CBF divulga áudio do VAR de lance polêmico que anulou gol do Fortaleza sobre o Sport

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Um lance polêmico marcou a 6ª rodada do Brasileirão neste sábado. O jogo entre Sport e Fortaleza terminou 0 a 0 em razão também de um lance no qual o gol do time cearense foi mal anulado. Em meio às reclamações, a CBF liberou neste domingo o áudio do VAR na tentativa de justificar a decisão.

A tecnologia implementada no futebol se apoia nos alicerces de ter o mínimo de interferência e o máximo de eficácia. Neste caso, não houve nenhuma das duas coisas. Após 8 minutos de atraso, entre o VAR chamar o árbitro Matheus Candançan (Fifa-SP) e a análise das imagens, o juiz acabou decidindo pela não validação do gol de Yago Pikachu após falha na defesa pernambucana.

O responsável pelo VAR era o árbitro Rodolpho Toski. As imagens mostram que a bola pegou no travessão e quicou dentro do gol, atravessando a linha. Porém, segundo áudio liberado pela CBF, Toski não foi capaz de tirar uma conclusão sobre o lance.

"Ver totalmente eu não consigo ver, mas eu tenho um sentimento. Pela goal line, eu não consigo ver claramente. Falta ver por uma imagem. A imagem é inconclusiva", relatou o árbitro de vídeo. "Eu não consigo ver. Não consigo ver claramente espaço entre bola e linha. Não consigo ver claramente. Ela dá impressão por uma câmera que entra, mas por outra não", completou.

Em seguida, Candançan pergunta do campo se na cabine foi possível ver se a bola entrou. Rodolpho Toski mostrou novamente incerteza. "Eu não tenho a clareza de que ela entra ou não. Aparenta. Vamos ver juntos. Que é uma decisão muito importante. A gente está trabalhando com pressão e eu não consigo ter 100%", completou o juiz munido da tecnologia do VAR.

Por fim, quando Candançan pergunta mais uma vez, Toski toma a decisão de não validar o gol. "Vinícius (Gonçalves, assistente do VAR) disse que vê a bola dentro. Herman (Brumel Vani, outro assistente) também vê gol. Mas eu não consigo ver a bola dentro", declarou o responsável.

Depois de argumentar sobre a questão da luminosidade ter sido afetada pela trave, Candançan concluiu: "vou manter a decisão de não gol". Após a partida, Tinga, do Fortaleza, contou que foi isso que o árbitro explicou aos jogadores. O lateral lamentou a situação. "A gente fica preocupado com o futebol brasileiro. A CBF faz um investimento grande nas federações e não valoriza o Campeonato Brasileiro e o VAR", desabafou.

O perfil oficial do Fortaleza nas redes sociais protestou ao publicar imagens do lance. "É simplesmente inacreditável o que o Brasil inteiro viu diretamente da Ilha do Retiro: a bola passa a linha e, com direito a checagem em vídeo, a arbitragem não marca o gol para o Fortaleza. O Brasileirão é um dos maiores campeonatos nacionais do mundo, um dos mais difíceis, e erros como esses são inaceitáveis. Sentimento de revolta que reflete nos atletas em campo e em toda Nação Tricolor. É uma falha que, independente da situação que vive o futebol brasileiro, não pode acontecer em qualquer circunstância", disse o clube cearense.

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Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR. 

Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.