Hospital atualiza boletim médico de Pedro Severino, que é submetido a traqueostomia

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Pedro Henrique Severino, jogador de 19 anos do Red Bull Bragantino, que sofreu um grave acidente de carro no dia 4, na Rodovia Anhanguera, em São Paulo, foi submetido a um procedimento de traqueostomia. A informação foi divulgada nesta quarta-feira pelo Hospital Unimed Ribeirão Preto, onde o jovem se encontra internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Ele mantém quadro neurológico grave com necessidade de sedação e medidas clínicas de proteção cerebral.

A traqueostomia é um procedimento cirúrgico feito na região da traqueia para facilitar a chegada de ar aos pulmões. O método foi realizado sem intercorrências e foi considerado necessário para a continuidade do tratamento do atleta.

"Desde sua transferência para o Hospital Unimed Ribeirão Preto, no dia 6 de março, ele recebe atendimento de alta complexidade por uma equipe multiprofissional composta por intensivistas, neurocirurgiões e demais profissionais de saúde. O acompanhamento permanece rigoroso, de forma a garantir todo suporte e cuidados essenciais ao paciente e à sua família"", escreveu o hospital, em nota oficial.

O acidente de Severino gerou grande repercussão, principalmente após a gravidade do quadro inicial. Após a colisão com a traseira de um caminhão, o jogador foi internado no Hospital Municipal Dr. Waldemar Tebaldi, em Americana (SP), onde "a equipe médica chegou a abrir o protocolo para confirmação de morte encefálica", mas o procedimento foi interrompido após o atleta ter uma "crise de tosse", indicando atividade cerebral. Esse sinal positivo levou à transferência de Severino para o Hospital Unimed Ribeirão Preto, na manhã do dia 6 de março.

No hospital de Ribeirão Preto, Severino passou por exames de imagem e foi submetido a um monitoramento intensivo, o que permitiu detectar "a atividade cerebral" e estabilizar seu quadro. Apesar disso, o boletim médico destaca que "a gravidade do trauma craniano requer ainda recursos intensivos do tratamento aplicado pela equipe médica", e que, portanto, o quadro do jogador "segue estável, porém grave". A equipe médica continua realizando exames e acompanhando a evolução do atleta para ajustar os cuidados conforme necessário.

A investigação do acidente segue, com o motorista Aguinaldo Romero Lago, de 57 anos, afirmando ter "dormido ao volante", conforme depoimento à polícia. Ambos os motoristas passaram por testes de bafômetro, que resultaram negativos. A polícia prossegue com os procedimentos investigativos para esclarecer completamente o caso.

Pedro Severino, que pertence ao Botafogo-SP e estava emprestado ao Bragantino desde o início do ano, é filho de Lucas Severino, ex-centroavante do Athletico-PR, Corinthians e da seleção brasileira. Ele havia assinado contrato com o Bragantino apenas no sábado, 1º de março. O clube de Ribeirão Preto, em solidariedade ao atleta, promoveu uma roda de oração no Estádio Santa Cruz, com jogadores, comissão técnica e funcionários unidos em apoio a Severino.

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Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR. 

Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.