou de primeira para deixar os brasileiros com a mão na taça. Mas a reação veio rápido, com Carrizo descontando aos 6. Faltavam cinco gols para que o título mudasse de seleção - anotou 6 a 0 no Brasil.

Os argentinos se empolgaram com o primeiro gol e, após longa consulta ao VAR, a posição de Carrizo foi de não impedimento e o empate surgiu 22 minutos após batida cruzada. O Paraguai já não mais atacava e apostava na força da marcação após entrada de mais um defensor. Mesmo assim, anotou o terceiro, em toque de Diego León de pé esquerdo após passe de cabeça de Quintana.

Os minutos finais foram de destempero dos argentinos, que começaram a apelar com entradas duras por causa das trocas de passes e dribles dos paraguaios sob incentivo e gritos de "olé" dos brasileiros. No fim, em alto e bom som, veio o "bicampeão, bicampeão." em bom português de quem passou a competição toda sob pressão pelas apresentações fracas.

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.