Gasly e Alpine surpreendem favorita McLaren ao liderarem 1º treino do GP da Arábia Saudita

Esporte
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O primeiro treino livre para o GP da Arábia Saudita, no rápido e duro circuito de Jeddah, terminou com Pierre Gasly, da Alpine, surpreendendo a favorita McLaren ao terminar na primeira colocação, à frente de Lando Norris, líder da temporada da Fórmula 1, em segundo, e de Charles Leclerc, da Ferrari, o terceiro. Max Verstappen até começou bem, mas acabou em nono, com o brasileiro Gabriel Bortoletto figurando na última colocação.

A quinta prova de temporada, agendada para 14 horas de domingo (horário de Brasília) promete ser a mais desafiante aos pilotos por causa do enorme trabalho no circuito de Jeddah, com suas 27 curvas e o enorme desgaste físico pelo forte calor na Arábia Saudita.

Em crescimento gigante na temporada, com duas vitórias em quatro GPs, e apenas três pontos atrás do companheiro Lando Norris, o australiano Oscar Piastri é quem carrega mais as atenções na Arábia Saudita.

Mas o foco também está em reação de seu companheiro e em Max Verstappen, da Red Bull, depois do crescimento na possibilidade em deixar a escuderia na qual é tetracampeão no fim do ano por proposta milionária da Aston Martin e também pela frustração dos resultados recentes - foi apenas o sexto no Bahrein, há uma semana, por exemplo.

Na primeira atividade desta sexta-feira, assim que a tomada de tempo foi liberada, todos já foram à pista. E sem surpresas no início, com a McLaren na frente. Norris fez 1min30s454, superando Piastri por 0s113 e seguido por Verstappen com 0s148.

Ainda lutando por adaptação ao carro da Ferrari, o inglês Lewis Hamilton cometeu um erro e saiu do traçado. Oliver Bearman, da Haas, também passeou fora da pista, assim como o brasileiro Gabriel Bortoletto, que aparecia na última colocação.

Primeiro a baixar da casa do 1min30, Russel curtiu a primeira colocação por alguns minutos ao fazer volta excelente 1min29s674. A surpresa era Carlos Sainz, com sua Williams, em segundo, na frente de Norris, Verstappen e Yuki Tsunoda, da Red Bull.

Ver o grande trabalho da Mercedes no início do treino fez a McLaren buscar ajustes em seus carros. E com mecânicos tentando esconder onde mexiam em seus monopostos. Norris ocupava o terceiro posto e Piastri era apenas o sétimo na metade dos 60 minutos programados do treino livre.

No retorno à pista, com pneus macios, a McLaren voltou a mostrar força ao reassumir o topo, com Norris fazendo 1min29s246. Piastri cometeu um pequeno erro e ficou em terceiro, 0s642 do atual líder da temporada. Verstappen já não conseguiu acompanhar a concorrência, perdendo o quarto lugar para a Ferrari de Charles Leclerc. Reclamou pelo rádio que sofria em alguns setores da pista - carro saindo de frente nas curvas 1 e 2.

Quando as coisas pareciam definidas, Pierre Gasly foi mais um a surpreender, com a Alpine na frente com 1min29s239, jogando pressão nas favoritas. Piastri e Norris não conseguiram retomar o topo e foram novamente ao box para acerto final. Bortoleto subiu para 17°, ainda distante do companheiro Hulkemberg, o 11°. Com a pista cada vez melhor, todos voltariam nos minutos finais para a tentativa derradeira de melhora.

Os minutos finais, contudo, foram mais para os pilotos testarem condição de corrida, com trocas apenas nas colocações intermediárias e com Bortoletto caindo para o 20º posto.

Confira o resultado do 1º treino livre do GP da Arábia Saudita de F-1:

1º - Pierre Gasly (FRA/Alpine), 1min29ss239

2º - Lando Norris (ING/McLaren), 1min29ss246

3º - Charles Leclerc (MON/Ferrari), 1min29s309

4º - Oscar Piastri (AUS/McLaren), 1min29s341

5º - Alexander Albon (TAI/Williams), 1min29s606

6º - George Russell (ING/Mercedes), 1min29s618

7º - Carlos Sainz (ESP/Williams), a 1min29s779

8º - Lewis Hamilton (ING/Ferrari), 1min29s815

9º - Max Verstappen (HOL/Red Bull), 1min29s818

10º - Yuki Tsunoda (JAP/Red Bull), 1min29s821

11º - Liam Lawson (NZL/RB), 1min29s907

12º - Nico Hülkenberg (ALE/Sauber), 1min29s916

13º - Kimi Antonelli (ITA/Mercedes), 1min29s934

14º - Fernando Alonso (ESP/Aston Martin), 1min29s976

15º - Isack Hadjar (ARL/RB), 1min30s011

16º - Jack Doohan (AUS/Alpine), 1min30s183

17º - Lance Stroll (CAN/Aston Martin), 1min30s583

18º - Oliver Bearman (ING/Haas), 1min30s595

19º - Esteban Ocon (FRA/Haas), 1min31s029

20º - Gabriel Bortoleto (BRA/Sauber), 1min31s038

Em outra categoria

No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.