Itália inicia campanha rumo à Copa de 2026 com humilhante derrota em visita à Noruega

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Ausente nas duas últimas edições de Copa do Mundo, a Itália iniciou sua caminhada no Grupo I nas Eliminatórias para 2026, agendada para Estados Unidos, México e Canadá de maneira desastrosa, com humilhante derrota por 3 a 0 na casa da Noruega, construída em apenas 42 minutos. A rival ainda carimbou a trave no segundo tempo.

O jovem habilidoso Nusa, de somente 20 anos, foi um terror para a defesa italiana, que ainda sofreu com o artilheiro Haaland. Apesar de ter sido apenas a estreia da tetracampeã, o resultado já a deixa sob pressão pelo fato de a Noruega, principal rival do grupo, já ter nove pontos ao somar a terceira vitória, todas com muitos gols anotados: são 12 e apenas dois sofridos.

Apenas a vencedora de cada chave avança direto à Copa do Mundo, com a segunda colocada se credenciando para a dura repescagem, na qual a Itália decepcionou antes do Mundial do Catar, caindo no confronto diante da Macedônia, em Palermo.

O primeiro compromisso dos comandados de Luciano Spaletti, em Oslo, diante da empolgada Noruega, começou com a dura missão de parar o goleador Haaland e o perigoso Odegaard. Para piorar, a defesa tinha muitos desfalques e foi formada por Di Lorenzo, lateral no Napoli, improvisado como zagueiro, ao lado de Bastoni, da Inter, e do estreante Coppola, jovem de 21 anos do Verona.

Além de três jogadores na última linha, o técnico italiano povoou o meio-campo, com cinco peças, e com Raspadori com mais liberdade e a missão de fazer a bola chegar ao centroavante Retegui. A garoa forte era outra adversária.

Mesmo com uma escalação que sugeria forte retranca, a postura italiana no começo do jogo não foi retraída. Ao contrário, o time povoou o campo ofensivo, com aproximação dos jogadores, deixando os noruegueses mais acanhados e fechados.

O contragolpe era mortal dos noruegueses, contudo. Sobretudo com o jovem e veloz Nusa, de 20 anos, um terror pela esquerda. Após duas arrancadas, o atacante deu linda assistência para Sorloth sair na frente de Donnarumma, aos 14 minutos, e não desperdiçar.

Sair na frente era tudo o que os líderes queriam, jogando a pressão ao lado oposto. Em desvantagem, a Itália tinha a bola e a obrigação de buscar a igualdade, mas faltava força, criatividade e criação para chegar ao gol defendido por Nyland, até então apenas observando seus companheiros realizando um trabalho seguro.

A Noruega se defendia com sabedoria e era muito perigosa quando se arriscava à frente. Sorloth exigiu grande defesa de Donnarumma. O goleiro nem pôde celebrar a defesa. E o que já era ruim, ficou ainda pior pouco depois, aos 34 minutos, com Nusa passando por dois marcadores e anotando um golaço para ampliar em pancada de longe e contribuição do goleiro italiano.

Era jogo de uma seleção só e antes do intervalo veio o gol de Haaland. O centroavante recebeu de Odegaard entre os marcadores, driblou o goleiro e mandou às redes vazias, ampliando o passeio aos 42 minutos.

Dominado em campo e com somente uma finalização, Spaletti voltou do intervalo com Frattesi na frente para tentar diminuir a humilhação italiana. O time continuou com a mesma postura da etapa inicial, tinha a bola e não sabia o que fazer. Os noruegueses, com o resultado encaminhado, só se lançavam na boa.

Aos 20 minutos, ainda sem levar sustos, a Noruega ficou muito perto de ampliar em cobrança de falta ensaiada. Odegaard bateu para trás e Berge bateu colocado, procurando o ângulo, mas parando na trave direita de Donnarumma.

O técnico norueguês resolveu dar um "alívio" aos italianos ao substituir os aplaudidos Odegaard e Nusa, restando apenas 15 minutos, e com as donas da casa soberanas desde a abertura do marcador. No fim, festa de um lado e apreensão do outro.

BÉLGICA ESTREIA COM TROPEÇO

Principal candidata à classificação direta no Grupo J, a Bélgica estreou nas Eliminatórias com tropeço ao ceder o 1 a 1 na casa da então líder Macedônia do Norte. Depois de abrir o placar com Cuyper ainda na primeira etapa, os belgas acabaram cedendo a igualdade com Alioski, aos 42 da fase final, largando com somente um ponto.

Apesar de buscar o empate e subir para cinco pontos, a Macedônia do Norte perdeu a ponta para País de Gales, agora isolado, ao fazer 3 a 0 na lanterna e zerada Liechtenstein e subir para sete. Completa a chave o Casaquistão, com 3.

RESULTADOS DESTA SEXTA-FEIRA:

Grupo I

Estônia 1 x 3 Israel

Noruega 3 x 0 Itália

Grupo J

Macedônia do Norte 1 x 1 Bélgica

País de Gales 3 x 0 Liechtenstein

Grupo L

Gibraltar 0 x 7 Croácia

República Checa 2 x 0 Montenegro

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.