Vini Jr salva o Brasil e garante vitória sobre a Colômbia com gol nos acréscimos

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Quem foi ao Mané Garrincha, em Brasília, assistir à seleção brasileira nesta quinta-feira não viu o progresso que diz enxergar o técnico Dorival Júnior, mas viu Vini Jr, astro apagado em outras situações, salvar a equipe. Foi dele o gol da vitória sobre a Colômbia por 2 a 1, conquistada com gol aos 53 minutos do segundo tempo. Raphinha marcou de pênalti e Luis Díaz, carrasco dos brasileiros, fez o gol colombiano.

Quando Rodrygo não estava mais em campo, Raphinha pouco fazia e os 70 mil torcedores, nervosos no estádio, ensaiavam uma vaia à seleção, Vini Jr acertou um lindo chute de fora da área e assegurou a vitória que impede que a seleção desça para o sexto lugar e dá respiro à equipe e, principalmente ao técnico Dorival Júnior, tão criticado por escolhas ruins.

O triunfo sofrido e dramático é de muita importância porque leva a seleção à vice-liderança das Eliminatórias. Agora, são 21 pontos, quatro a menos que a líder Argentina, que ainda joga na 13ª rodada e é justamente a próxima adversária do Brasil, em duelo marcado para terça-feira, em Buenos Aires.

Bastaram três minutos para Raphinha, apontado como um dos melhores jogadores do mundo, mostrar que vive ótima fase ao dar bela enfiada para Vini Jr. Derrubado na área, o astro do Real Madrid sofreu pênalti que Raphinha bateu e converteu. Poderia ser o prenúncio de que seria uma noite feliz para o Brasil. Ledo engano.

Mais uma jogada de Vini e outra de Rodrygo foram somente o que fizeram os brasileiros depois do gol no primeiro tempo. A seleção parou, passou a dar campo à Colômbia, que à vontade, foi dominando aos poucos a partida e explorando as fraquezas e falhas do Brasil até empatar justamente dessa forma: valendo-se de um erro na saída de bola de Joelinton.

O volante entrara no lugar de Gerson, machucado, e cochilou quando não podia. Árias, esperto, roubou a bola e deixou com James, que rolou para Luis Díaz, o craque desta geração colombiana, empatar. Foi o quarto gol do atacante em sete jogos contra o Brasil, que saiu vaiado para o intervalo.

O segundo tempo teve um período dramático e de pausa depois que Sánchez e Alisson se chocaram pelo alto. O zagueiro colombiano caiu desacordado e o goleiro brasileiro também sentiu a pancada. Ambos foram substituídos - Sánchez recobrou a consciência e saiu de maca - e a bola voltou a rolar após cinco minutos de preocupação.

Precisando ganhar o jogo, Dorival resolveu mexer na lateral direita e em um dos volantes. Também encheu a seleção de ataques. A equipe começou a responder e, ainda que não chegasse de forma organizada ao ataque, elevou a pressão sobre os colombianos, sempre pela esquerda com Vini Jr, e insistiu até descolar o triunfo graças ao astro do Real Madrid.

Foi dele o bonito gol que definiu a vitória na capital federal. O melhor jogador do mundo eleito na premiação da Fifa foi acionado por Raphinha, arriscou de fora da área e viu a bola desviar antes de entrar no canto. Festa no Mané Garrincha da torcida brasileira, que trocou as vaias pelo alívio e pela euforia.

FICHA TÉCNICA

BRASIL 2 X 1 COLÔMBIA

BRASIL - Alisson (Bento); Vanderson (Wesley), Marquinhos, Gabriel Magalhães e Guilherme Arana; Bruno Guimarães (André), Gerson (Joelinton) e Raphinha Rodrygo (Savinho), Vini Jr (Léo Ortiz) e João Pedro (Matheus Cunha). Técnico: Dorival Júnior.

COLÔMBIA - Vargas; Muñoz, Davinson Sánchez (Carlos Cuesta), Lucumí e Mojica; Lerma, Richard Ríos e James Rodríguez (Castaño); Jhon Árias (Carrascal), Luis Díaz e Córdoba (Borré). Técnico: Néstor Lorenzo.

GOLS - Raphinha, aos 5, Luis Díaz, aos 40 minutos do primeiro tempo. Vini Jr, aos 53 do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS: Bruno Guimarães, Gabriel Magalhães, Richard Ríos, Joelinton.

ÁRBITRO - Alexis Herrera (Venezuela).

PÚBLICO - 70.027 torcedores.

RENDA - Não divulgada.

LOCAL - Mané Garrincha, em Brasília (DF).

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Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.