O que esperar da F1 em 2025? Verstappen desafiado, Hamilton na Ferrari e brasileiro no grid

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O circo da Fórmula 1 desembarca nesta semana em Melbourne, na Austrália, para o primeiro Grande Prêmio da temporada de 2025. Com pilotos novos, trocas entre escuderias, a categoria máxima do automobilismo mundial chega em seu ano derradeiro com o atual sistema complexo para recuperação de energia e promoverá, em 2026, alterações na motorização, combustíveis, dimensões dos carros e aerodinâmica, além da admissão da Cadillac como 11ª equipe do grid.

Para este ano, a Fórmula 1 decidiu por encerrar a pontuação extra para o piloto que fizesse a volta mais rápida da corrida. Esse ponto só valia caso o piloto estivesse entre os 10 primeiros colocados. Serão 24 Grandes Prêmios nesta temporada, passando por todos os continentes, exceto a África. A última prova será em Abu Dabi, nos Emirados Árabes Unidos, em 7 de dezembro. São Paulo abriga, no Autódromo de Interlagos, o 21º GP, em 9 de novembro. Além da capital paulista, outras cinco cidades terão corridas sprint: Xangai, Miami, Spa-Francorchamps, Austin e Lusail.

Neste fim de semana, três novatos farão suas estreias, um deles é o brasileiro Gabriel Bortoleto. Os demais são o francês Isack Hadjar, da RB, e o italiano Andrea Kimi Antonelli, da Mercedes. Na Sauber, o paulista de 20 anos não terá vida fácil. Depois de emendar os títulos da Fórmula 2 e da Fórmula 3, a chegada à Fórmula 1 será desafiadora em uma equipe que promete lutar, no máximo, por alguns pontos na temporada. A melhor notícia para Bortoleto é que em 2026 se efetiva a alemã Audi como proprietária da equipe e perspectivas mais ousadas devem se desenhar.

Nos testes de pré-temporada, no Bahrein, Bortoleto não andou tanto quanto se planejava e teve de lidar com problemas com o carro que o impediram de dar mais voltas no circuito. Os resultados volta a volta não servem de forma sólida como parâmetro de comparação entre as equipes, mas dificilmente se verá algo completamente diferente na pista australiana. Dessa forma, o brasileiro deve ter a companhia de Haas, Alpine, Aston Martin e RB no fundo do pelotão.

"Ele (Gabriel Bortoleto) provavelmente é o novato com menos quilometragem entre todos. Mas o que vimos dele até agora nos impressionou, ele aprende muito rápido. O Gabriel parece muito confortável em um carro de Fórmula 1", analisou o chefão da Sauber, Mattia Binotto em entrevista à Auto Motor und Sport, da Alemanha.

FERRARI: A NOVA CASA DE UM ÍCONE

Pela primeira vez em sua carreira na Fórmula 1, Lewis Hamilton não terá um motor Mercedes. O heptacampeão do mundo se juntou à Ferrari para o que devem ser suas últimas temporadas na categoria. O britânico terá a companhia do monegasco Charles Leclerc no time italiano.

Leclerc já se provou um piloto capaz de brigar pelo título, mas precisa amenizar erros que custaram muito caro nos últimos anos. Popstar e com um legião de fãs, o monegasco deve manter seu status dentro da equipe mesmo com a chegada de Hamilton. O controle de egos e a briga por posição são as dúvidas que cercam o mundo da Fórmula 1 em relação à Ferrari.

As repostas até aqui foram positivas, com elogios de parte a parte. "Charles é extremamente talentoso. Vê-lo trabalhar e observá-lo na garagem, tem sido realmente ótimo", disse Hamilton. "Obviamente ele está aqui há muito tempo, então ele conhece bem o time, fala italiano e se sente em casa. Mas como já tínhamos uma amizade antes, isso tornou muito mais fácil começarmos a trabalhar juntos", complementou o britânico à Fórmula 1.

A expectativa é que a Ferrari batalhe de forma mais acirrada com a McLaren e a Red Bull pelas primeiras colocações. Uma boa arrancada na primeira parte do campeonato pode ser crucial para um título. A Ferrari não conquista um campeonato de construtores desde 2008 e de pilotos desde 2007, com Kimi Räikkönen.

"Eu não tenho uma bola de cristal. Tudo o que posso dizer é que estamos apenas vivendo um dia de cada vez. Estamos focados em fazer nosso trabalho", explicou Hamilton.

OS DESAFIOS DE MAX VERSTAPPEN

Tudo leva a crer que essa será a temporada mais desafiadora para Max Verstappen desde que se inseriu na briga por títulos na Fórmula 1. Após quatro mundiais consecutivos (2021, 2022, 2023 e 2024) com Sergio Pérez ao seu lado, o holandês tem um novo companheiro de equipe. O neozelandês Liam Lawson foi promovido para a Red Bull e desbancou o mexicano.

Verstappen terá outras alegrias em breve. Kelly Piquet, namorada do holandês e filha do tricampeão Nelson Piquet, está grávida. Em dezembro, o casal anunciou que estava esperando um filho. Kellly é mãe Penepole, fruto do relacionamento com o também piloto Daniil Kvyat, da Rússia.

Nos bastidores da Fórmula 1, aposta-se que esse vai ser um ano muito difícil para Verstappen nas pistas e que pode marcar seu adeus à Red Bull, mesmo tendo contrato até 2028. Mercedes e Aston Martin já demonstraram interesse em contar com o multicampeão.

MCLAREN: DE CAMPEÃ DE CONSTRUTORES A CAMPEÃ DE PILOTOS?

Após conquistar o título de construtores em 2024, a McLaren se permite sonhar mais alto neste ano. Repetindo sua dupla de pilotos, Lando Norris e Oscar Piastri, a escuderia de Woking busca afinar a sintonia na equipe para impedir que erros individuais prejudiquem o time como na última temporada.

Norris foi o principal concorrente de Verstappen ao longo do ano, mas se mostrou imaturo em algumas decisões, mesmo tendo 25 anos, apenas dois a menos que o holandês. A própria McLaren cometeu equívocos que custaram caro e foram vistos como reflexo do longo período do time sem brigar por troféus.

Os testes de pré-temporada exibiram a McLaren como o time mais consistente, tanto em simulações de treino classificatório como de corrida. Deve ser o time a ser batido. Norris e Piastri entram em 2025 tão favoritos quanto Verstappen e ligeiramente à frente da dupla da Ferrari.

PROGRAMAÇÃO DO GP DA AUSTRÁLIA DE F1 2025

Quinta-feira (13/03) - 22h30 - Treino Livre 1

Sexta-feira (14/03) - 2h - Treino Livre 2

Sexta-feira (14/03) - 22h30 - Treino Livre 3

Sábado (15/03) - 2h - Treino classificatório

Domingo (16/03) - 1h - Corrida

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.