Guardiola analisa estreia do City no Mundial e prega paciência com reforços: 'Passo a passo'

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A vitória por 2 a 0 sobre o Wydad Casablanca na estreia do Manchester City no Mundial de Clubes foi recebida com cautela por Pep Guardiola. Em entrevista após o jogo na Filadélfia, o técnico espanhol evitou euforia e destacou que, apesar do resultado positivo, o desempenho da equipe ainda pode evoluir. O calor, a estreia de novos jogadores e a ansiedade natural do primeiro jogo foram alguns dos pontos mencionados na análise do treinador.

"Estava muito calor e havia jogadores novos. O primeiro jogo é importante. Começamos bem e depois perdemos algumas bolas", comentou Guardiola, que iniciou a partida com Cherki e Reijnders entre os titulares - ambos recém-chegados e ainda em fase de adaptação ao estilo de jogo da equipe.

Phil Foden, autor do primeiro gol da partida, também foi tema da entrevista coletiva. Guardiola foi enfático ao afirmar que o inglês terá papel importante nesta nova fase do City: "Claro que será importante. Vai exercer outro papel. Temos muitos jogadores, precisamos ajustar muitas coisas, mas passo a passo...".

Cherki, por sua vez, teve atuação discreta, mas o treinador defendeu sua contratação. "O clube decidiu contratá-lo porque ele tem muita habilidade perto da área. Hoje não eram boas condições para ninguém. Nem para ele", ponderou, reforçando que o calor intenso na Filadélfia afetou o ritmo dos atletas.

Sobre Rodri, que retornou ao time após se recuperar de uma grave lesão, Guardiola pediu paciência. O volante entrou na segunda etapa e teve minutos importantes para ganhar ritmo. "Ele jogou 30 minutos e precisa ir passo a passo. Quer mais, mas esse é o primeiro passo. O que sua cabeça quer é o máximo, mas muitas vezes é preciso passar pelo processo para voltar", explicou.

Guardiola também alertou que a gestão física do elenco será fundamental ao longo da temporada. "Todos vão jogar e todos precisam estar envolvidos, ou não será sustentável na próxima temporada em termos físicos e de escolhas para o time. Confio em todos eles e talvez no próximo jogo façamos muitas mudanças", indicou.

Por fim, ao ser questionado sobre a performance coletiva do time, o treinador resumiu com uma frase que serve como guia para os próximos compromissos. "O primeiro jogo da fase de grupos é sempre complicado. Aprendemos com esse e o segundo será melhor."

O Manchester City volta a campo no domingo, às 22h (de Brasília), contra o Al-Ain, em Atlanta, pela segunda rodada do Grupo G.

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Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.