Clube japonês entra com ação judicial contra Fábio Carille: 'Não aceitou entrar em acordo'

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A conturbada saída do técnico Fábio Carille do V-Varen Nagasaki no começo de 2024 para assumir o comando do Santos ainda não está resolvida. Ao menos na visão do clube japonês, que anunciou nesta quinta-feira que está entrando na justiça após ver o treinador brasileiro ignorar as propostas de acordo e um "pedido de desculpas" à torcida.

O V-Varen Nagasaki jamais aceitou a saída do técnico, que se aproveitou de uma brecha de seu contrato, que se encerraria no dia 1º da janeiro e só seria renovado no próximo mês. Carille pediu para sair, pois já tinha tudo acertado no Brasil.

Mesmo sem um novo vínculo assinado, os japoneses garantiam que tudo estava definido e vinham cobrando uma multa rescisória do Santos ou do comandante. O próprio presidente do V-Varen Nagasaki, Akito Takada vinha cobrando respeito e dignidade ao técnico, atualmente no Vasco, mas não obteve uma resposta satisfatório e resolveu entrar em ação com a Fifa. A entidade decidiu que não poderia julgar o processo, alegando estar "fora de sua jurisdição.

"O V-Varen Nagasaki não tem intenção de lutar dessa forma contra companheiros de equipe com quem lutamos juntos para vencer e, portanto, enquanto nos preparamos para entrar com uma ação no Tribunal Distrital de Tóquio, também estamos negociando um acordo com os representantes do Sr. Carille e sua comissão técnica, exigindo que peçam desculpas ao clube e seus torcedores, e também oferecemos uma redução significativa na taxa de rescisão", informou o clube asiático.

"Durante as negociações do acordo, os representantes do Sr. Carille e sua comissão responderam que estavam dispostos a se desculpar com o clube e seus torcedores e, por isso, solicitamos que eles fornecessem um pedido de desculpas concreto por escrito. Entretanto, mesmo após o prazo final, não houve contato e não conseguimos receber um pedido oficial de desculpas. A V-Varen Nagasaki então enviou uma notificação final e marcou uma última oportunidade para discussão, mas não houve resposta", lamentou o V-Varen Nagasaki, que agora vai lutar nos tribunais do Japão.

"Portanto, com grande pesar, o V-Varen Nagasaki decidiu encerrar as negociações de acordo com o Sr. Carille e entrar com uma ação judicial no Tribunal Distrital de Tóquio para resolver esta questão. Qualquer progresso na situação será relatado oficialmente pelo clube."

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Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.