As falas polêmicas de Abel Ferreira que o tornaram alvo de críticas de torcedores do Palmeiras

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Técnico mais vitorioso na história do Palmeiras, Abel Ferreira entrou em rota de colisão com a torcida alviverde após o duelo com o Botafogo, pelo Campeonato Brasileiro. Na ocasião, durante a entrevista coletiva, o português alviverde exaltou os torcedores alviverdes no Allianz Parque, que exaltaram a equipe carioca com gritos de "somos campeões", mesmo após empate por 0 a 0.

"Nos dois anos em que fomos campeões (brasileiros) não vi os nossos torcedores cantando isso durante o ano", cutucou Abel, após a partida. Nas redes sociais, palmeirenses reclamaram da fala do treinador, que já havia sido criticado poucos dias antes pela derrota na decisão do Campeonato Paulista. Na ocasião, ele ainda foi expulso por discutir com a arbitragem após o pênalti de Félix Torres sobre Vitor Roque.

Desta vez, Abel se desculpou, oficialmente, com a torcida do Palmeiras. "Tive uma fala que não fez jus a tudo que essa torcida já fez e representa para mim. Vocês são parte fundamental da minha história e não ficaria de bem comigo mesmo se não viesse corrigir o que disse", afirmou o treinador, em postagem nas redes sociais. Abel também se recordou da torcida palmeirense com uma caravela portuguesa que percorreu o Allianz Parque.

A polêmica desta semana, no entanto, não foi a primeira de Abel Ferreira no comando do Palmeiras. No último ano, o treinador foi grosseiro ao responder a pergunta de uma jornalista durante coletiva de imprensa. "Vocês têm de entender que eu tenho que dar satisfação a três mulheres só. Minha mãe, minha mulher e a presidente do Palmeiras. São as únicas que têm o direito de falar comigo e pedir explicações."

Na ocasião, a pergunta de Alinne Fanelli, da Band News, foi direcionada às lesões do elenco - destacada pelo problema físico de Mayke na vitória por 5 a 0 sobre o Cuiabá, pelo Campeonato Brasileiro. O treinador também se desculpou, posteriormente, com a repórter. "Lamento o que aconteceu, e aprendemos o impacto que as palavras têm. Tudo depende do contexto, da intenção de cada um, do pensamento de tudo o que aconteceu. E peço desculpas."

No último ano, o treinador também foi acusado de xenofobia, ao comparar a organização do Palmeiras com um "time de índios", ao debater a chegada de Aníbal Moreno à equipe. Assim como nas outras oportunidades, ele se desculpou publicamente da fala.

O contrato de Abel Ferreira com o Palmeiras se encerra ao final deste ano. Em 2023, em um momento de crise na relação entre treinador e clube, o português chegou a assinar um pré-contrato com o Al-Sadd, do Catar, mas reverteu a situação e permaneceu no Brasil. A equipe catariana, no entanto, aciona o treinador na Fifa e busca uma compensação financeira pelo descumprimento do vínculo pré-acordado.

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Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR. 

Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.