São Paulo apresentará balanço com déficit de R$ 287 mi e operação para dívida menor que R$ 1 bi

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A dívida do São Paulo não deve bater R$ 1 bilhão como chegou a ser esperado. Ao menos oficialmente. O balanço de 2024 já foi passado aos conselheiros e será debatido em sessão ordinária no dia 8 de abril. O déficit anual é de R$ 287 milhões, enquanto a dívida total ficou em R$ 968,2 milhões.

A gestão são-paulina conseguiu reduzir o valor de débito apresentado no fim das contas por já considerar receitas a receber e que abaterão a dívida. Entretanto, se esses valores forem tirados do cálculo, além dos R$ 117,3 milhões captados junto ao Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC), a dívida chega a R$ 1.012.252.000,00.

É o que aponta um relatório do Conselho Fiscal do São Paulo, ao qual o Estadão teve acesso. Independentemente do valor considerado como dívida (R$ 980 milhões ou R$ 1 bilhão), o endividamento supera a receita de 2024, que ficou em R$ 731.898.000.

O relatório define a situação como "muito preocupante" e considera, ainda, a rapidez que o endividamento se deu. O São Paulo fechou 2023 com dívida de R$ 666,7 milhões. Já o valor apontado no balanço de 2024 representa um aumento de R$ 301,5 milhões.

A questão do balanço teve outra rusga entre conselheiros de oposição e a gestão são-paulina. Segundo o estatuto do clube, o prazo para apresentação, discussão e votação das demonstrações financeiras é 31 de março. Entretanto, a administração convocou, inicialmente, a sessão para esta quarta-feira, 2 de abril.

A reunião teve de ser adiada por haver jogo do São Paulo no mesmo dia. O time visita o Talleres, em Córdoba, na Argentina, pela estreia da Libertadores. A sessão, então, ficou para dia 8, próxima terça-feira. Após a votação, a gestão deve publicar, enfim, o demonstrativo.

O FIDC lançado pelo São Paulo com a gestora Galápagos auxilia na amortização da dívida do clube com instituições financeiras. O débito é "substituído", mas com juros menores.

Outro movimento da direção no sentido de aumentar o faturamento é a renovação com a Superbet. O novo acordo com a patrocinadora máster do São Paulo ainda não foi oficializado, mas o presidente Julio Casares já antecipou o encaminhamento.

A renovação vai cobrir as temporadas de 2025 a 2030, intervalo no qual a Superbet prevê o pagamento R$ 678 milhões ao clube. Nesta temporada, o valor anual é de R$ 78 milhões. Serão feitos reajustes progressivos até o ápice de R$ 140 milhões em 2030.

O valor referente a 2025 já apresenta uma valorização em relação ao contrato anterior, que previa R$ 54,5 milhões para a atual temporada. Cláusulas de desempenho, em caso de títulos e vagas nos torneios mais relevantes, podem elevar o pagamento total para R$ 1 bilhão.

Enquanto isso, contudo, balanço financeiro do primeiro trimestre de 2025 também deve apresentar o déficit. O desafio é conseguir fechar o ano em superávit, como exige o FIDC. Mesmo que os valores da Superbet não sejam pagos integralmente, a renovação é vista como crucial para essa operação financeira.

Além do aporte, a Superbet é responsável pelo pagamento de parte dos vencimentos do meia Oscar, que retornou ao São Paulo após deixar o futebol chinês.

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A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.

O sarampo é uma infecção aguda e viral causada pelo morbilivírus, com alto poder de transmissão entre pessoas de qualquer idade. O contágio acontece de forma direta, principalmente por secreções nasais expelidas ao tossir, espirrar ou falar.

Entre os sintomas mais comuns estão tosse persistente, febre, manchas avermelhadas na pele, dores no corpo, coriza, irritação nos olhos e manchas brancas na parte interna da boca.

Atualmente, não existe tratamento específico para o sarampo. Em quadros mais graves, pode ser necessária a administração de vitamina A. Nos casos leves, a ingestão de líquidos e o controle da febre ajudam a evitar complicações.

A vacinação é a única forma eficaz de prevenção. A vacina está disponível gratuitamente em todos os postos de saúde durante todo o ano e pode ser aplicada em crianças e adultos.

Especialistas reforçam que manter a vacinação em dia é essencial para evitar surtos e proteger não apenas quem recebe a dose, mas também a comunidade como um todo.