Vitor Roque dá vitória ao Palmeiras sobre o São Paulo com gol aos 50 do 2º tempo

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O Palmeiras ganhou do São Paulo por 1 a 0, neste domingo, com gol aos 50 minutos do segundo tempo, marcado por Vitor Roque, na Arena Barueri, pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro. A equipe alviverde vence seu segundo jogo como mandante no torneio nacional, enquanto o rival tricolor perde a invencibilidade e se aproxima da zona de rebaixamento.

Com o resultado, o Palmeiras mantém a liderança do Brasileirão, com 19 pontos. O São Paulo cai para o 15º lugar e está à beira da zona da degola.

O clássico mostrou dois times com propostas antagônicas. Como tem sido nos últimos confrontos entre as equipes, o São Paulo entra em campo com anseios defensivos muito mais concretos e capazes de bloquear a postura ofensiva do Palmeiras. O time alviverde criava e finalizava mais vezes, mas com baixíssimo aproveitamento. Pelo lado são-paulino, as chegadas ao ataque eram mais raras, porém em números absolutos os chutes em direção ao gol eram semelhantes.

O Palmeiras volta a atuar na quinta-feira, às 19h, pela Copa Libertadores, em duelo com o Bolívar, no Allianz Parque. O time alviverde entra em campo já classificado para as oitavas de final como líder do grupo. Pelo Brasileirão, o próximo compromisso está agendado para o domingo, 18h30, em visita ao Red Bull Bragantino.

Na quarta, às 21h30, o São Paulo recebe o Libertad e um empate sela a passagem para a fase seguinte. No sábado, às 21h, a equipe tricolor encara o Grêmio também no MorumBis, pelo Brasileirão.

SÃO PAULO POUCO ACERTA, PALMEIRAS TIRA GRITO DE GOL DA GARANTA NO MINUTO FINAL

O Palmeiras começou dominante no clássico. Com posse de bola e maior liberdade ofensiva, os donos da casa articularam boas jogadas e deram alguns sustos no São Paulo. Os comandados de Zubeldía tentaram ser mais combativos, se aproximaram do campo de ataque algumas vezes, mas erros de passe comprometeram a estratégia tricolor.

No banco de reservas do São Paulo, sobravam reclamações contra a arbitragem. Zubeldía esbravejava e ouviu uma bronca do árbitro. O juiz não teve a mesma paciência com o auxiliar do argentino, com 20 minutos, expulsou Maxi Cuberas. Minutos depois, novos problemas para o time visitante. Wendell sentiu uma lesão e pediu substituição. Enzo Díaz entrou em seu lugar.

O Palmeiras abusava do lado direito do ataque, com Estêvão e Richard Ríos, principalmente. A equipe alviverde acumulava escanteios, mas faltava o principal: finalizar na direção do gol, problema rotineiro no time de Abel Ferreira.

Protagonista, Estêvão foi símbolo da falta de eficácia que fez com que o placar não saísse do zero na etapa inicial. Criativo, com estilo insinuante e driblador, o garoto chegava à área e não conseguia concluir bem os lances. Titular, Paulinho passou despercebido. Seu principal destaque foi com o jogo paralisado, momento em que ajudou a recolher uma pipa que caiu na Arena.

2º TEMPO MORNO MANTÉM IGUALDADE NO CHOQUE-REI

A segunda parte do clássico teve enredo semelhante nos primeiros minutos, mas os rivais se mostraram mais dispostos a testar os goleiros. Ferreirinha e Paulinho arriscaram e Weverton e Rafael tiveram de trabalhar logo nos primeiros minutos.

Se no primeiro tempo foi o banco são-paulino quem mais contestou a arbitragem, no segundo, foi a vez de os palmeirenses reclamarem. E Abel Ferreira foi expulso.

O Palmeiras tinha mais pressa para abrir o placar. A falta de pontaria do lado alviverde era generalizada. Felipe Anderson e Lucas Evangelista foram outros a jogar a bola longe do gol na conclusão de boas jogadas. A defesa alviverde também entregou belos presentes para os jogadores do São Paulo. Weverton impediu que Oscar abrisse o placar já aos 29 minutos.

Nos acréscimos, a torcida da casa pôde tirar o grito de gol da garganta. Vitor Roque marcou depois de finalização de Felipe Anderson e garantiu a vitória do Palmeiras aos 50 minutos após análise do VAR.

FICHA TÉCNICA:

PALMEIRAS 1 X 0 SÃO PAULO

PALMEIRAS - Weverton; Giay, Gustavo Gómez, Bruno Fuchs e Piquerez; Aníbal Moreno (Raphael Veiga), Richard Ríos (Lucas Evangelista) e Allan (Mauricio); Estêvão (Vitor Roque), Flaco López e Paulinho (Felipe Anderson). Técnico: Abel Ferreira.

SÃO PAULO - Rafael; Ferraresi, Ruan e Alan Franco; Cédric (Lucas Ferreira), Alisson, Marcos Antônio (Pablo Maia), Matheus Alves (Oscar) e Wendell (Enzo Díaz); Ferreirinha (Luciano) e André Silva. Técnico: Luis Zubeldía.

GOL - Vitor Roque, aos 50 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Piquerez, Ferraresi e Ruan.

CARTÃO VERMELHO - Abel Ferreira e Maxi Cuberas.

ÁRBITRO - Rafael Klein (RS).

RENDA - R$ 990.708,00.

PÚBLICO - 29.709 pagantes.

LOCAL - Arena Barueri, em Barueri (SP).

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.