Xabi Alonso vê lado positivo em estreia pelo Real, mas admite 'falta de precisão'

Esporte
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A estreia de Xabi Alonso como técnico do Real Madrid não terminou como o torcedor esperava, mas a atuação na etapa final serviu para dar sinais positivos ao comandante merengue. Após o empate por 1 a 1 com o Al-Hilal, nesta quarta-feira, no Hard Rock Stadium, em Miami, pelo Mundial de Clubes, o treinador espanhol reconheceu que a equipe deixou a desejar no primeiro tempo, mas valorizou a melhora na parte final do confronto.

"Não gostei muito da primeira parte. Estávamos bem com a posse, circulando, mas muito por fora. E, quando perdíamos a bola, não soubemos ajustar. Precisamos rever isso para melhorar. A segunda parte teve reação, equilíbrio e presença ofensiva. Faltou aquela última chance mais clara, mais precisão... mas temos que continuar vendo o lado positivo", afirmou o treinador.

Alonso também destacou o excesso de pressa como um dos fatores que comprometeram o desempenho inicial. Segundo ele, o time forçava jogadas e errava passes que deixavam o jogo aberto. "Queríamos jogar muito rápido, perdíamos a bola sem preparar bem as jogadas. Depois, estávamos distantes no campo. No segundo tempo, tivemos mais equilíbrio, mais qualidade, e isso nos permitiu ser melhores. Faltou só finalizar", completou.

Além do treinador, o goleiro Courtois também analisou o rendimento da equipe. Para o belga, ainda é cedo para uma mudança total de estilo, mas o grupo já tenta assimilar novas ideias. "Estamos tentando fazer coisas diferentes. Em quatro dias, não dá para mudar tudo o que fizemos em quatro anos com outro técnico. Tentamos uma linha mais alta, mais agressiva. No primeiro tempo, estivemos apáticos, no segundo melhoramos e foi assim que queremos jogar", afirmou.

A atuação irregular do Real foi insuficiente para superar o Al-Hilal, que se mostrou competitivo e organizado. O empate acabou frustrante para os espanhóis, especialmente após o pênalti desperdiçado por Valverde nos acréscimos. O goleiro Bono, destaque marroquino na Copa de 2022, foi decisivo ao defender a cobrança.

A partida marcou o início de um novo ciclo no clube espanhol, agora comandado por um ídolo recente que se destacou por sua visão tática no Bayer Leverkusen. A presença do estreante Alexander-Arnold também foi observada com expectativa, mas a consistência do time ainda depende de ajustes.

Com o empate, o Real Madrid soma um ponto no Grupo D. A equipe volta a campo no domingo (21), para encarar o Monterrey, no mesmo estádio, em busca da primeira vitória no torneio.

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Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.