Presidente da FPF pede desculpa após atribuir polêmica de pênalti do Palmeiras a Rafael

Esporte
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O pênalti marcado em Vitor Roque, que resultou no gol de Raphael Veiga para o Palmeiras vencer o São Paulo e ir à final do Paulistão continua a repercutir. Após o São Paulo reclamar, o presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), Reinaldo Carneiro Bastos, falou sobre o lance, isentando a arbitragem de erro. Mais tarde, ele pediu desculpas sobre o comentário, que atribuiu a polêmica ao goleiro Rafael.

Foi justamente o que mais chamou a atenção na fala do presidente. "O Rafael foi sair jogando, não saiu jogando bem, e olha só o que aconteceu. Quantos atores estão nessa dificuldade. Se o Rafael chuta para frente, não acontece nada", comentou, descrevendo a tentativa de o goleiro trocar passes com Arboleda, que caiu e precisou tentar dividir com o atacante palmeirense.

O pedido de desculpas foi publicado pela FPF. "Conversei com Rafael por telefone e me desculpei pelo comentário infeliz ao citá-lo. Quero esclarecer que em nenhum momento quis atrelar a polêmica de arbitragem ao goleiro Rafael, a quem admiro e respeito muito o trabalho", afirmou Carneiro.

O presidente da federação, inclusive, elogiou a atuação de Flávio Rodrigues de Souza, árbitro principal da partida, e o restante da equipe, que tinha Rodrigo Guarizo no VAR. "A arbitragem, até aquele lance polêmico, foi absolutamente normal. Muito pouca contestação. Um lance que eu rezo todo santo dia para não acontecer. Vocês que são do futebol sabem. Se não tivesse dado o pênalti, quem estaria reclamando hoje era o Palmeiras."

Alisson, do São Paulo, concordou, em conversa com os jornalistas na zona mista logo após a partida. O jogador disse que não houve erros até o lance polêmico. "Ele só falou que o VAR já tinha chegado e já tinha confirmado o pênalti", relatou o são-paulino, sobre o que disse o árbitro aos jogadores.

O presidente da FPF ainda deu sua interpretação da situação, dizendo entender o São Paulo. "Um toque existe. A gente garantir que aquele toque foi suficiente para desequilibrar o atacante é uma interpretação. Dois (árbitros) Fifa, um no campo e um na cabine, entenderam que foi suficiente. Mas é algo que me entristece, porque eu entendo a mágoa do torcedor e da diretoria são-paulina. É um lance extremamente no limite. Para onde você decidisse, alguém ia ficar em desagrado."

Corinthians e Palmeiras começam a decidir o Paulistão neste domingo, 16, no Allianz Parque. O Corinthians busca o 31° título, enquanto o Palmeiras tenta alcançar o 27° e um tetracampeonato inédito na era profissional. Esta também será a primeira vez, desde 2020, que os clubes se enfrentam em uma final estadual.

Em outra categoria

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR. 

Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.