Inter de Milão assusta o Barcelona em bela semifinal de golaços e empate na Liga dos Campeões

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A Inter de Milão demonstrou nesta quarta-feira que o Barcelona não é nenhum 'bicho papão'. Com a prometida coragem bradada por Simone Inzaghi, a equipe italiana encarou os fortes rivais de igual para igual na Espanha, esteve em vantagem no placar por 2 a 0 e 3 a 2 e poderia ter voltado para casa com uma vitória gigante - teve um gol anulado. No fim, se satisfez com um grande empate por 3 a 3 em jogo de belos gols e emoção do início ao fim pela ida das semifinais da Liga dos Campeões.

Na próxima terça-feira, as equipes se reencontram no Giuseppe Meazza, em Milão, em promessa de novo jogo empolgante. Nesta quarta, o primeiro tempo foi espetacular, com quatro lindos gols, sendo três pinturas, e um futebol digno de semifinal de Liga dos Campeões. Na etapa final, com enorme equilíbrio e não menos vibrante, a Inter voltou a abrir frente com Dumfries, destaque da partida, mas Raphinha também anotou belo gol - creditado contra de Sommer -, e fechou o placar.

Antes de a bola rolar, Inzaghi prometeu uma postura diferente da Inter de Milão após três derrotas seguidas - perdeu o título da Copa da Itália e a liderança do Italiano. O treinador foi enfático ao dizer que seus comandados respeitariam, mas não teriam medo do Barcelona. E bastou um minuto para os italianos mostrarem coragem e abrirem vantagem. Dumfries cruzou e Thuram fez um golaço de letra.

O Barcelona, surpreendido no primeiro ataque da partida, ainda tinha preocupação com seu jovem astro, Lamine Yamal, que acusou dores na coxa ainda no aquecimento. Os primeiros passos da estrela eram de apreensão, mas demonstração de que tudo não passou de um susto. Era corria normalmente e até pedia apoio da torcida após jogadas ofensivas. Reclamou até de um pênalti em dividida normal.

Mesmo com um problema clínico, as principais jogadas do Barcelona nos minutos iniciais eram pela direita, com Lamine Yamal em disputa complicada pela dupla marcação de Dimarco e Bastoni. Raphinha pouco aparecia, assim como Ferran Torres, na vaga do machucado Lewandowski.

Dono de um dos mais poderosos ataques da Europa, o Barcelona não conseguiu produzir diante de uma das defesas mais contundentes do continente e, por consequência, da atual edição da Liga dos Campeões. O goleiro Sommer limitava-se a orientar seus defensores.

Em vantagem, a Inter se defendia com maestria, até com o artilheiro Lautaro Martínez, e era mortal quando passava do meio de campo. Aos 20 minutos, após cobrança de escanteio, foi a vez de Dumfries assinar uma pintura na Espanha. Em belo voleio, o dono da assistência do primeiro gol anotou o segundo da partida. Entrando os nerazzurri celebravam, os catalães se calaram nas arquibancadas, com semblantes de incredulidade.

O Barcelona estava à lona como há tempos não se via. Mas não nocauteado. E coube a uma jogada individual mudar o astral do combate. Yamal se livrou de dois marcadores e mandou sem chances para Sommer, diminuindo o placar e pedindo para a torcida soltar a voz e empurrar o time ao empate e à virada.

O garoto começou a travar batalha particular com Sommer, que trabalhou bem para cortar três cruzamentos perigosos de Yamal, dois por baixo e um no alto. O goleiro ainda apareceu bem na batida colocada de Dani Olmo. Aos poucos, o Barcelona crescia e assumiu as rédeas da partida. E não demorou a empatar após pressão gigantesca. Aos 37, Raphinha escorou de cabeça e Ferran Torres apareceu na pequena área para bater de chapa e deixar tudo igual.

As equipes foram aos vestiários com sentimentos opostos. A Inter abalada por permitir reação gigante do Barcelona e sem esconder a preocupação com Lautaro Martínez, mancando muito, enquanto os catalães eram só confiança na virada após sair do buraco em imponente demonstração de força.

O atacante argentino não voltou na equipe italiana e é dúvida para o jogo de volta, daqui seis dias. Ficou na reserva acompanhando os companheiros na ingrata missão de frear a euforia catalã. Viu o lateral Dimarco quase recolocar a Inter em vantagem no placar.

O Barcelona demorou a se encontrar na fase e voltou a ficar em desvantagem. Cobrança de escanteio de Çalhanoglu para a área e Dumfries subiu alto para recolocar a Inter no comando do placar, de cabeça. Os catalães fizeram o 3 a 3 de imediato. O quarto golaço da tarde foi de Raphinha, em bomba de fora da área que bateu na trave e nas costas de Sommer antes de entrar. A Uefa deu gol contra do goleiro.

O jogo ficou muito aberto e com os italianos chegando bem nos contragolpes. Em um deles, Mkhitaryan ampliou, mas o auxiliar deu impedimento. Após consulta ao VAR, o lance acabou impugnado. No fim, Lamine Yamal quase vira em toque por cobertura que parou no travessão.

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.