Verstappen fatura a pole do GP de Miami de F-1; Bortoleto largará em 13º

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Mais novo papai da Fórmula 1, o holandês Max Verstappen brilhou no treino classificatório deste sábado, após uma performance abaixo do esperado na corrida sprint, e faturou a pole position para a prova principal GP de Miami, nos Estados Unidos. O brasileiro Gabriel Bortoleto também se destacou e obteve sua melhor posição no grid desde sua estreia: partirá no 13º posto. A corrida deste domingo tem largada marcada para as 17 horas (de Brasília).

Com o tempo de 1min26s204, novo recorde do traçado americano, o tetracampeão mundial alcançou sua 43ª pole da carreira, sendo o primeiro a registrar três somente nesta temporada. O piloto da Red Bull vive semana de fortes emoções também na vida particular. Nesta semana, nasceu seu primeiro filho, com a brasileira Kelly Piquet, filha do tricampeão Nelson Piquet.

O britânico Lando Norris largará do segundo posto, seguido pelo jovem italiano Kimi Antonelli, da Mercedes. O terceiro colocado do grid se destacou na sexta ao obter a pole da corrida sprint, em seu melhor resultado neste ano de estreia como titular da F-1.

Com o resultado, Verstappen busca superar o domínio que a McLaren vem impondo na temporada até agora. A equipe britânica venceu as duas últimas etapas, ambas com o australiano Oscar Piastri. O holandês tem apenas uma vitória no ano e agora tentará a segunda, na sexta etapa de 2025.

O treino deste sábado começou com atraso de 15 minutos, sem explicação oficial. A provável causa foi o início tardio da corrida sprint, adiada em quase meia hora por causa da chuva, no início da tarde. A definição do grid em Miami começou com pista seca após a caótica sprint, vencida pelo britânico Lando Norris, da McLaren.

Os 18 minutos do Q1, a primeira etapa do treino, foram marcados pelo domínio de Verstappen, seguido de perto pelos carros da McLaren. Bortoleto também se destacou e buscou a vaga no Q2 pela segunda vez na F-1. Chegou a anotar o quinto tempo - terminou a sessão em 11º. Seu companheiro de equipe, o alemão Nico Hülkenberg, foi eliminado no Q1 após errar na mesma curva em que o brasileiro quase saiu da pista na sexta-feira.

Embalado, Bortoleto também foi bem no Q2. Não conseguiu avançar ao Q3, etapa que ainda não disputou desde sua estreia na F-1. Mas anotou o 13º tempo, obtendo sua melhor posição de largada na temporada até agora. Ao longo da sessão, chegou a figurar em 10º. A surpresa do Q2 foi a queda precoce de Lewis Hamilton, que vinha do terceiro lugar na corrida sprint, mas largará em 12º na prova principal.

O Q3, com apenas 10 pilotos na pista, foi uma batalha direta de Verstappen com os carros da McLaren, o que vem sendo a tônica da temporada até agora. Desta vez, o duelo foi mais rápido. O holandês cravou rapidamente seu melhor tempo, faltando apenas três minutos para o fim da sessão. E os rivais Piastri e Lando Norris não conseguiram superar suas marcas registradas no Q2.

Confira o grid de largada do GP de Miami de F-1:

1º - Max Verstappen (HOL/Red Bull), 1min26s204

2º - Lando Norris (ING/McLaren), 1min26s269

3º - Kimi Antonelli (ITA/Mercedes), 1min26s271

4º - Oscar Piatri (AUS/McLaren), 1min26s375

5º - George Russell (ING/Mercedes), 1min26s385

6º - Carlos Sainz Jr. (ESP/Williams), 1min26s569

7º - Alexander Albon (TAI/Williams), 1min26s682

8º - Charles Leclerc (MON/Ferrari), 1min26s754

9º - Esteban Ocon (FRA/Haas), 1min26s824

10º - Yuki Tsunoda (JAP/Red Bull), 1min26s943

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11º - Isack Hadjar (FRA/RB), 1min26s987

12º - Lewis Hamilton (ING/Ferrari), 1min27s006

13º - Gabriel Bortoleto (BRA/Sauber), 1min27s151

14º - Jack Doohan (AUS/Alpine), 1min27s186

15º - Liam Lawson (NZL/RB), 1min27s363

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16º - Nico Hülkenberg (ALE/Sauber), 1min27s473

17º - Fernando Alonso (ESP/Aston Martin), 1min27s604

18º - Pierre Gasly (FRA/Alpine), 1min27s710

19º - Lance Stroll (CAN/Aston Martin), 1min27s830

20º - Oliver Bearman (ING/Haas), 1min27s999

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.