Bortoleto chega em 8º na Áustria e soma seus primeiros pontos na Fórmula 1; Norris vence

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Foram 11 etapas de espera, mas Gabriel Bortoleto conseguiu somar seus primeiros pontos na Fórmula 1. O piloto da Sauber, que havia largado em oitavo, seu melhor grid, teve um ótimo desempenho e recebeu a bandeirada na mesma posição, neste domingo, no GP da Áustria, e passou a integrar a tabela de classificação, com quatro pontos.

É a primeira vez que um piloto brasileiro pontua na Fórmula 1 desde 26 de novembro de 2017, quando Felipe Massa chegou em décimo lugar com sua Williams no GP de Abu Dabi, que encerrou a temporada daquele ano, e somou um ponto. De quebra, Bortoleto foi eleito o melhor piloto da prova em votação no site oficial da Fórmula 1.

Sem ser incomodada pelos adversários, a McLaren sobrou no circuito de Spielberg e viu seus pilotos travarem a briga pela vitória. Melhor para Lando Norris, que conseguiu segurar a pressão de Oscar Piastri para subir ao topo do pódio. Com o resultado, o britânico foi a 201 pontos e diminuiu para 15 a vantagem do companheiro de equipe (216). Charles Leclerc completou o pódio.

O GP da Áustria começou sob tensão. Ainda na formação do grid, após a volta de apresentação, a Williams de Carlos Sainz pegou fogo e atrasou o início da prova em 17 minutos. Quando as luzes vermelhas se apagaram, Lando Norris fez valer a pole position e largou na frente, enquanto Piastri colocou sua McLaren à frente da Ferrari de Leclerc.

Recordista de vitórias na pista de Red Bull Ring, casa de sua escuderia, o tetracampeão Max Verstappen foi atingido pela Mercedes de Kimi Antonelli e ambos abandonaram a corrida, provocando a bandeira amarela e a entrada do safety car. Gabriel Bortoleto passou ileso ao acidente e, no reinício da prova, na quarta volta, continuava na oitava posição - na qual havia largado.

Dominante, a McLaren passou a abrir vantagem sobre os carros da Ferrari de Leclerc e Hamilton, que vinham logo atrás. Bem à frente dos rivais, Piastri pressionava Norris na briga pela liderança, com menos de 0s4 de diferença. Mais de 3s2 atrás, Leclerc, em terceiro, era seguido por Hamilton, Russell, Gasly, Albon e Bortoleto.

Na 11ª volta, Piastri ultrapassou Norris, com o uso da asa móvel, mas levou o troco na sequência. Mais rápidos que Gasly, Albon e Bortoleto deixaram o francês para trás e o brasileiro assumiu o quinto lugar, seu melhor posto na Fórmula 1, com a parada do anglo-tailandês e de Russell nos boxes, só com os carros de McLaren e Ferrari à sua frente.

Piastri assumiu a liderança na 22ª volta, com a parada de Norris para trocar pneus - retornou em quarto, mas se manteve à frente do companheiro de equipe quando este foi aos boxes. Bortoleto também fez seu pit stop e voltou ao circuito em 13º, antes de ultrapassar Bearman e ganhar uma posição.

Com as paradas dos líderes, Norris retomou a liderança, à frente de Piastri, Leclerc, Hamilton e Lawson, que ainda não havia ido para os boxes. Mais ao fundo, Bortoleto superou Gasly e Hülkenberg e voltou ao oitavo lugar. Na metade das 70 voltas, o brasileiro aproveitou os pit stops de Lawson e Alonso para ganhar posições e pressionar Russell pelo quinto posto.

Sem desistir da vitória, Piastri diminuiu uma vantagem se 6s para 3s3 em relação a Norris após 41 voltas. A Ferrari mantinha o ritmo atrás, longe dos concorrentes - Leclerc vinha 14s atrás do australiano e Hamilton tinha 18s9 de vantagem sobre Russell. Em sexto, Bortoleto estava a 4s2 do britânico.

O brasileiro, que havia assumido o quinto lugar com a parada de Russell, trocou pneus na 50ª volta e retornou em décimo, à frente de Hülkenberg, mas logo ganhou uma posição com o pit stop de Ocon. Na disputa pela vitória, os pilotos da McLaren foram aos boxes e Norris retornou à frente - Piastri ainda perdeu tempo ao ser jogado fora da pista pelo retardatário Franco Colapinto, que disputava a penúltima posição com Tsunoda.

Bortoleto ultrapassou Hadjar na 57ª volta - a 13 giros do fim - e assumiu o oitavo lugar, 9s3 atrás de Alonso, que só havia feito uma parada. Na reta final da corrida, Piastri se aproximava de Norris na mesma proporção em que o brasileiro tentava pressionar Alonso - menos de 2 segundos de diferença. Bortoleto chegou a ultrapassar o espanhol na penúltima volta, mas o experiente piloto recuperou o posto em seguida. No fim, o oitavo lugar ficou de bom tamanho para o jovem da Sauber. Norris também se segurou à frente e confirmou o primeiro lugar.

O próximo compromisso da Fórmula 1, a 12ª etapa da temporada, será na Grã-Bretanha, no circuito de Silverstone, no próximo fim de semana, entre 4 e 6 de julho.

Confira o resultado do GP da Áustria de Fórmula 1:

1º - Lando Norris (ING/McLaren), em 1h09min431

2º - Oscar Piastri (AUS/McLaren), a 2s695

3° - Charles Leclerc (MON/Ferrari), a 19s820

4º - Lewis Hamilton (ING/Ferrari), a 29s020

5º - George Russell (ING/Mercedes), a 1min02s396

6° - Liam Lawson (NZL/RB), a 1min07s754

7° - Fernando Alonso (ESP/Aston Martin), a 1 volta

8° - Gabriel Bortoleto (BRA/Sauber), a 1 volta

9° - Nico Hülkenberg (ALE/Sauber), a 1 volta

10° - Esteban Ocon (FRA/Haas), a 1 volta

11° - Oliver Bearman (ING/Haas), a 1 volta

12° - Isack Hadjar (FRA/RB), a 1 volta

13º - Pierre Gasly (FRA/Alpine), a 1 volta

14° - Lance Stroll (CAN/Aston Martin), a 1 volta

15° - Franco Colapinto (ARG/Alpine), a 1 volta

16° - Yuki Tsunoda (JAP/Red Bull), a 1 volta

NÃO COMPLETARAM A PROVA

Alexander Albon (ING/Williams)

Max Verstappen (HOL/Red Bull)

Kimi Antonelli (ITA/Mercedes)

Carlos Sainz Jr. (ESP/Williams)

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.