João Fonseca lembra tri de Guga em Roland Garros após triunfo inédito: 'Sonho maior é o título'

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Tenista mais novo a vencer em Roland Garros desde o espanhol Carlos Alcaraz, em 2021, João Fonseca interrompeu uma série de maus resultados no circuito com uma vitória arrasadora sobre o 28º do mundo, o polonês Hubert Hurkacz, nesta terça-feira, por 3 sets a 0, logo em sua estreia na chave principal do Grand Slam francês.

Mais que isso, o brasileiro de 18 anos se consolidou como uma das sensações do torneio e levou uma multidão às arquibancadas da quadra 7 do Complexo de Roland Garros, o que provocou longa fila de pessoas para vê-lo jogar - muitas não conseguiram, o que rendeu críticas à organização - e até tumulto por excesso de público no local.

Simpático e carismático, Fonseca atendeu a pedidos de autógrafos e fotos após o triunfo e disse viver um sonho ao vencer logo em sua estreia na chave principal do importante Grand Slam - em 2023, chegou às quartas de final do torneio juvenil -, mas que vai lutar para repetir o feito de um de seus ídolos.

"Jogando na quadra de saibro, aqui em Roland Garros, e ganhar minha primeira partida já é um sonho. Mas, com certeza, o sonho maior é conquistar esse torneio", afirmou o número 65 do ranking da ATP em entrevista à ESPN. "Ainda mais sabendo que a gente tem o Guga, que ganhou três vezes aqui e é um ídolo. Acho que seria um sonho vencer aqui, com certeza", completou.

Considerado um dos "reis" do saibro, Gustavo Kuerten, o Guga, foi campeão em Roland Garros em 1997, 2000 e 2001, sendo superado em conquistas no torneio apenas por Rafael Nadal e Bjorn Borg na Era Aberta. Os bons resultados o ajudaram a alcançar o topo do ranking da ATP, em 2000, fazendo com que virasse ídolo e influenciasse uma geração de jovens tenistas brasileiros. Também foi no torneio francês que Guga se aposentou, em 2008, em decorrência de problemas no quadril, antes de João Fonseca completar seu segundo ano de vida.

Na segunda rodada, Fonseca vai enfrentar o francês Pierre-Hughes Herbert, 147º do ranking, que derrotou o compatriota Benjamin Bonzi por 3 sets a 2 em dura batalha de 3h27, também nesta terça-feira. Se avançar à terceira rodada, o brasileiro poderá enfrentar o britânico Jack Draper, número 5 do mundo.

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A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.

O sarampo é uma infecção aguda e viral causada pelo morbilivírus, com alto poder de transmissão entre pessoas de qualquer idade. O contágio acontece de forma direta, principalmente por secreções nasais expelidas ao tossir, espirrar ou falar.

Entre os sintomas mais comuns estão tosse persistente, febre, manchas avermelhadas na pele, dores no corpo, coriza, irritação nos olhos e manchas brancas na parte interna da boca.

Atualmente, não existe tratamento específico para o sarampo. Em quadros mais graves, pode ser necessária a administração de vitamina A. Nos casos leves, a ingestão de líquidos e o controle da febre ajudam a evitar complicações.

A vacinação é a única forma eficaz de prevenção. A vacina está disponível gratuitamente em todos os postos de saúde durante todo o ano e pode ser aplicada em crianças e adultos.

Especialistas reforçam que manter a vacinação em dia é essencial para evitar surtos e proteger não apenas quem recebe a dose, mas também a comunidade como um todo.