Uruguai supera Venezuela, fica perto da Copa e Brasil carimba passaporte se bater o Paraguai

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Apenas uma zebra gigantesca tira a vaga direta das potências da América do Sul para a Copa do Mundo de 2026, a ser disputada nos Estados Unidos, Canadá e México. Com a tetracampeã Argentina já garantida, o Uruguai encaminhou a classificação ao fazer 2 a 0 nesta terça-feira sobre a Venezuela e deixou Brasil, Equador e Paraguai com o passaporte quase carimbado - a Colômbia corre por fora pela sexta e última vaga. Os brasileiros necessitam, somente, ganhar dos paraguaios, que jogarão pela igualdade, na Neo Química Arena, ainda nesta noite.

Ameaça da vaga direta de diversas seleções nesta rodada, inclusive a brasileira, a Venezuela fracassou em sua missão de ampliar o jejum de vitórias dos bicampeões uruguaios ao fracassar em Montevidéu. Com futebol pobre, se manteve com 18 pontos e agora foca na briga pela vaga na repescagem com a Bolívia, que subiu para os 17 pontos ao bater o lanterna e eliminado Chile.

O Uruguai fez uma festa enorme em Montevidéu com motivos. Depois de apenas dois pontos somados nos últimos 12 disputados, desencantou, subiu para os 24 e só pode ser alcançado pelos venezuelanos, mas tem um saldo de gols bastante favorável restando duas jornadas: 7 a -4.

JOGO RUIM E GOLAÇO DE ARRASCAETA

O Uruguai entrou em campo pressionado pelos quatro jogos sem triunfos e com uma escalação ofensiva, com Arrascaeta na armação para três atacantes na frente. Desencantar diante de uma empolgada Venezuela, vindo de duas vitórias, seria encaminhar a vaga e a ordem era sufocar em Montevidéu.

Do outro lado, Soteldo, negociado com o Fluminense para a disputa do Mundial de Clubes, carregava a esperança de ditar o ritmo venezuelano, que precisava dos três pontos para entrar na briga por vaga direta à Copa do Mundo, o que prometia uma grande disputa na gelada noite uruguaia de 10 graus.

O começo do jogo foi como era esperado, com a equipe celeste pressionando, enfileirando escanteios e, por pouco, abrindo o marcador com o capitão Giménez, de cabeça. Mandou pelo alto e lamentou bastante a falta de pontaria. A Venezuela sequer passava do meio-campo, mostrando um exagerado respeito aos instáveis oponentes.

A competitividade defensiva rapidamente roubou as ações, com a briga pela bola tomando lugar do brilho e da ofensividade. Com equipes amarradas e pouco criativas, finalizar ao gol virou ato de luxo e o jogo se tornou algo monótono e sem graça. A batida de Arrascaeta pelo alto mostrou o quanto o nervosismo cercava as seleções na metade da etapa. O Uruguai vivia apenas de chuveirinhos e a Venezuela aguardava um contragolpe.

O empate no decepcionante confronto parecia se arrastar até o descanso quando mais um cruzamento à área terminou com bola na rede. Olivera cobrou escanteio, a defesa venezuelana não cortou e Aguirre apareceu livre para cabecear entre as pernas do goleiro Romo e alegrar os torcedores uruguaios que lotaram o estádio Centenário.

Até então feio e de poucas emoções, o jogo voltou do vestiário com o Uruguai garantindo o alívio de sua torcida com um golaço de Arrascaeta em chutaço de fora da área logo aos dois minutos.

A pintura do flamenguista estragou todos os planos traçados pelos venezuelanos no intervalo. A desvantagem que já era complicada se tornou gigantesca. Mesmo com modificações, a visitante pouco ameaçava o gol de um tranquilo Mele. Na verdade, quem mais tinha chances de anotar eram os uruguaios, com mais espaço para atacar.

O técnico Marcelo Bielsa demorou para mexer no Uruguai. Mas quando o fez, foi para fechar ainda mais a defesa. Não precisava de mais gols. A Venezuela, por outro lado, não conseguiu mostrar forças para reagir, apesar de duas boas finalizações no fim, e a festa celeste se confirmou, com merecimento, em jogo sofrível.

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Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR. 

Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.