Venceu câncer e alcoolismo: a incrível história do zagueiro que salvou a Inter de Milão

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A Inter de Milão conseguiu uma épica classificação para a final da Liga dos Campeões na terça-feira. Na prorrogação, o time italiano bateu o Barcelona por 4 a 3. O gol no tempo extra foi anotado por Frattesi. Mas o herói da Inter foi o zagueiro Francesco Acerbi, que balançou a rede aos 48 minutos do segundo tempo, empatou o duelo em 3 a 3 e levou a partida para a prorrogação.

Acerbi tem uma incrível história de superação. O jogador venceu o câncer duas vezes. Em julho de 2013, o zagueiro passou por uma cirurgia de emergência após diagnóstico de um tumor nos testículos. Ele retornou aos gramados mas, no final daquele ano, o câncer voltou.

Também naquela temporada, o atleta falhou em teste antidoping ao testar positivo para Gonadotrofina Coriônica, um hormônio glicoproteico. O defensor, porém, foi absolvido, já que foi comprovado que a substância é produzida a partir de certos tumores. "A Justiça foi feita e agora ele pode se concentrar exclusivamente em seu tratamento", disse o advogado de Acerbi ao jornal Gazzetta Dello Sport no início de 2014.

"Vocês me dão força neste momento difícil com coragem e esperança. Obrigado de coração", postou o jogador nas redes sociais naquela ocasião.

Acerbi ainda enfrentou problemas com bebidas ao longo da carreira. O jogador da Inter admitiu que gostava de baladas e muitas vezes chegava para treinar sob os efeitos do álcool. "O câncer foi minha sorte. Agradeço a Deus. Um dia comecei a gritar 'saia do meu corpo!'. Mas seguia tendo a minha vida normal. Noites, bebidas, saía até às sete horas da manhã", contou em entrevista ao L'Ultimo Uomo.

"Eu não me respeitava, não respeitava o meu trabalho, nem a quem me pagava. Muitas vezes chegava aos treinamentos embriagado, sem ter me recuperado dos efeitos do álcool. Fisicamente me encontrava bem porque sempre fui forte. Dormir só um pouco já era o suficiente para render", afirmou.

"Sem a doença, eu teria acabado jogando a segunda divisão, ou talvez teria me aposentado. Por sorte, alguém lá em cima me amava e me enviou a doença. Sem ela, eu teria terminado muito mal. Nada teria me salvado. Estou satisfeito pela pessoa que me tornei, apesar de todas as minhas deficiências", prosseguiu.

"Um ano depois da doença, acordei com um ataque de pânico. Tinha medo da minha sombra. Então, comecei a pensar nas oportunidades que tinha desperdiçado", finalizou.

A Inter de Milão enfrenta Arsenal ou Paris Saint-Germain na grande decisão da Liga dos Campeões. Ingleses e franceses jogam nesta quarta, no Parque dos Príncipes. Na ida, o PSG triunfou por 1 a 0 fora de casa.

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A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.

O sarampo é uma infecção aguda e viral causada pelo morbilivírus, com alto poder de transmissão entre pessoas de qualquer idade. O contágio acontece de forma direta, principalmente por secreções nasais expelidas ao tossir, espirrar ou falar.

Entre os sintomas mais comuns estão tosse persistente, febre, manchas avermelhadas na pele, dores no corpo, coriza, irritação nos olhos e manchas brancas na parte interna da boca.

Atualmente, não existe tratamento específico para o sarampo. Em quadros mais graves, pode ser necessária a administração de vitamina A. Nos casos leves, a ingestão de líquidos e o controle da febre ajudam a evitar complicações.

A vacinação é a única forma eficaz de prevenção. A vacina está disponível gratuitamente em todos os postos de saúde durante todo o ano e pode ser aplicada em crianças e adultos.

Especialistas reforçam que manter a vacinação em dia é essencial para evitar surtos e proteger não apenas quem recebe a dose, mas também a comunidade como um todo.