Sabalenka despacha Svitolina e encara Gauff em sua 4ª final em Madri

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A belarussa Aryna Sabalenka garantiu vaga em sua quarta final do WTA 1000 de Madri, nesta quinta-feira. No último jogo do dia na capital espanhola, a número 1 do mundo superou a ucraniana Elina Svitolina por 2 sets a 0, com parciais de 6/3 e 7/5, e marcou confronto com a americana Coco Gauff, que atropelou a polonesa Iga Swiatek mais cedo.

Sabalenka vai tentar seu terceiro título no saibro espanhol. No ano passado, ela foi derrotada justamente por Swiatek na decisão. A belarussa levantou o troféu em 2021 e 2023. No sábado, a líder do ranking vai buscar seu terceiro título da temporada e o 20º de sua carreira.

Para alcançar a final, Sabalenka precisou superar o bom momento vivido pela rival ucraniana nesta quinta. Svitolina vinha de uma sequência invicta de 11 jogos, com triunfos na Billie Jean King Cup e o título do WTA 250 de Rouen, na França, além das vitórias na chave de Madri.

A favorita, então, mostrou logo cedo que a tarefa não seria das mais complicadas. Sem hesitar, abriu 4/1 no primeiro set. Svitolina teve chances de voltar para o jogo após vacilos da número 1 do mundo, porém não aproveitou suas chances.

O segundo set foi mais equilibrado. Mas Sabalenka voltou a fazer valer a pancadaria do fundo de quadra, enquanto a ucraniana alternava bons momentos com erros bobos, favorecendo a vitória da belarussa em sets diretos.

No sábado, Sabalenka enfrentará uma das poucas tenistas do circuito que levam vantagem no confronto direto. Gauff soma cinco vitórias sobre a belarussa, contra quatro da líder do ranking. Elas ainda não se enfrentaram neste ano. Em caso de título, a americana poderá desbancar Swiatek da segunda posição do ranking da WTA.

MASCULINO

As semifinais da chave masculina foram definidas nesta quinta. O argentino Francisco Cerúndolo, o britânico Jack Draper e o italiano Lorenzo Musetti vão disputar tal fase de uma competição deste nível pela segunda vez em suas carreiras. O outro integrante do Top 4 do torneio é o norueguês Casper Ruud.

Ruud, atual 15º do mundo, deu sinais de que "acordou" para a temporada de saibro nesta quinta-feira ao derrubar o russo Daniil Medvedev (10º) por 2 sets a 0, parciais de 6/3 e 7/5. O resultado ganha importância não só por se tratar de uma semi, mas também por colocar fim a uma incômoda freguesia entre os dois. Nos últimos três confrontos entre os tenistas, o russo levou a melhor em todas elas.

"Olhei para as estatísticas e vi que ele me venceu na grama, no piso duro descoberto e no piso duro coberto. A última superfície que faltava era o saibro. Então pensei, não faça 4 a 0 e usei o piso a meu favor", afirmou o norueguês.

Na busca da reabilitação após a queda nas quartas de final do ATP 500 de Barcelona, ele enfrenta na semifinal o argentino Francisco Cerúndolo, que passou dificuldades para superar o jovem checo Jakub Mensik (23º na lista da ATP).

O triunfo veio de virada, por 2 sets a 1, em partida que teve a duração de 2h09min. O número 21 do mundo foi surpreendido na primeira parcial ao perder por 3/6, mas buscou forças para reagir e virou o confronto com 7/6 (7/5) e 6/2.

"Estou cansado. Precisei lutar muito por todas as bolas, mas no final veio a recompensa", comentou o argentino, que não disputa uma semi de Masters desde Miami em 2022. Depois disso, o tenista caiu nas cinco vezes no que atingiu as quartas de final das competições deste nível.

No outro duelo da rodada, Jack Draper (6º) passou com facilidade pelo rival italiano Matteo Arnaldi (44º). O carrasco de João Fonseca em Indian Wells assegurou seu lugar nas semifinais ao superar seu adversário por 6/0 e 6/4, em 1h17min.

Cumprindo uma temporada espetacular, o britânico vai disputar a sua primeira semifinal no saibro e chega embalado pelo desempenho apresentado nesta quinta-feira na quadra Arantxa Sanchez Vicário.

Seu adversário será o italiano Lorenzo Musetti, que despachou o surpreendente canadense Gabriel Diallo, que era "lucky loser". O tenista da Itália venceu em sets diretos, com parciais de 6/4 e 6/3.

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.