Em momentos distintos, Bahia e Vitória realizam o Ba-Vi 503 pelo Brasileirão

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Um dos clássicos mais importantes do Brasil, Bahia e Vitória medem forças no Ba-Vi 503, com mando do Bahia, que acontece neste domingo, às 16h, na Casa de Apostas Arena Fonte Nova, e será válido pela nona rodada do Campeonato Brasileiro. A dupla enfrenta momentos opostos na temporada, enquanto o time de Rogério Ceni chega em um jejum de vitórias, o de Thiago Carpini quer confirmar sua reação após três jogos de invencibilidade.

Há ainda um tabu histórico a favor do Bahia, que não perde para o rival dentro da Fonte Nova há 34 anos pela Série A do Brasileiro. A última derrota aconteceu no dia 17 de fevereiro de 1991, por 1 a 0, favorável ao Vitória. No retrospecto geral, o Bahia venceu 195 vezes, contra 163 do Vitória e 144 empates.

O Bahia vive momento complicado na Libertadores, após a derrota, por 1 a 0, para o Atlético Nacional-COL, no meio de semana, quando saiu da zona de classificação para o mata-mata e vai decidir uma vaga diante do Internacional. Antes, foi superado pelo Nacional-URU, também pela Libertadores, por 3 a 1, em casa.

No Brasileiro, a situação não é diferente. A derrota para o Flamengo, por 1 a 0, na última rodada, fez o time sair do G-6 e aparece em oitavo lugar, com 12 pontos.

Do outro lado, o Vitória vem buscando a reação na temporada. O triunfo sobre o Vasco, por 2 a 1, tirou o time da zona de rebaixamento, subindo para a 14ª colocação, com nove pontos. Além disso, no meio de semana foi bem e ganhou moral após se manter vivo na Copa Sul-Americana, com a vitória sobre o Cerro Largo-URU, no Uruguai, por 1 a 0, e pode confirmar a participação na repescagem no fim do mês.

Para apimentar ainda mais o clássico, será o primeiro encontro entre os clubes após a final quente do Campeonato Baiano, conquistada pelo Bahia. Venceu por 2 a 0 como mandante e empatou no Barradão por 1 a 1. Esta partida ficou marcada por expulsões e uma discussão entre Carpini e jogadores do Bahia.

Rogério Ceni não deve poupar ninguém, visto que o clássico é uma ótima oportunidade para recuperar a confiança do time que vinha de bons resultados na temporada. Mas se ele resolver segurar um ou outro jogador, pode promover a mudança entre os atacantes, Lucho e Willian José. Além disso, Erick também pode entrar no meio de campo. De certo, são as ausências de Ronaldo, Gilberto, Arias, Kanu, Rezende e Ademir, todos no departamento médico.

Ceni analisou o atual momento do time antes do Ba-Vi: "Com relação ao cansaço não é fácil. Mental, poder de concentração. Os adversários competem, são duros. Nos últimos jogos do Brasileiro eles foram bem. Exigem muito para ficar em cenário favorável. Infelizmente você não jogar com a segurança de poder vencer, então a gente entra tentando competir ao máximo."

Do outro lado, Thiago Carpini sempre alterou a forma de jogar contra o rival na Fonte Nova. Com isso, o treinador pode promover a entrada do zagueiro Zé Marcos, armando um esquema com três zagueiros, ou jogar com três volantes, reforçando o meio de campo. Expulso contra o Vasco, Matheuzinho está fora e será substituído por Wellington Rato. Por outro lado, o lateral direito Claudinho volta de suspensão e disputa a vaga com Cáceres.

Apesar da reação, Carpini pede "pés no chão" para o Ba-Vi: "Chegamos em um bom momento, mas a gente sabe que o clássico tem particularidades muito diferentes. É um jogo atípico e diferente de qualquer outra competição. Vale o bom momento, mas é um jogo com tudo muito igual, muito disputado. A gente espera competir bem."

FICHA TÉCNICA

BAHIA X VITÓRIA

BAHIA - Marcos Felipe; Ramos Mingo, Gabriel Xavier, David Duarte e Luciano Juba; Caio Alexandre (Erick), Jean Lucas, Cauly e Everton Ribeiro; Erick Pulga e Luciano Rodriguez (Willian José). Técnico: Rogério Ceni.

VITÓRIA - Lucas Arcanjo; Cáceres (Claudinho), Lucas Halter, Edu e Jamerson; Ryller (Baralhas), Ronald e Wellington Rato; Osvaldo, Mosquito (Janderson) e Renato Kayzer. Técnico: Thiago Carpini.

ÁRBITRO - Ramon Abatti Abel (SC).

HORÁRIO - 16h.

LOCAL - Arena Fonte Nova, em Salvador (BA).

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.