Piastri encerra hegemonia de Verstappen e vence GP da Espanha de Fórmula 1; Bortoleto é 12º

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Max Verstappen bem que tentou vencer o GP da Espanha de Fórmula 1 pela quarta vez seguida, mas Oscar Piastri dominou a prova no Autódromo de Montmeló, na Catalunha, neste domingo, e não deu chances à Red Bull, comandando a dobradinha da McLaren com Lando Norris em segundo. O tetracampeão, que brigou pela vitória até a entrada do safety car no fim, chegou na quinta colocação, atrás de Leclerc e Russell, mas sofreu penalidade no fim e caiu para décimo.

Com o resultado, o australiano ampliou sua vantagem na liderança do Mundial de Pilotos, com 186 pontos, contra 176 do companheiro de equipe. Gabriel Bortoleto encerrou a corrida em 12º lugar, sua melhor classificação na Fórmula 1.

Em uma largada sem incidentes, o pole position Oscar Piastri saiu bem e manteve a liderança do pelotão, mas Lando Norris bobeou e perdeu o segundo posto para Max Verstappen. George Russell também largou mal e foi ultrapassado pelas Ferraris de Lewis Hamilton e Charles Leclerc, caindo de quarto para sexto. Mais no fundo, Gabriel Bortoleto passou por Alexander Albon, mas foi ultrapassado pelo companheiro de equipe, Nico Hülkenberg, e ficou em 12º.

Após 8 das 66 voltas, o líder do Mundial de Pilotos já abria 3s1 de vantagem sobre Verstappen, que era seguido de perto por Norris. Na briga pelo quarto posto, Leclerc atacava Hamilton, que se segurava como podia, enquanto Bortoleto vinha 2s9 atrás de Alonso e se defendia das investidas de Liam Lawson. Com as paradas de Hülkenberg e Gasly, o brasileiro assumiu a 10ª posição.

Com uma McLaren muito mais competitiva do que a Red Bull, Norris ultrapassou Verstappen e assumiu a segunda posição na 13ª volta - o holandês aproveitou e fez seu pit stop para colocar pneus macios e retornou em oitavo. Bortoleto foi ultrapassado por Lawson, mas aproveitou uma travada de Alonso para manter o 10º posto.

Vencedor das três provas anteriores em Barcelona, Verstappen ultrapassou seus adversários sem dificuldades e logo assumiu o quarto lugar, atrás de Piastri, Norris e Russell - as Ferraris foram para os boxes. Sem trocar pneus, Bortoleto vinha cada vez mais lento e, após parar na 20ª volta, retornou na última posição.

Com as paradas dos dois carros da McLaren, Verstappen assumiu a liderança da corrida na 23ª volta, seguido por Piastri, Norris, Leclerc e Hamilton. No fim do pelotão, Bortoleto ultrapassou Ocon e assumiu o 18º lugar. Com estratégia mais bem sucedida, a Sauber de Hülkenberg ocupava o décimo posto.

Com dificuldades para pilotar sua Red Bull, Verstappen foi para os boxes na 30ª volta e retornou em quarto, à frente de Hamilton. Piastri reassumiu a liderança com 5s1 de vantagem sobre Norris. Bortoleto ultrapassou Colapinto e, com a parada de Tsunoda e o abandono de Albon, assumiu o 15º lugar.

Na 35ª volta, Bortoleto ultrapassou Sainz e passou a ocupar o 13º lugar, 5s6 atrás de Alonso - foi para 12º com a parada de Bearman. Verstappen ultrapassou Leclerc e assumiu o terceiro lugar, atrás dos carros da McLaren e iniciou a perseguição a Norris, aproximando-se do britânico.

Com as paradas de Alonso, Lawson e Hülkenberg, Bortoleto subiu para nono na 47ª volta, mas logo foi ultrapassado pelo companheiro de equipe. Piastri liderava com 5s3 de vantagem sobre Norris, que, por sua vez, vinha 4s2 à frente de Verstappen - ele fez seu terceiro pit stop no giro seguinte.

Após as trocas de pneus, no giro 51, Piastri e Norris mantiveram suas posições, mas Verstappen pressionava o britânico. Bortoleto também parou e voltou em 17º, só à frente de Colapinto. Três voltas depois, Bearman atrapalhou o tetracampeão e tirou Norris do sufoco, abrindo 2s7 sobre o holandês.

A 11 voltas do fim, Kimi Antonelli perdeu o motor, saiu da pista e o safety car foi acionado. Os pilotos aproveitaram para trocar pneus e deixaram Bortoleto na 12ª posição. No retorno da disputa, na 61ª volta, Leclerc deu o bote em cima de Verstappen e assumiu o terceiro lugar, enquanto Bortoleto passou Ocon e subiu para 11º.

A duas voltas do fim, Alonso ultrapassou o brasileiro, que caiu para 12º. Russell passou Verstappen, prejudicado com os pneus duros, e assumiu o quarto lugar, enquanto Hülkenberg deixou a Ferrari de Hamilton para trás, ocupando o sexto lugar. Sem ser incomodado, Piastri recebeu a bandeirada em primeiro, seguido por Norris, Leclerc, Russell e Verstappen, que foi punido com a perda de 10 segundos e terminou em décimo.

Depois do giro triplo por Itália, Mônaco e Espanha, a Fórmula 1 retorna nos dias 13 a 15 de junho, no circuito Gilles-Villeneuve, em Montréal, no GP do Canadá, a décima etapa da temporada.

Confira o resultado do GP da Espanha de Fórmula 1:

1º - Oscar Piastri (AUS/McLaren), em 1h17s445

2º - Lando Norris (ING/McLaren), a 2s471

3° - Charles Leclerc (MON/Ferrari), a 10s455

4º - George Russell (ING/Mercedes), a 11s359

5° - Nico Hülkenberg (ALE/Sauber), a 13s648

6º - Lewis Hamilton (ING/Ferrari), a 15s508

7° - Isack Hadjar (FRA/RB), a 16s022

8º - Pierre Gasly (FRA/Alpine), a 17s882

9° - Fernando Alonso (ESP/Aston Martin), a 21s564

10° - Max Verstappen (HOL/Red Bull), a 21s826*

11° - Liam Lawson (NZL/RB), a 25a532

12° - Gabriel Bortoleto (BRA/Sauber), a 25s996

13° - Yuki Tsunoda (JAP/Red Bull), a 28s822

14° - Carlos Sainz Jr. (ESP/Williams), a 29s309

15° - Franco Colapinto (ARG/Alpine), a 31s381

16° - Esteban Ocon (FRA/Haas), a 32s197

17° - Oliver Bearman (ING/Haas), a 37s065

*punido com a perda de 10 segundos

NÃO COMPLETARAM A PROVA

Alexander Albon (ING/Williams)

Kimi Antonelli (ITA/Mercedes)

NÃO PARTICIPOU DA PROVA

Lance Stroll (CAN/Aston Martin)

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.