Red Bull Bragantino supera Cruzeiro, quebra tabu e chega à 3ª vitória seguida no Brasileirão

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O Red Bull Bragantino conseguiu a sua terceira vitória seguida, todas por 1 a 0, no Campeonato Brasileiro, ao passar pelo Cruzeiro, neste domingo, no Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista, pela quinta rodada. Se de um lado, coloca o time paulista em quarto lugar, com 10 pontos, deixa o Cruzeiro com sete pontos, em sétimo, ainda sem vencer fora de casa.

O Bragantino antes tinha vencido o Botafogo, em casa, e o Sport, fora, e agora quebrou um longo tabu de quase 30 anos sem ganhar do time mineiro. O último triunfo tinha acontecido em 3 de setembro de 1995, quando ganhou por 2 a 1. Desde então, em sete jogos, o Cruzeiro tinha a seu favor quatro vitórias e três empates.

Este jogo marcou a despedida do Estádio Nabi Abi Chedid, que vai se transformar numa moderna arena. Neste período, de quatro a cinco anos o Bragantino vai mandar seus jogos no Estádio Municipal Cícero de Souza Marques, totalmente remodelado, também na cidade de Bragança Paulista.

Antes do jogo, a direção do time da casa anunciou o corte de quatro jogadores devido um quadro viral: Cleiton, Fabrício, Eduardo e Matheus Fernandes. Ainda durante o primeiro tempo, Lucas Barbosa também se sentiu mal e foi substituído por Vinicinho.

O Cruzeiro começou o jogo com mais intensidade, dando boa impressão. Mas logo o Bragantino equilibrou as ações e passou a criar chances de gol. Assustou num chute de Mosquera, defendido por Cássio, depois numa finalização em diagonal de Eduardo Sasha que bateu no pé da trave esquerda e, por fim, marcou seu gol.

O lance começou numa saída errada de Cássio, que tentou dar um chutão para frente. Mas pegou mal na bola, que caiu na intermediária no pé de um adversário. Em quatro toques, o time paulista chegou ao gol, com Sasha tocando lateralmente para Jhon Jhon. De frente, ele chutou no lado esquerdo de Cássio, aos 14 minutos.

O time mineiro demorou para reagir, mas conseguiu dominar as ações nos últimos 15 minutos, quando praticamente empurrou o Bragantino para seu campo de defesa. Teve a seu favor um possível pênalti de Capixaba sobre Matheus Pereira. O VAR, porém, viu uma mão no início da jogada e não marcou a penalidade.

Com Gabigol no lugar do apagado Christian, o Cruzeiro voltou totalmente agressivo no segundo tempo. Aos quatro minutos, os cruzeirenses pediram um toque no braço do zagueiro Gusmán na pequena área. Mas o VAR, outra vez, não anotou pênalti para o visitante.

Na cobrança de escanteio, Villalba desviou e cabeça e a bola explodiu no travessão e saiu de lado. Num contra-ataque, o Bragantino quase ampliou com chute rasteiro de Eric Ramires e defendido por Cássio, aos 14 minutos.

O goleiro também evitou o segundo gol aos 22, quando Hurtado soltou uma bomba e Cássio espalmou. E o Bragantino quase ampliou aos 28, numa cabeçada de Pedro Henrique que tocou de leve no pé da trave direita pelo lado de fora.

Apesar da pressão do Cruzeiro, o Bragantino mostrou, de novo, forte 'poder de sofrimento' e se defendeu bem. Aos 42 minutos, ainda teve outra grande chance para marcar o segundo gol, num chute forte de Sant'Anna, que exigiu uma grande defesa de Cássio. Ele saltou, deu um tapa na bola que ainda bateu na trave e saiu em escanteio. Com tantos gols perdidos, seria um castigo sofrer o empate.

No outro fim de semana, pela sexta rodada do Brasileirão, o Red Bull Bragantino vai enfrentar o Santos, na Vila Belmiro, domingo, às 20h30. No mesmo dia, um pouco mais cedo, às 18h30, o Cruzeiro vai receber o Vasco no Mineirão. Antes disso, na quinta-feira fará seu terceiro jogo pela Copa Sul-Americana diante do Palestino, no Chile, atrás de seus primeiros pontos no Grupo E, mo qual está zerado e com duas derrotas.

FICHA TÉCNICA

RED BULL BRAGANTINO 1 X 0 CRUZEIRO

RED BULL BRAGANTINO - Lucão; Andrés Hurtado (Sant'Anna), Pedro Henrique, Guzmán Rodríguez e Juninho Capixaba; Gabriel (Gustavinho), Eric Ramires e Jhon Jhon; Lucas Barbosa (Vinicinho), Eduardo Sasha (Isidro Pitta) e Henry Mosquera (Fabinho). Técnico: Fernando Seabra.

CRUZEIRO - Cássio; Jonathan Jesus (Walace), Fabrício Bruno, Villalba e Kaiki Bruno; Lucas Romero, Lucas Silva (Eduardo), Christian (Gabigol) e Matheus Pereira; Wanderson (Dudu) e Kaio Jorge (Dinenno). Técnico: Leonardo Jardim.

GOL - Jhon Jhon, aos 14 minutos do primeiro tempo.

CARTOES AMARELOS - Gabriel e Gusmán Rodríguez (RBB). Matheus Pereira, Villaba e Fabrício Bruno (CRU).

ÁRBITRO - Alex Gomes Stefano (RJ).

RENDA - R$ 272.765,00.

PÚBLICO - 6.916 torcedores.

LOCAL - Estádio Nabi Abi Chedid, em Bragança Paulista (SP).

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.