Norris supera Leclerc nos segundos finais e leva a pole no GP de Mônaco; Bortoleto é 16º

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Depois de dominar os três treinos livres em casa, Charles Leclerc estava confiante em repetir a pole position do ano passado no GP de Mônaco, mas a McLaren estragou a festa. Lando Norris tirou a primeira posição do piloto da Ferrari no grid nos últimos segundos, neste sábado, no circuito de Monte Carlo, e largará à frente na prova deste domingo.

Oscar Piastri sairá na terceira posição, à frente de Lewis Hamilton, que teve seu carro praticamente reconstruído após bater no terceiro treino livre, mais cedo, trocando do bico à suspensão traseira. Atual campeão mundial, Max Verstappen, da Red Bull, sairá em quinto.

Gabriel Bortoleto lutou para colocar sua Sauber no Q2, mas foi eliminado ainda no Q1, na 16ª posição, por menos de quatro centésimos em relação ao 15º colocado, Kimi Antonelli. Companheiro de equipe do brasileiro, o alemão Nico Hülkenberg avançou ao Q2 e largará em 13º.

Além da definição da pole position após o cronômetro zerado, o treino classificatório foi marcado pelo trânsito intenso na pista, o que provocou reclamações entre os pilotos, e pelos abandonos das Mercedes de George Russell, por problemas no carro, e Kimi Antonelli, que bateu, ainda no Q2, provocando duas bandeiras vermelhas - foram seis no total, considerando os treinos livres.

Para evitar o tráfego intenso, Alexander Albon foi o primeiro a sair para a pista na primeira parte do treino, cravando 1min22s. Entre os favoritos à pole, Leclerc cravou 1min13s063 na primeira tentativa, mas, na sequência, os tempos começaram a cair. À exceção de Colapinto e Gasly, da Alpine, que foram à pista com compostos médios, os demais pilotos apostaram nos macios.

Durante o Q1, a troca de posições foi intensa. A 7 minutos do fim, a McLaren de Lando Norris liderava com 1min11s596, à frente de Leclerc, Piastri, Verstappen e Hamilton. A 3 minutos do encerramento, Leclerc recuperou a liderança, com 1min11s229, e se manteve à frente até o fim, seguido por Norris, Piastri, Verstappen, Russell e Hamilton.

O brasileiro Gabriel Bortoleto, que chegou a fazer o nono melhor tempo, encerrou sua última tentativa com 1min11s908, ocupando o 16º lugar, menos de 4 centésimos atrás de Kimi Antonelli, o 15º. Assim, o piloto da Sauber ficou fora do Q2, eliminado ao lado de Bearman, Gasly, Stroll e Colapinto. No último minuto, Antonelli bateu sua Mercedes e a primeira seção terminou sob bandeira vermelha.

Leclerc registrou o melhor tempo logo em sua primeira volta no Q2, mas logo foi superado por Norris e Verstappen. Sem potência, Russell parou dentro do túnel com problemas elétricos e a bandeira vermelha foi acionada novamente, provocando o abandono de outra Mercedes - foi a primeira vez no ano que o piloto britânico ficou fora do Q3.

No retorno dos carros à pista, para os 10 minutos finais do Q2, a Ferrari manteve o domínio, com Leclerc e Hamilton, até restar quatro minutos, quando Norris, com 1min10s570, passou à frente da dupla. O britânico permaneceu na liderança à frente de Leclerc, Albon, Piastri, Verstappen e Hamilton. Caíram no Q2 Sainz, Tsunoda, Hulkenberg, Russell e Antonelli.

Na última parte do treino, a McLaren mostrou sua força e colocou seus carros à frente da Ferrari logo na primeira volta e se manteve à frente. A 20 segundo do fim, Leclerc tomou a liderança, com 1min10s063, mas Lando Norris quebrou o recorde da pista a dois segundos do fim com 1min09s954 e levou a pole.

O GP de Mônaco, a oitava etapa da temporada, será realizado neste domingo, a partir das 10h (horário de Brasília).

Confira o grid de largada para o GP de Mônaco de Fórmula 1:

1º - Lando Norris (ING/McLaren), 1min09s954

2º - Charles Leclerc (MON/Ferrari), 1min10s063

3º - Oscar Piastri (AUS/McLaren), 1min10s129

4º - Lewis Hamilton (ING/Ferrari), 1min10s382

5º - Max Verstappen (HOL/Red Bull), 1min10s669

6º - Isack Hadjar (FRA/RB), 1min10s923

7º - Fernando Alonso (ESP/Aston Martin), 1min10s924

8º - Esteban Ocon (FRA/Haas), 1min10s942

9º - Liam Lawson (NZL/RB), 1min11s129

10º - Alexander Albon (TAI/Williams), 1min11s213

11º - Carlos Sainz Jr. (ESP/Williams), 1min11s362

12º - Yuki Tsunoda (JAP/Red Bull), 1min11s415

13º - Nico Hülkenberg (ALE/Sauber), 1min11s596

14º - George Russell (ING/Mercedes), sem tempo

15º - Kimi Antonelli (ITA/Mercedes), sem tempo

16º - Gabriel Bortoleto (BRA/Sauber), 1min11s902

17º - Pierre Gasly (FRA/Alpine), 1min11s994

19º - Franco Colapinto (ARG/Alpine), 1min12s597

18º - Lance Stroll (CAN/Aston Martin), 1min12s563*

20º - Oliver Bearman (ING/Haas), 1min11s979**

* punido com a perda de uma posição

** punido com a perda de dez posições

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.