Com novidades na Sauber, Bortoleto é o 6º mais rápido no 1º treino livre do GP da Áustria

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Gabriel Bortoleto foi um dos destaques no primeiro treino livre do GP da Áustria de Fórmula 1, nesta sexta-feira. Aproveitando novidades na equipe Sauber, o piloto brasileiro anotou o sexto melhor tempo, desbancando campeões mundiais como Lewis Hamilton e Fernando Alonso na primeira sessão do dia no circuito Red Bull Ring, em Spielberg. George Russell foi o mais veloz da atividade.

Bortoleto obteve o seu melhor rendimento num treino livre em sua temporada de estreia na Fórmula 1. O brasileiro soube aproveitar as novidades na Sauber para esta etapa. O time suíço levou um pacote de atualizações para seus carros com mudanças no assoalho e na asa traseira.

Os ajustes parecem ter feito a diferença nesta primeira sessão de treinos. Bortoleto ficou a apenas três décimos do tempo de Russell, o mais veloz da sessão, com 1min05s542. Os dois pilotos e a grande maioria do grid usou pneus macios, os mais rápidos à disposição das equipes neste treino de abertura do fim de semana.

O britânico da Mercedes venceu a corrida austríaca na temporada passada. E vem embalado pelo triunfo que conquistou há quase duas semanas, no Canadá. Nesta sexta, assumiu a primeira colocação na metade do treino e não deixou mais a liderança da tabela de tempos.

O segundo mais veloz foi o holandês Max Verstappen, tetracampeão mundial, que luta para diminuir a vantagem dos carros da McLaren no Mundial de Pilotos. O terceiro mais rápido foi justamente o australiano Oscar Piastri, líder do campeonato.

Ao longo da primeira metade da sessão, os pilotos sofreram com a falta de aderência na pista austríaca. Escapadas de pista e ataques às zebras foram comuns entre várias equipes, sem maiores incidentes. O espanhol Fernando Alonso foi quem teve mais problemas ao rodar na pista. "Ok, essa foi a pior volta que podíamos fazer. É bom que tenha acontecido no primeiro treino livre", brincou o bicampeão mundial, via rádio.

Os primeiros 30 minutos chegaram a ter o espanhol Carlos Sainz Jr., da Williams, exibindo o melhor tempo, com pneus médios. Bortoleto também surpreendeu na primeira metade da sessão. Alcançou o terceiro melhor tempo provisoriamente. Perdeu posições na sequência, mas sustentou o sexto posto até o fim da sessão, apesar da chuva leve que começava a cair no circuito.

Bortoleto terminou o treino bem à frente do alemão Nico Hülkenberg, seu companheiro de equipe. O experiente piloto anotou apenas o 12º tempo.

A sessão contou com novatos em momentos de testes em suas equipes. O sueco Dino Beganovic e o irlandês Alexander Dunne tentaram mostrar serviço à Ferrari e à McLaren, respectivamente. Dunne surpreendeu ao obter o quarto melhor tempo ao ocupar o lugar do britânico Lando Norris, vice-líder do Mundial de Pilotos.

Os pilotos voltam à pista ao meio-dia, pelo horário de Brasília, para o segundo treino livre. O terceiro será realizado às 7h30 de sábado. A sessão classificatória está marcada para as 11h. No domingo, a largada será às 10h.

Confira o resultado final do 1º treino livre do GP da Áustria:

1º - George Russell (ING/Mercedes), 1min05s542

2º - Max Verstappen (HOL/Red Bull), 1min05s607

3º - Oscar Piastri (AUS/McLaren), 1min05s697

4º - Alexander Dunne (IRL/McLaren), 1min05s766

5º - Pierre Gasly (FRA/Alpine), 1min05s780

6º - Gabriel Bortoleto (BRA/Sauber), 1min05s874

7º - Alexander Albon (TAI/Williams), 1min05s946

8º - Carlos Sainz Jr. (ESP/Williams), 1min06s017

9º - Lewis Hamilton (ING/Ferrari), 1min06s099

10º - Isack Hadjar (FRA/RB), 1min06s110

11º - Kimi Antonelli (ITA/Mercedes), 1min06s130

12º - Nico Hülkenberg (ALE/Sauber), 1min06s140

13º - Lance Stroll (CAN/Aston Martin), 1min06s160

14º - Fernando Alonso(ESP/Aston Martin), 1min06s170

15º - Liam Lawson (NZL/RB), 1min06s189

16º - Franco Colapinto (ARG/Alpine), 1min06s246

17º - Yuki Tsunoda (JAP/Red Bull), 1min06s262

18º - Dino Beganovic (SUE/Ferrari), 1min06s369

19º - Esteban Ocon (FRA/Haas), 1min06s510

20º - Oliver Bearman (ING/Haas), 1min06s738

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.