Memphis marca, se aproxima da artilharia da Holanda, mas vê Espanha avançar na Liga das Nações

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No dia em que completou 100 jogos com a camisa da Holanda, o atacante Memphis, do Corinthians, marcou um gol, se aproximando da artilharia histórica da seleção nacional, mas não evitou a eliminação de seu país diante da Espanha na Liga das Nações neste domingo.

Após empate em 2 a 2 no tempo normal, em Valência, houve nova igualdade na prorrogação (3 a 3) e na decisão por pênaltis, a Espanha errou menos e avançou com 5 a 4. Memphis não participou da decisão de pênaltis, pois foi substituído durante a prorrogação.

Após empate em 2 a 2 na Holanda na quinta-feira, a Espanha tinha a vantagem de contar com o apoio da torcida no Mestalla e abriu o placar aos 8 minutos do primeiro tempo com Oyarzabal cobrando pênalti.

No início da segunda etapa, o camisa 10 do Corinthians, que teve uma boa atuação, incomodando muito a defesa espanhola, levou os holandeses cobrando pênalti aos 9 minutos. Memphis tem agora 47 gols pela Holanda, a três de Van Persie, maior artilheiro do país. Seis minutos depois, o atacante levou um cartão amarelo após uma falta mais dura.

Oyarzabal voltou a colocar os donos da casa em vantagem aos 22 minutos. O resultado dava a vaga para a Espanha, mas a Holanda forçou a prorrogação, com um gol de Maatsen aos 34 minutos após assistência de Simons. No tempo extra, Memphis foi substituído aos 11 minutos do primeiro tempo e deu lugar a Brobbey. Dois minutos depois, Lamine Yamal voltou a colocar a Espanha perto da classificação ao marcar após assistência de Huijsen.

Pela terceira vez na partida, os holandeses buscaram a igualdade, com Simons cobrando pênalti aos 4 minutos do segundo tempo da prorrogação. A decisão, então, foi para os pênaltis. Pedri marcou o gol da classificação

O adversário da Espanha na semifinal será a França, que em casa eliminou a Croácia na disputa de pênaltis. A França precisava vencer após derrota por 2 a 0 na Croácia na quinta-feira. Os anfitriões devolveram o resultado, com gols de Olise e Dembele no segundo tempo. Sem conseguir mudar o placar na prorrogação, as equipes também definiram a vaga na disputa por pênaltis. Foram necessárias sete cobranças para cada equipe, até que Upamecano converteu sua cobrança e fechou em 5 a 4.

A outra semifinal da Liga das Nações será entre Alemanha e Portugal, que jogando em casa passaram respectivamente por Itália e Dinamarca. A Alemanha empatou com a Itália em 3 a 3, e os portugueses venceram a Dinamarca por 5 a 2 na prorrogação após triunfo por 3 a 2 no tempo normal

Em Lisboa, Portugal precisava vencer após perder a partida de ida por 1 a 0 e viu Cristiano Ronaldo sofrer e perder pênalti logo no começo da partida. Os donos da casa, porém, foram para o intervalo em vantagem com um gol contra de Andersen aos 38 minutos.

No segundo tempo, Kristensen empatou aos 11 minutos, e Cristiano Ronaldo se redimiu aos 17 minutos ao colocar os portugueses em vantagem. Eriksen empatou aos 31 minutos, mas Trincão garantiu sobrevida aos portugueses ao marcar o terceiro aos 41 minutos. Já nos acréscimos, aos 47, Gonçalo Ramos entrou no lugar de Cristiano Ronaldo. Na prorrogação, Portugal garantiu a vaga com gol de Trincão a 1 minuto do primeiro e Gonçalo Ramos aos 10 do segundo.

A Alemanha foi a única seleção a se classificar sem jogar a prorrogação. Depois de virar a partida na quinta-feira, em Milão, e vencer os anfitriões por 2 a 1, a Alemanha dominou totalmente a Itália no primeiro tempo neste domingo, em Dortmund, mas viu a reação dos visitantes na segunda etapa. Com o empate em 3 a 3, após estar vencendo por 3 a 0, a Alemanha se classificou pela primeira vez para as semifinais da Liga das Nações, que está na quarta edição.

Com o resultado deste domingo, a Alemanha ampliou seu histórico positivo de duelos diretos recentes contra Itália para oito jogos sem derrota, com quatro vitórias. Diante de sua torcida, a Alemanha dominou a partida no primeiro tempo. Apesar do maior volume de posse de bola, o gol só saiu aos 30 minutos do primeiro tempo, com Kimmich cobrando pênalti.

O segundo gol da Alemanha surgiu após falha bizarra do sistema defensivo italiano. Após uma bela defesa de Donnarumma, que mandou para escanteio uma cabeçada de Kleindiesnst, os italianos ficaram discutindo e deixaram Musiala livre na pequena área. Kimmich cobrou rapidamente e Musiala só tocou para o gol vazio.

Ainda antes do intervalo, o meia do Bayern de Munique teve sua terceira participação em jogadas de gol ao colocar a bola na cabeça Kleindiesnst na pequena área da Itália. Donnarumma chegou a dar um tapa na bola, mas ela já havia ultrapassado a linha do gol. A Alemanha terminou o primeiro tempo com 13 finalizações (seis corretas), contra apenas 3 (todas para fora) dos visitantes.

No segundo tempo, conseguiu equilibrar a partida e diminuiu com o atacante Kean, marcando duas vezes. Aos 4 minutos, o atacante da Fiorentina aproveitou falha na saída de bola da Alemanha e, da entrada da área, chutou forte no canto direito do goleiro Baumann e diminuiu para a Itália.

O segundo gol de Kean saiu aos 24. Ele recebeu passe da Raspadori dentro da área, conseguiu evitar a marcação de Tah e bateu forte no canto esquerdo de Baumann. Quatro minutos depois, o árbitro polonês Marciniak chegou a marcar pênalti para a Itália, mas após revisão pelo VAR a anotação foi anulada.

A Itália chegou ao empate nos acréscimos após nova intervenção do VAR. Desta vez o pênalti foi marcado, e Raspadori marcou o gol de empate aos 50 minutos. A partida continuou até os 55 minutos, mas a Itália não conseguiu a virada, que levaria a decisão para a prorrogação.

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.