Piastri domina e faz melhor tempo do dia no GP de Emilia-Romagna; Bortoleto é o 16º

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Vencedor das últimas três etapas da Fórmula 1, Oscar Piastri mostrou nesta sexta-feira que a McLaren também brigará pelo lugar mais alto do pódio no GP de Emilia-Romagna, no Circuito de Ímola, na Itália. O australiano, líder do campeonato, foi o mais rápido do dia, liderando os dois treinos livres do dia. O brasileiro Gabriel Bortoleto foi o 16º mais veloz na segunda sessão desta sexta.

Piastri terminou o dia com o tempo de 1min15s293, superando a melhor marca do início da manhã, no qual também liderou, com 1min16s545. Como também aconteceu no primeiro treino, o britânico Lando Norris registrou a segunda melhor marca, apenas 0s025 atrás do companheiro de McLaren.

Os resultados mostram a força da equipe britânica, que vem dominando a temporada. No início da semana, Piastri chegou a afirmar que não esperava em Ímola o mesmo domínio visto nos três GPs anteriores. Mas a dupla começou em alto nível no tradicional e veloz Autódromo Enzo e Dino Ferrari.

Um dos destaques do dia foi francês Pierre Gasly, terceiro mais veloz do segundo treino. No início do dia, o piloto da Alpine já havia registrado o sexto tempo. Tetracampeão mundial, o holandês Max Verstappen foi o quinto mais veloz da segunda sessão, novamente sem empolgar a torcida.

A segunda atividade do dia começou com Norris na frente. Mas, na metade da sessão, Piatri já despontava na frente, sem conseguir vantagem mais folgada sobre o companheiro de equipe. No pelotão traseiro, Bortoleto começou em 18º, logo atrás de Nico Hülkenberg, seu parceiro na Sauber. Mas, mesmo sem repetir a boa performance do início do dia, o brasileiro subiu para o 16º lugar, duas posições à frente do companheiro de equipe.

Bortoleto levou um susto no primeiro treino do dia ao derrapar sozinho e parar no muro de proteção, sem maiores consequências. O incidente, a dois minutos do fim da sessão, acabou abreviando o treino. O brasileiro terminou em nono, sua melhor posição em um treino livre. Na segunda sessão, caiu um pouco de rendimento e anotou o 16º tempo.

O segundo treino livre também foi marcado por um incidente nos minutos finais. Desta vez, foi o francês Isack Hadjar que causou a bandeira amarela, que logo virou vermelha. O piloto da RB derrapou sozinho na pista, invadiu a caixa de briga e parou no muro de proteção, a exemplo do que fez Bortoleto no primeiro treino, no mesmo setor. Nos dois casos, os pilotos não correram maiores riscos.

Os pilotos voltam à pista italiana no sábado para a terceira sessão livre, às 7h30 (de Brasília). A classificação está agendada para as 11h. No domingo, a largada da corrida está marcada para as 10 horas.

Confira os resultados do 2º treino livre do GP de Emilia-Romagna:

1º - Oscar Piastri (AUS/McLaren), 1min15s293

2º - Lando Norris (ING/McLaren), 1min15s318

3º - Pierre Gasly (FRA/Alpine), 1min15s569

4º - George Russell (ING/Mercedes), 1min15s693

5º - Max Verstappen (HOL/Red Bull), 1min15s735

6º - Charles Leclerc (ITA/Ferrari), 1min15s768

7º - Isack Hadjar (FRA/RB), 1min15s792

8º - Yuki Tsunoda (JAP/Red Bull), 1min15s827

9º - Alexander Albon (TAI/Williams), 1min15s916

10º - Carlos Sainz Jr. (ESP/Williams), 1min15s934

11º - Lewis Hamilton (ING/Ferrari), 1min15s943

12º - Oliver Bearman (ING/Haas), 1min16s009

13º - Franco Colapinto (ARG/Alpine), 1min16s044

14º - Fernando Alonso (ESP/Aston Martin), 1min16s220

15º - Liam Lawson (NZL/RB), 1min16s255

16º - Gabriel Bortoleto (BRA/Sauber), 1min16s339

17º - Lance Stroll (CAN/Aston Martin), 1min16s341

18º - Kimi Antonelli (ITA/Mercedes), 1min16s406

19º - Nico Hülkenberg (ALE/Sauber), 1min16s419

20º - Esteban Ocon (FRA/Haas), 1min16s420

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.