Presidentes de clubes da Libra e da LFU debatem união dos blocos e combate ao racismo

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Dirigentes de clubes da Libra e da Liga Forte União (LFU) se reuniram no Rio, na manhã desta terça-feira. O encontro foi promovido pelo presidente do Flamengo, Luiz Eduardo Baptista, o Bap, e contou com representantes de 19 clubes dos dois blocos, que dividem a comercialização dos direitos de transmissão do futebol brasileiro.

A reunião debateu interesses dos dois blocos, no sentido de uma possível unificação no futuro. Atualmente, os dois grupos dividem os clubes do Brasil, mas já ensaiam uma aproximação, como a venda conjunta para os direitos de transmissão da Série B.

A conciliação começa a se desenrolar depois da conclusão das vendas dos direitos de transmissão do Brasileirão de 2025 a 2029. Como o Estadão mostrou, a Libra foi responsável pela criação de um comitê de integração de ligas para "acelerar o debate" sobre o desenvolvimento de uma liga unificada no Brasil.

À tarde, integrantes da Libra se reuniram com o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues. Estiveram presentes representantes de São Paulo, Palmeiras, Santos, Flamengo, Grêmio, Atlético-MG, Bahia, Vitória, Red Bull Bragantino, Remo, Volta Redonda e Guarani. No mês passado, integrantes da LFU já haviam se reunido com Ednaldo.

Foram apresentadas, nesta terça-feira, pautas que já haviam sido discutidas internamente entre o bloco. Uma delas foi o fair-play financeiro, bandeira defendida publicamente pelos clubes e que deve ser pautado também no conselho técnico da Série A do Campeonato Brasileiro, nesta quarta-feira.

Além disso, a Libra discutiu a profissionalização de arbitragens, a organização e regulamento no Brasileirão, gramado sintético e combate ao racismo. O tema ganha força após o caso contra Luighi, do Palmeiras, durante a Libertadores sub-20, no Paraguai.

Leila Pereira, presidente palmeirense, sugeriu até mesmo a filiação à Concacaf e o rompimento com a Conmebol. A ideia reverberou entre outros dirigentes, que citaram a migração como uma possibilidade. Para isso, porém, é necessário que a própria CBF se desfilie e solicite a migração, em processo que depende também de aprovação da Fifa.

QUE CLUBES ESTÃO NA LIBRA E NA LFU?

A Libra conta com nove equipes na primeira divisão: Palmeiras, São Paulo, Santos, Flamengo, Red Bull Bragantino, Atlético-MG, Grêmio, Bahia e Vitória. Já a LFU tem 11 clubes na Série A: Corinthians, Internacional, Cruzeiro, Fluminense, Vasco, Botafogo, Fortaleza, Juventude, Sport, Ceará e Mirassol.

A LFU conseguiu R$ 1,7 bilhão por ano, somando a venda de todos os pacotes (Record, YouTube, Amazon Prime Video e Grupo Globo Globo). Houve um considerável aumento, de 55%, visto que os direitos dos clubes que pertencem a LFU valiam R$ 1,1 bilhão em 2024.

O contrato exclusivo da Libra com a Globo deve render R$ 5,5 bilhões às equipes do bloco. A emissora pagará cerca de R$ 1,1 bilhão anualmente, tanto pela exibição na TV aberta quanto fechada, no SporTV.

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Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR. 

Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.