Calderano vai à semifinal do Mundial de tênis de mesa e já garante medalha histórica

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Hugo Calderano escreveu mais um capítulo inédito para o esporte brasileiro nesta sexta-feira, em Doha, no Catar. O número 3 do mundo venceu o sul-coreano An Jaehyun por 4 sets a 1 e garantiu vaga na semifinal do Campeonato Mundial de tênis de mesa - resultado que assegura ao menos a medalha de bronze, já que não há disputa pelo terceiro lugar na competição. É a primeira vez que um atleta do Brasil chega tão longe em um Mundial da modalidade.

"Foi um grande jogo. É difícil expressar em palavras neste momento. Dou todos os créditos ao An Jaehyun, ele é muito forte, já esteve aqui antes e tem uma medalha de bronze. Parabenizo ele também. Estou muito feliz, muito agradecido por esse momento e quero continuar levando o melhor do tênis de mesa para o Brasil", afirmou Calderano

Com uma atuação quase impecável, Calderano superou o sul-coreano pela sexta vez na carreira com parciais de 11/4, 11/6, 9/11, 11/7 e 12/10. Agora, ele enfrentará na semifinal o chinês Jingkun Liang, número 5 do ranking, que venceu seu compatriota Shidong Lin por 4 a 3. Do outro lado da chave, o chinês Chuqin Wang (2º do mundo) encara o sueco Truls Moregard (7º).

"(O Liang) sabe jogar com essa pressão e tem experiência com esse tipo de competição. Vai ser um grande teste para mim", completou o medalhista brasileiro.

Calderano começou totalmente concentrado e aplicando um ritmo alucinante, não dando chance ao sul-coreano, que foi displicente em alguns momentos. O brasileiro fechou o primeiro set com extrema facilidade por 11/4.

No segundo set, o sul-coreano chegou a reclamar do estilo de saque do brasileiro em uma tentativa de desestabilizar o adversário. Uma fiscal foi chamada para analisar, mas permitiu que Calderano continuasse com seu método. Isso fez com que ele voltasse ainda mais concentrado: vencendo por 11/6.

O terceiro set não começou tão bem para o brasileiro, que chegou a estar perdendo por quatro pontos. Hugo tirou a velocidade e usou mais efeito em suas tentativas, colocando dificuldade ao sul-coreano e chegou a diminuir para 9/8, fazendo o adversário pedir tempo. Jaehun, no entanto, conseguiu uma sobrevida ao levar por 11/9.

Calderano voltou agressivo no quarto set, largou na frente e apenas administrou a vantagem para confirmar 11/7 sem sustos. O último set não seria diferente. O brasileiro permaneceu intacto mentalmente e agressivo em suas jogadas. No entanto, o sul-coreano resolveu dificultar a vida do brasileiro, que pediu tempo e viu o jogo ser decidido no detalhe após o rival impedir três match-points, mas não o feito inédito do brasileiro no tênis de mesa: 12/10.

Na primeira rodada do Mundial, Hugo Calderano superou o mexicano Rogelio Castro. No segundo compromisso, bateu Wassim Essid, da Tunísia. No terceiro jogo, o brasileiro sofreu um pouco, mas derrotou o casaque Kirill Gerassimenko. No quarto, arrasou o nigeriano Quadri Aruna. E, agora, despachou o sul-coreano An Jaehyun.

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Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR. 

Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.