Chelsea derrota o Manchester United no sufoco e se aproxima de vaga na Liga dos Campeões

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Em busca de vaga na próxima edição da Liga dos Campeões, o Chelsea recebeu o Manchester United, nesta sexta-feira, no Stamford Bridge, em Londres, sofreu, mas venceu por 1 a 0 e só depende de suas forças para atingir o objetivo. Na última rodada, no dia 25, o time azul precisará de um triunfo sobre o Nottingham Forest, fora de casa, para encerrar a competição no G-5, a zona de classificação para a competição continental.

O resultado positivo, após o tropeço diante do Newcastle, levou a equipe do técnico Enzo Maresca a 66 pontos na embolada tabela do Campeonato Inglês. Apenas três pontos separam o vice-líder, Arsenal (68 pontos), do sexto colocado, o Manchester City (65). Além do Chelsea, Aston Villa (que também já jogou na rodada) e Newcastle somam 66. Por enquanto, o único classificado é o campeão Liverpool. O Manchester United, por sua vez, é apenas o 16º, com 39 pontos.

O primeiro tempo do clássico foi morno e de poucas emoções. A finalização de Madueke logo aos 4 minutos deu a impressão de que o Chelsea sufocaria o conjunto vermelho em busca da vitória, mas logo os visitantes equilibraram as ações. Aos 15 minutos, Maguire até balançou a rede de Robert Sánchez, mas a arbitragem checou o VAR e anulou o tento por impedimento.

O susto deixou o time do técnico Enzo Maresca mais ligado no jogo. Apesar das atuações apagadas de Palmer e de Pedro Neto, o Chelsea recuperou o controle do duelo e, aos 23 minutos, Reece James carimbou a trave direita de Onana. O lado azul pressionou no campo de ataque, mas não chegou a levar perigo real, enquanto o United sofria para encaixar o contra-ataque. Aos 45 minutos, Palmer acertou o único chute no alvo da primeira etapa, mas o goleiro do United espalmou.

Depois de levar pressão na etapa inicial, o Manchester United resolveu se arriscar mais na volta do intervalo, mas falhou na pontaria em tentativas de Mount e Bruno Fernandes. Confiante em um bom resultado diante da falta de criatividade dos donos da casa, o técnico Rúben Amorim sacou Casemiro e Mount acionou Ugarte e Garnacho em busca de mais ofensividade.

Em sua primeira participação no jogo, porém, aos 25 minutos, Garnacho falhou na marcação de Reece James e deixou o lateral com espaço para cruzar na pequena área, na cabeça de Cucurella, que mandou cruzado, sem chance para Onana, inaugurando o placar para o Chelsea.

Em desvantagem, o Manchester United partiu em busca do empate nos minutos finais. Diallo e Maguire, enfim, chutaram na direção certa e exigiram as primeiras intervenções de Robert Sánchez no confronto. Sem se arriscar, o Chelsea controlou a bola à espera do fim da partida e deixou o gramado mais próximo da classificação à Liga dos Campeões.

ASTON VILLA EMBALADO

Na abertura desta 37ª rodada, o Aston Villa derrotou o Tottenham por 2 a 0, no Villa Park, embalou a terceira vitória seguida no Inglês e pressionou os concorrentes na briga pela classificação à principal liga europeia. Depois de alcançar as quartas de final deste ano no torneio continental - caiu diante do PSG -, o time do técnico Unai Emery chegou aos 66 pontos, entrou no Top 5 e embolou a disputa.

O time da casa pressionou no primeiro tempo, teve maior volume de jogo, mas não conseguiu transformar a superioridade em gols. O Tottenham, que ocupa apenas a 17ª colocação em uma campanha decepcionante, tentava surpreender os anfitriões nos contragolpes, principalmente com Son, mas também não obteve sucesso.

Assim, os gols só saíram na etapa final. Aos 14 minutos, Konsa aproveitou escanteio cobrado por McGinn e desviado por Watkins para encher o pé e abrir o placar para o Aston Villa. Kamara, aos 27 minutos, recebeu o passe de Rogers na área e tocou no canto para dar números finais à partida.

Na última rodada, no dia 25, o Aston Villa tentará confirmar a classificação diante do Manchester United, fora de casa. Já o Tottenham cumpre tabela diante do Brighton.

Confira os resultados desta sexta-feira no Campeonato Inglês:

Aston Villa 2 x 0 Tottenham

Chelsea 1 x 0 Manchester United

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.