Hugo Souza defende pênalti, Corinthians empata com Palmeiras e conquista título do Paulistão

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O Corinthians é o grande campeão do Paulistão 2025. Após vencer o Palmeiras por 1 a 0 no Allianz Parque na partida de ida, o time do Parque São Jorge empatou sem gols com o rival nesta quinta-feira, e voltou a erguer um troféu após seis anos, em noite de público recorde na Neo Química Arena. Jogando com um a menos por quase 30 minutos, a equipe viu o goleiro Hugo Souza sair como o herói da partida, defendendo pênalti de Raphael Veiga no segundo tempo.

Com a taça conquistada em casa, o Corinthians chega ao 31º título de sua história e amplia vantagem como o maior campeão estadual. O time alvinegro comemora até domingo, quando entra em campo para a sua estreia no Brasileirão, contra o Bahia, em Salvador, às 20h.

O Palmeiras, por sua vez, perde a chance de conquistar o tetracampeonato consecutivo e volta as atenções para as demais competições da temporada. No domingo, o time alviverde mede forças com o Botafogo, no Allianz Parque, às 16h.

A torcida corintiana fez uma grande festa antes de a bola rolar e, apesar de o time alvinegro ter a vantagem do empate, ficou difícil não ir para cima do Palmeiras. Trabalhando bem a bola desde a defesa, os donos da casa buscaram ocupar o lado esquerdo do ataque e dificultou a articulação de jogadas do rival com marcação cerrada no setor de meio-campo. O clássico foi de clima quente desde os primeiros minutos, com divididas fortes e discussões entre os atletas.

Com pouco espaço para trocar passes, o Palmeiras foi obrigado a apostar em lançamentos longos para a correria de Vitor Roque, solução pouco eficaz diante da imposição física dos zagueiros Gustavo Henrique e Félix Torres. André Carrillo, que há dois dias esteve em campo com a seleção do Peru nas Eliminatórias, até poderia estar cansado, mas demonstrou disposição para caçar os adversários e levar o time a frente.

O técnico Abel Ferreira optou por escalar Aníbal Moreno na vaga de Richard Ríos, que ficou no banco após atuar pela Colômbia na Data Fifa, mas o argentino, assim como Emiliano Martínez, acabaram ficando mais restritos à marcação, encostando pouco em Raphael Veiga para ajudar na criação. Estêvão até tentou se deslocar para o meio para tentar dar alguma dinâmica para o time palmeirense, mas eficácia.

Marcando muito forte, sem hesitar em fazer faltas quando necessário, o Corinthians teve a melhor chance da etapa inicial. Rodrigo Garro acertou a trave em chute da entrada da após Memphis Depay se desvencilhar de dois marcadores com habilidade. O Palmeiras conseguiu encaixar a marcação ao longo do primeiro tempo e passou a ficar mais com a bola. O time insistiu em bolas aéreas, uma especialidade da equipe de Abel, mas sem perigo para o goleiro Hugo Souza.

Sem condições de negociar o empate, o Palmeiras voltou para o segundo tempo sem alterações, mas adotou uma estratégia diferente, adiantando bastante a linha de defesa. A ideia foi dar mais liberdade para os laterais Mayke e Piquerez, deixando o volante Emiliano Martínez quase como um terceiro zagueiro. A mudança tática colocou a equipe de Abel Ferreira no campo adversário, rodeando a área rival. Por outro lado, ficou a mercê dos contragolpes do Corinthians.

O time alvinegro foi empurrado para a defesa, e até teve relativa dificuldade para neutralizar as chegadas do rival pelos lados. Contudo, manteve a solidez no miolo de zaga, dando pouquíssimas chances ao Palmeiras de finalizar contra a meta corintiana.

Aos 23 minutos, Vitor Roque finalmente recebeu uma bola em infiltração, e sofreu falta por trás de Félix Torres na entrada da área. O árbitro Matheus Delgado Candançan, de 26 anos, marcou pênalti, gerando revolta das duas equipes. O Palmeiras queria o segundo amarelo para o zagueiro, enquanto os corintianos pediam a revisão no VAR porque a falta supostamente teria sido fora da área. Após cinco minutos de paralisação, e com Abel Ferreira expulso, Raphael Veiga foi para a batida e Hugo Souza voou no canto direito para evitar o gol palmeirense. A defesa incendiou a torcida na Neo Química Arena

Minutos depois após o pênalti, aos 35, a partida novamente ficou tensa após Félix Torres levar o segundo amarelo e ser expulso. O lance mudou totalmente a configuração da partida, e o Corinthians se limitou a ficar na defesa. Nos minutos finais, o time alvinegro buscou gastar tempo próximo à linha de fundo e o tempo fechou depois de Depay fazer uma graça e receber falta.

O jogo foi paralisado e a torcida aproveitou para fazer festa com fogos e sinalizadores. Após revisão no VAR, José Martínez e Marcelo Lomba, ambos fora do jogo no momento, foram expulsos. O árbitro, que já tinha dado sete de acréscimos, deu mais dez minutos. Na sequência, Yuri Alberto por pouco não abriu o placar após contra-ataque, com Weverton fazendo defesa à queima-roupa. O Palmeiras praticamente não teve chance de tentar algo por causa do excesso de fumaça causado pela pirotecnia. Aos xx , o árbitro encerrou a partida, e os torcedores, enfim, puderam gritar "é campeão".

FICHA TÉCNICA

CORINTHIANS 0 X 0 PALMEIRAS

CORINTHIANS - Hugo Souza; Matheuzinho, Félix Torres, Gustavo Henrique e Angileri; Raniele, José Martínez, André Carrillo (Ryan) e Rodrigo Garro (André Ramalho); Memphis Depay e Yuri Alberto (Romero). Técnico: Ramón Díaz.

PALMEIRAS - Weverton; Mayke (Flaco López), Murilo, Micael e Piquerez (Thalys); Aníbal Moreno (Naves), Emiliano Martínez (Richard Ríos) e Raphael Veiga (Felipe Anderson); Estêvão, Facundo Torres e Vitor Roque. Técnico: Abel Ferreira.

CARTÕES AMARELOS - Angileri e Yuri Alberto (Corinthians); Mayke, Emiliano Marínez, Facundo Torres e Weverton (Palmeiras).

CARTÕES VERMELHOS - Félix Torres, José Martínez (Corinthians); Abel Ferreira e Marcelo Lomba (Palmeiras).

ÁRBITRO - Matheus Delgado Candançan.

PÚBLICO - 48.932 torcedores.

RENDA - R$ 4.638.125,50.

LOCAL - Neo Química Arena, em São Paulo (SP).

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.