Conmebol multa Palmeiras em R$ 285 mil por gesto racista de torcedor em duelo com o Cerro

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A Conmebol multou o Palmeiras em US$ 50 mil (cerca de R$ 285,7 mil) como punição pelo gesto racista feito por um torcedor na vitória por 1 a 0 sobre o Cerro Porteño, em jogo da Libertadores disputado em 10 de Abril, no Allianz Parque. Os dois times se enfrentam novamente nesta quarta-feira, às 21h30, em Assunção, no Paraguai.

Conforme noticiado pelo GE e confirmado pelo Estadão, a diretoria resolveu acatar a decisão da entidade máxima do futebol sul-americano, mas vai acionar a Justiça para que o torcedor responsável, identificado no dia seguinte ao ocorrido, repare o prejuízo financeiro causado ao clube.

Em imagens que circularam nas redes sociais horas depois da partida, o homem aparece fazendo gestos racistas e chamados os paraguaios de "índios". Com base nessas imagens, um processo para averiguação foi aberto por iniciativa da própria Conmebol.

Identificado pelo Palmeiras no dia seguinte, o torcedor foi excluído do Avanti, programa de sócio torcedor do clube, e impedido de comprar ingressos para jogos como mandante. Além disso, o clube alviverde registrou boletim de ocorrência e já havia notificado o torcedor de que, em caso de punição ao clube, ele seria responsabilizado.

Na ocasião, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) repudiou o episódio e afirmou que iria acatar todas as medidas cabíveis para apurar com rigor a agressão.

"O racismo no esporte, além de ser uma afronta à dignidade humana, compromete os valores de respeito, inclusão e igualdade que devem nortear as competições esportivas. Combater o racismo não é uma opção, mas uma obrigação de todos que acreditam na justiça e na igualdade dentro e fora de campo", disse a entidade, em nota.

A relação entre Palmeiras e Cerro Porteño ganhou contornos de tensão desde que o atacante Luighi foi vítima de racismo cometido por torcedores do time paraguaio, durante partida da Libertadores Sub-20. O episódio motivo forte desabafo do jogador, que pediu punições mais rigorosas da CBF e ganhou apoio da presidente palmeirense Leila Pereira.

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Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR. 

Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.