Alcaraz alcança 20ª vitória seguida, desta vez sem sustos, e já está na 3ª rodada em Wimbledon

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Melhor tenista em atividade na atualidade, Carlos Alcaraz continua aumentando suas marcas positivas e provando que a volta ao topo do ranking é questão de tempo. Nesta quarta-feira, o espanhol somou seu 20º triunfo consecutivo ao despachar o britânico Oliver Tarvet por 6/1, 6/4 e 6/4, pela segunda rodada do torneio de Wimbledon.

Nenhum tenista ganhou mais que Alcaraz em 2025. São 44 partidas com triunfo do segundo colocado do ranking na temporada. Apenas em Wimbledon, onde defende o título, são 16 vitórias seguidas. Aos 22 anos, ele ainda tem uma marca pessoal de jamais ter sido superado por um adversário mais jovem, caso de Tarvet, que tem 21 - levou a melhor nos nove encontros.

A depender da empolgação de Alcaraz, a comemoração com punho cerrado vai se alongar ainda mais na temporada, na qual vem de três títulos seguidos, no Masters 1000 de Roma, em Roland Garros, e em Queens.

"Acho que encontrei o caminho certo e estou tentando aproveitar. Depois de cada partida, quando entro em quadra, tento aproveitar. Não importa se estou ganhando ou perdendo. Acho que essa foi a chave nos últimos dois ou três meses", avaliou sua série vitoriosa, Alcaraz. "Estou apenas tentando manter essa sequência. Jogar neste torneio e nesta quadra (central), apenas tento seguir em frente. Acho que é um presente e estou tentando aproveitar ao máximo meu tempo aqui em Wimbledon, jogando nesta bela atmosfera. Vamos ver até onde vou."

O espanhol precisou de 2h18 para passar por Tarvet. Depois de um primeiro set tranquilo, com 6 a 1, ele teve mais trabalho, com duplo 6/4, mas bem diferente da estreia, na qual batalhou por cinco sets para bater o italiano Fábio Fognini. Mesmo passando de maneira rápida, ele elogiou o britânico.

"Primeiramente, tenho que dar muito crédito ao Oliver. É apenas a segunda partida dele no circuito", disse. "Para ser sincero, adoro o jogo dele. Pelo nível que ele jogou na primeira partida na quadra central, sei que é muito difícil. Ele mostrou um tênis incrível", avaliou o Espanhol. "Eu sabia desde o início que precisava estar muito concentrado e tentar jogar o meu melhor tênis. Acho que hoje joguei um tênis incrível e estou muito feliz com o meu desempenho. Muito crédito a ele também."

O espanhol aguarda seu adversário da terceira fase. Alcaraz enfrentará o vencedor do embate entre o canadense Felix Auger-Aliassime e o alemão Jan-Lennard Struff, que se encaram ainda nesta quarta-feira.

Destaque, ainda, para a vitória de Andrey Rublev, que espantou a zebra em Wimbledon ao virar diante do sul-africano Lloyd Harris, parciais de 6/7 (1/7), 6/4, 7/6 (7/5) e 6/3. Tentando voltar ao Top 10 do tênis, o russo (14º favorito em Londres) terá pela frente o francês Adrian Mannarino na terceira rodada.

Depois da surpreendente queda de muitos favoritos na primeira rodada, a lista aumentou com a eliminação do norte-americano Frances Tiafoe (12º), que permitiu a virada para o britânico Cameron Norrie, com 6/4, 4/6, 3/6 e 5/7.

O russo Karen Khachanov (17º) precisou lutar bastante para não aumentar as estatísticas das surpresas em Londres. Ele enfrentou o japomês Sintaro Mochizuki e ficou duas v ezes em desvantagem no placar, até fechar por 3 a 2, parciais de 1/6, 7/6 (9/7), 4/6, 6/3 e 6/4.

SABALENKA GANHA EM SETS DIRETOS E PRESTA SOLIDARIEDADE A ZVEREV

A líder do ranking, Aryna Sabalenka, continua soberana em sua caminhada em Wimbledon. Nesta quarta-feira, pela segunda rodada, a belarussa ganhou mais um jogo em sets diretos, desta vez diante da dura checa Marie Bouzkova, parciais de 7/6 (7/4) e 6/4.

Após a partida, na qual ganhou mimo da torcida, ela foi questionada sobre os problemas psicológicos revelados por Alexander Zverev e prestou solidariedade ao tenista alemão.

"Tive terapeuta por uns 5 anos. É realmente uma loucura ouvir isso de alguém como Alexander. Acho muito importante falar abertamente sobre o que quer que você esteja enfrentando. Principalmente se você tem família, pode dizer o que sente a ela. É muito importante ser aberto e falar sobre o que quer que esteja vivenciando. Se você guardar isso, vai acabar te destruindo. Acho que isso é algo que está acontecendo com ele. Acho que ele só precisa se abrir com quem for próximo. A família é o melhor", afirmou Sabalenka.

"No momento em que você começa a falar sobre seus problemas, você percebe muitas coisas. Isso ajuda a resolvê-los. Acho que ele só precisa ser um pouco mais aberto. Não só consigo mesmo, mas também com a família e a equipe, para que todos estejam cientes do que se passa na cabeça dele", seguiu. "Isso é o mais importante. Eu e minha equipe sempre conversamos muito. É por isso que não preciso de terapeuta. Tenho minha equipe. Conversamos sobre qualquer assunto. Sei que eles não vão me julgar. Não vão me culpar. Eles simplesmente vão aceitar e vamos superar isso. Este é o melhor conselho que posso dar ao Sascha."

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.