Leclerc põe Ferrari à frente do 3º treino do GP da Inglaterra de F-1; Bortoleto roda, mas é 16º

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Em intensa disputa entre a Ferrari e a McLaren, Charles Leclerc cravou o melhor tempo no terceiro treino livre do GP da Inglaterra, neste sábado, e deixou a escuderia italiana mais empolgada para o treino de classificação, ainda neste sábado, e para a prova de domingo. O piloto de Mônaco fez o melhor tempo do fim de semana e superou Piastri, dono do segundo melhor tempo, e Norris, o quarto, atrás de Max Verstappen.

Destaque no GP da Áustria, Gabriel Bortoleto fez o 16º melhor tempo, mas rodou com sua Sauber no fim da sessão, perdeu o pneu dianteiro e a suspensão e encerrou o treino de forma antecipada, a um minuto do término, logo após outra bandeira vermelha provocada por Oliver Bearman.

O terceiro treino teve início com 5 minutos de atraso para a retirada de borracha da pista - a atividade foi antecedida pela corrida sprint da Fórmula 3 -, mas quando os carros foram para a pista, Ferrari e McLaren retomaram o duelo travado na sexta-feira. Hamilton, o mais veloz no primeiro treino, cravou o melhor tempo, 1min26s529, em sua primeira tentativa, seguido de perto por Norris, o mais rápido no segundo, 0s4 atrás.

Diferentemente das etapas anteriores, a Ferrari mostrou um bom ritmo nas sessões de treino no circuito de Silverstone e Leclerc tomou s dianteira com o tempo de 1min26s494, seguido por Verstappen e Hamilton após 20 minutos de atividade. Em sua primeira volta rápida, Bortoleto ficou na última posição, 2s1 atrás de Leclerc, mas se recuperou e pulou para a sexta posição.

Leclerc melhorou o próprio tempo e foi o primeiro a correr abaixo de 1min26, cravando 1min25s922, no meio da sessão. A McLaren não mostrava bom rendimento e ocupava apenas a sétima posição, com Norris, e a oitava, com Piastri, ambos a 0s7 do líder, atrás da Haas de Bearman. Bortoleto era o 13º.

A 17 minutos do fim, a McLaren, enfim, entrou na disputa. Norris tomou a dianteira, mas, na sequência, foi superado em 0s4 pelo companheiro de equipe, Piastri, que cravou marcou 1min25s566, encerrando o domínio de Leclerc e da Ferrari. Apesar da reclamação constante em relação aos freios de sua Red Bull, Verstappen recuperou a segunda posição. Bortoleto voltou à pista e passou para 11º, logo atrás de Hülkenberg.

A 10 minutos do fim, Leclerc fez 1min25s438, o melhor tempo do fim de semana, e superou os rivais da McLaren. A bandeira vermelha a 8 minutos do fim - para a retirada de um pedaço da Haas de Bearman da pista - esfriou a disputa. Os carros voltaram ao circuito de Silverstone para abrir uma última volta nos 3 minutos restantes, mas Bortoleto rodou na pista e encerrou a sessão antecipadamente.

Os pilotos voltam ao circuito às 11h deste sábado (horário de Brasília) para disputar a classificação. No domingo, a largada da corrida está marcada também para as 11h.

Confira o resultado do 3º treino livre do GP da Inglaterra:

1º - Charles Leclerc (MON/Ferrari), em 1min25s498

2º - Oscar Piastri (AUS/McLaren), a 0s068

3º - Max Verstappen (HOL/Red Bull), a 0s087

4º - Lando Norris (ING/McLaren), a 0s108

5º - Yuki Tsunoda (JAP/Red Bull), a 0s0606

6º - Oliver Bearman (ING/Haas), a 0s614

7º - Alexander Albon (TAI/Williams), a 0s621

8º - George Russell (ING/Mercedes), a 0s627

9º - Isack Hadjar (FRA/RB), a 0s631

10º - Liam Lawson (NZL/RB), a 0s758

11º - Lewis Hamilton (ING/Ferrari), a 0s834

12º - Carlos Sainz Jr. (ESP/Williams), a 0s834

13º - Esteban Ocon (FRA/Haas), a 0s879

14º - Kimi Antonelli (ITA/Mercedes), a 0s924

15º - Nico Hülkenberg (EST/Sauber), a 1s001

16º - Gabriel Bortoleto (BRA/Sauber), 1s003

17º - Fernando Alonso (ESP/Aston Martin), a 1s396

18º - Franco Colapinto (ARG/Alpine), a 2s099

19º - Lance Stroll (CAN/Aston Martin), a 2s102

20º - Pierre Gasly (FRA/Alpine), a 2s380

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.