Mônaco, Indianápolis e Le Mans: por que são as corridas mais importantes do automobilismo?

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Neste domingo, o automobilismo vive um de seus momentos mais emblemáticos na temporada com a realização do Grande Prêmio de Mônaco de Fórmula 1 e das 500 Milhas de Indianápolis, etapa mais importante do calendário da Fórmula Indy. Junto com as 24 Horas de Le Mans, essas três provas juntas formam a Tríplice Coroa. Por sua vez, a tradicional competição de resistência no circuito francês de La Sarthe, em Le Mans, será disputada entre os dias 14 e 15 de junho.

Vencer qualquer uma das três corridas é um desafio que exige bastante habilidade dos pilotos. Le Mans pede resistência e constância, com 24 horas de corrida seguidas, incluindo parte da disputa na madrugada. Em Mônaco, o desafio são as 78 voltas em um circuito estreito e técnico, onde qualquer erro pode custar pontos. Já em Indianápolis, o condutor precisa lidar com disputas intensas, ultrapassagens e finais imprevisíveis.

O único detentor do título da Tríplice Coroa é o britânico Graham Hill, bicampeão da Fórmula 1 em 1962 e 1968. Hill venceu cinco vezes nas ruas de Monte Carlo, em 1963, 1964, 1965, 1968 e 1969. Conquistou a vitória nas 500 Milhas de Indianápolis em 1966 e, em 1972, completou o feito ao triunfar nas 24 Horas de Le Mans.

GP DE MÔNACO

Disputado desde 1929, o Grande Prêmio de Mônaco acontece nas ruas de Monte Carlo. Sendo considerado a corrida mais emblemática da Fórmula 1. O prestígio se deve ao desafio de conduzir pelos traçados estreitos do Principado de Mônaco, que possui curvas fechadas e dificulta as ultrapassagens.

O maior vencedor é o brasileiro Ayrton Senna, com seis vitórias conquistadas nos anos de 1987, 1989, 1990, 1991, 1992 e 1993, superando Graham Hill, que venceu cinco vezes em 1963, 1964, 1965, 1968 e 1969.

O belo cenário também chama atenção durante as 78 voltas, com todo o glamour dos iates ancorados no porto, os hotéis de luxo e os cassinos, além da presença de membros da realeza e celebridades.

500 MILHAS DE INDIANÁPOLIS

Disputada no estado de Indiana, nos Estados Unidos, a Indy 500 é uma prova centenária realizada desde 1911 na cidade de Indianápolis. A corrida acontece em um circuito oval, com 200 voltas, e é conhecida por sua velocidade, disputas intensas, ultrapassagens e finais emocionantes e imprevisíveis.

A corrida chega à sua 109ª edição em 2025 e possui uma cultura rica e preservada, atraindo quase 300 mil espectadores. É marcada por tradições emblemáticas e acontece tradicionalmente no último domingo de maio, no Memorial Day, dia em que o país homenageia os veteranos de guerra. Situações inusitadas também marcam o evento, como o vencedor tomando leite no pódio, beijando os tijolos da linha de chegada, entre outras tradições.

Os pilotos brasileiros são destaques na modalidade, com oito vitórias conquistadas por quatro competidores diferentes: Emerson Fittipaldi, Hélio Castroneves, Gil de Ferran e Tony Kanaan. Helinho é o maior vencedor com quatro triunfos, empatado com os americanos A. J. Foyt, Al Unser e Rick Mears.

Inclusive, aos 50 anos, Helinho pode se tornar o maior vencedor da prova de forma isolada neste domingo. No entanto, ele não terá vida fácil, pois larga apenas na 22ª posição do grid.

24 HORAS DE LE MANS

As 24 Horas de Le Mans, realizadas desde 1923 na França, é uma corrida que dura 24 horas consecutivas, desafiando a resistência física e mental dos pilotos, além da qualidade dos carros. Cada equipe tem três condutores que se revezam, evitando que um piloto dirija mais de 14 horas seguidas na principal corrida de endurance do mundo.

O circuito tem 13,6 km e combina trechos de alta velocidade, curvas técnicas e partes urbanas, incluindo um trecho da prova durante a madrugada, o que torna a disputa ainda mais desafiadora.

O maior vencedor é Tom Kristensen, com nove triunfos. O dinamarquês venceu em 1997, 2000, 2001, 2002, 2003, 2004, 2005, 2008 e 2013, consolidando sua dinastia e recebendo o apelido de "Mister Le Mans".

Nenhum brasileiro venceu a prova até o momento. A melhor colocação foi o segundo lugar, conquistado por José Carlos Pace em 1973, Raul Boesel em 1991, Lucas di Grassi em 2014 e Bruno Senna em 2020.

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.