Estêvão deixa lembrança mágica em despedida do Allianz Parque com goleada do Palmeiras

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Foram 77 jogos de Estêvão desde que ele estreou pelo Palmeiras. Ele soma, até aqui, 26 gols e 15 assistências, incluindo um de cada na noite desta quarta-feira, na goleada de 6 a 0 sobre o Sporting Cristal pela última partida da fase de grupos da Libertadores.

Se é a primeira impressão a que fica, Estêvão sempre gerou empolgação. Se é a última que vira lembrança, o palmeirense vai recordar com carinho do garoto de 18 anos que se despediu do Allianz Parque, antes de ir para o Chelsea, da Inglaterra.

Estêvão ainda joga pelo Palmeiras, no Brasil, uma última vez, no domingo, contra o Cruzeiro, em Belo Horizonte, pela 11ª rodada do Brasileirão. Uma semana depois, a delegação alviverde viaja para os Estados Unidos, onde disputará o Mundial de Clubes, último torneio do atacante com a camisa palmeirense.

Já com a garantia de liderança do Grupo G e melhor campanha geral, o Palmeiras confirmou o aproveitamento de 100%. O time mostrou que iria para cima do adversário independentemente da situação da classificação. Até mesmo sem a bola, as linhas palmeirenses pressionavam no campo de ataque, induzindo a erros do Sporting Cristal.

Em um dos lances que surgiram dessa forma, ainda nos primeiros cinco minutos, Maurício teve chance de chutar da entrada da área. O lamento da torcida não foi apenas por a bola não entrar. Estêvão estava aberto sozinho ao lado. Era como se todo o estádio pedisse que Maurício passasse a bola para o garoto.

Ele foi mais acionado e recebeu lançamentos, nem sempre precisos, pelo lado direito. Numa das jogadas, driblou e quase deu um gol a Veiga, mas o passe foi interceptado. Depois, Maurício veio de trás e recebeu passe de visão particular do camisa 41, também levando perigo ao Sporting Cristal.

O Palmeiras diminuiu o ritmo, mas não foi preciso ter pressa. Aníbal Moreno lançou para Estêvão, mais uma vez. Dentro da área, o garoto fez Gianfranco Chávez cair com um drible, como se fizesse o zagueiro o reverenciar. O chute colocado entrou no canto direito de Diego Enríquez, que fazia bom jogo, mas não conseguiu impedir um gol de despedida.

Estêvão assumiu o papel de dono da festa. Ele mesmo desarmou o adversário e tentou passar para Flaco. A bola insistiu em rebater, mas Estêvão foi mais teimoso e entregou novamente para o argentino, que saiu cara a cara com Enríquez. De cobertura, o palmeirense ampliou o placar.

O argentino fez o segundo em uma jogada que o Palmeiras explorou bem na noite de quarta-feira, com passes em profundidade para os atacantes. Vanderlan encontrou Maurício, que cruzou para o argentino apenas empurrar para as redes.

A volta do intervalo indicava que o jogo poderia mudar, apesar do placar já com grande diferença. O Sporting Cristal pressionou e tentou reagir. Foi o Palmeiras, contudo, que se deu melhor.

Novamente Estêvão criou a jogada, ao interceptar passe dos peruanos. Ele lançou Maurício, que fez o quarto. O VAR, porém, analisou o lance e marcou impedimento.

Minutos depois, Abel Ferreira decidiu que o garoto poderia descansar. Ovacionado, Estêvão saiu de campo com o reconhecimento pelo que fez no estádio palmeirense, não só nesta noite.

Entretanto, o time fez questão de dar tranquilidade ao torcedor. Mesmo sem a joia, haverá talento. Foi o que mostrou Raphael Veiga, ao cobrar falta perfeita por cima da barreira e fazer o quarto.

O quinto gol veio de assistência de Allan para Paulinho, um dos principais reforços da temporada e que ainda trabalha em cronograma de jogos reduzidos. Se Estêvão vai embora, o camisa 10 assinou embaixo do que Veiga já dizia: há craques no Allianz Parque.

Facundo Torres ainda pôde fechar a goleada. O uruguaio mandou para as redes de cabeça, para completar cruzamento de Paulinho, que fez sua melhor exibição desde que chegou ao Palmeiras.

FICHA TÉCNICA

PALMEIRAS 6 X 0 SPORTING CRISTAL

PALMEIRAS - Marcelo Lomba; Marcos Rocha, Bruno Fuchs, Micael e Vanderlan; Aníbal Moreno, Richard Ríos (Lucas Evangelista) e Raphael Veiga (Luighi); Estêvão (Allan), Maurício (Facundo Torres) e Flaco López (Paulinho). Técnico: Abel Ferreira.

SPORTING CRISTAL - Diego Enríquez; Jesús Pretell (Misael Sosa), Gianfranco Chávez (Alejandro Pósito), Flavio Alcedo, Franco Romero (Maxloren Castro) e Axel Cabellos; Catriel Cabellos, Martín Távara, Christofer Gonzáles e Fernando Pacheco (Ian Wisdom); Irven Ávila (Martín Cauteruccio). Técnico: Paulo Autuori.

GOLS - Estêvão, aos 31, e Flaco López, aos 38 e aos 46 minutos do primeiro tempo; Raphael Veiga, aos 19, Paulinho, aos 26, e Facundo Torres, aos 36 do segundo.

CARTÕES AMARELOS - Flaco López e Allan (Palmeiras); Martín Távara, Alejandro Pósito e Axel Ceballos (Sporting Cristal).

ÁRBITRO - Wilmar Roldán (ARG).

PÚBLICO - 40.570 presentes.

RENDA - R$ 2.185.569,35.

LOCAL - Allianz Parque, em São Paulo.

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.