Lucas Moura admite salários atrasados no São Paulo, e Calleri dispara sobre revés: 'Vergonha'

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A derrota do São Paulo para a Ponte Preta por 2 a 1, nesta quarta-feira, no Morumbi, escancarou a frustração do elenco e aumentou a pressão sobre a equipe. Após a partida, Lucas Moura negou que a fase ruim tenha relação com salários atrasados e assumiu a responsabilidade dos jogadores pelo momento instável.

"A culpa é muito mais dos jogadores. Não há desespero e não há crise porque já estamos classificados. Não tem nada a ver com salários atrasados (o atual momento). Isso vamos tratar internamente. A culpa é dos jogadores. Temos consciência de que precisamos melhorar, pois não é normal essa sequência negativa com esse elenco. Precisamos ligar o sinal de alerta", afirmou o camisa 7.

A insatisfação também ficou evidente na fala de Jonathan Calleri, que não poupou críticas ao desempenho da equipe. "Não tem o que justificar hoje. Daqui pra frente precisa melhorar, pois está ficando feio. Tenho vergonha do que aconteceu aqui", desabafou o argentino, visivelmente irritado com a atuação do time no Morumbi.

O meia Oscar também cobrou uma reação imediata e destacou as falhas defensivas. "É triste, é triste. A gente tem de melhorar, tem de treinar. Temos tomado gols que normalmente não tomamos. Jogamos bem, mas estamos levando muito gol bobo em contra-ataque. Temos que melhorar", afirmou.

Na ausência de Luis Zubeldía, suspenso, o auxiliar Maxi Cuberas tentou minimizar a derrota e apontou um momento específico como determinante. "Foi mais no início do segundo tempo que fomos mal. Não creio que fomos mal em todo o jogo. Nós vínhamos controlando a partida e nos sentimos cômodos com o que propusemos. Terminamos ganhando de 1 a 0, o primeiro tempo, por isso entramos, não sei se muito confiantes, distraídos. Lamentavelmente, pagamos caro, porque em 15 minutos eles viraram o placar", explicou.

Além do tropeço, o resultado pode ter uma consequência inesperada no campeonato: a vitória da Ponte Preta pode significar a eliminação precoce do Palmeiras ainda na fase de grupos do Paulistão, algo que surpreendeu até mesmo os jogadores do São Paulo.

Apesar da derrota, o São Paulo segue na liderança do Grupo C, com 16 pontos, apenas um a mais que o Novorizontino. O time agora precisa de uma vitória na última rodada para garantir o primeiro lugar. O São Paulo volta a campo no domingo, às 18h30, para encarar o São Bernardo, no estádio Primeiro de Maio.

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A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.

O sarampo é uma infecção aguda e viral causada pelo morbilivírus, com alto poder de transmissão entre pessoas de qualquer idade. O contágio acontece de forma direta, principalmente por secreções nasais expelidas ao tossir, espirrar ou falar.

Entre os sintomas mais comuns estão tosse persistente, febre, manchas avermelhadas na pele, dores no corpo, coriza, irritação nos olhos e manchas brancas na parte interna da boca.

Atualmente, não existe tratamento específico para o sarampo. Em quadros mais graves, pode ser necessária a administração de vitamina A. Nos casos leves, a ingestão de líquidos e o controle da febre ajudam a evitar complicações.

A vacinação é a única forma eficaz de prevenção. A vacina está disponível gratuitamente em todos os postos de saúde durante todo o ano e pode ser aplicada em crianças e adultos.

Especialistas reforçam que manter a vacinação em dia é essencial para evitar surtos e proteger não apenas quem recebe a dose, mas também a comunidade como um todo.