João Fonseca e Thiago Wild sofrem queda no ranking da ATP após Rio Open; Bia perde uma posição

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Cercado de expectativa por conta da presença do promissor João Fonseca e do título conquistado pelo jovem tenista em Buenos Aires, a edição 2025 do Rio Open não foi nada satisfatória para os brasileiros. Diante das eliminações precoces, os três competidores nacionais mais bem ranqueados da ATP perderam posições na atualização desta segunda-feira. Assim, apenas Fonseca e Thiago Wild continuam no Top 100. Thiago Monteiro caiu para 108º lugar. No feminino, Bia Haddad Maia sofreu ligeira queda na lista da WTA e perdeu um posto: agora é a 17ª colocada.

Destaque no cenário internacional do circuito, Fonseca foi eliminado logo na estreia no Rio, perdeu dez posições e não está mais entre os 70 melhores. O carioca de 18 anos (que aparecia como 68º) está na 78ª posição e continua sendo o melhor brasileiro ranqueado.

Thiago Wild também pagou o preço de cair no ATP 500 do Rio na primeira partida e figura no 86º lugar (perdeu 11 posições). Os dois brasileiros não conseguiram defender os pontos da campanha do ano passado, quando alcançaram às quartas de final. Mesmo chegando até a fase de oitavas, Thiago Monteiro ficou fora do Top 100 e desceu para 108º.

Sem tempo para lamentações, João Fonseca vai dar sequência ao calendário de disputas. O tenista se prepara para competir nos Estados Unidos em março. O carioca está confirmado nos Masters 1000 de Miami e Indian Wells já partir do próximo mês.

O saldo positivo do Rio Open ficou por conta da vitória brasileira na final de duplas com Rafael Matos e Marcelo Melo. Eles brilharam na quadra carioca ao superar os espanhóis Pedro Martinez e Jaume Munar por 2 sets a 0 na final arrebatando o título. No ranking de duplas, Melo aparece em 23º com 2.925 pontos. Já o seu companheiro ostenta a 37ª posição na relação da ATP com 2.407.

Na lista do Top 10 masculino, a mudança mais significativa aconteceu na troca de posições envolvendo Andrey Rublev e Tommy Paul. O russo, vencedor do ATP 500 de Doha, chegou aos 3.670 pontos e saiu do décimo para o nono lugar, ganhando a vaga do americano, que fecha a relação dos dez melhores.

Já no feminino, Jessica Pegula ganhou uma posição e agora é a quarta colocada, atrás da líder Aryna Sabalenka, seguida da polonesa Iga Swiatek e da americana Coco Gauff na terceira colocação. Madison Keys também subiu um degrau e aparece em quinto. Antes quarta na lista das dez primeiras, a italiana Jasmine Paolini caiu para sexto.

Outra surpresa ficou por conta da novata Mirra Andreeva. Ao ganhar o WTA de Dubai, a tenista russa saiu da 14ª para a 9ª posição, empurrando a americana Emma Navarro para o 10º posto e tirando a espanhola Paula Badosa do Top 10.

Na atualização desta segunda-feira da WTA, a brasileira Beatriz Haddad Maia teve uma ligeira queda na lista, mas continua entre as 20 melhores. A paulistana perdeu o 16º lugar e agora está uma posição abaixo, com 2.369 pontos

Confira a lista dos 10 melhores no masculino:

1º - Jannik Sinner (ITA), 11.330 pontos

2º - Alexander Zverev (ALE), 8.135

3º - Carlos Alcaraz (ESP), 7.510

4º - Taylor Fritz (EUA), 4.900

5º - Casper Ruud (NOR), 4.325

6º - Daniil Medvedev (RUS), 4.030

7º - Novak Djokovic (SER), 3.900

8º - Alex de Minaur (AUS), 3.785

9º - Andrey Rublev (RUS), 3.670

10º - Tommy Paul (EUA), 3.280

Confira o Top 10 feminino:

1º - Aryna Sabalenka (BEL), 9.076 pontos

2º - Iga Swiatek (POL), 7.985

3º - Coco Gauff (EUA), 6.333

4º - Jessica Pegula (EUA), 5.196

5º - Madison Keys (EUA), 4.679

6º - Jasmine Paolini (ITA), 4.518

7º - Elena Rybakina (CAS), 4.328

8º - Qinwen Zheng (CHN), 3.780

9º - Mirra Andreeva (RUS), 3.720

10º -Emma Navarro (EUA), 3.704

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.