Hulk faz gol olímpico, mas Bahia marca nos acréscimos e vence Atlético-MG em casa

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Com direito a golaço e emoção até o fim, Bahia e Atlético-MG fizeram um belo jogo na volta do Campeonato Brasileiro. Jogando em casa, na Arena Fonte Nova, em Salvador, os mandantes levaram a melhor e venceram por 2 a 1, em duelo da 13ª rodada. Os baianos abriram o placar no início da etapa final, com chute de primeira de Luciano Juba, mas Hulk, aos 45, empatou com um gol olímpico. Aos 51, no último lance, Michel Araújo apareceu para confirmar a vitória do Bahia.

Foi o terceiro triunfo seguido do Bahia, que já tinha vencido o São Paulo, por 2 a 1, e Red Bull Bragantino, por 3 a 0. Agora com 24 pontos, o time entrou no G-4, assumindo a terceira colocação.

Já o Atlético-MG não perdia no Brasileirão desde 16 de abril, quando sofreu 2 a 0 para o Santos. Neste período, teve cinco vitórias e três empates. O time segue com 20 pontos, em oitavo lugar. O gol, porém, foi especial para Hulk, que chegou a 126 gols pelo Atlético, empatando com Nívio e entrando no Top 10 artilheiros do clube, liderado por Reinaldo, com 255.

Bahia e Atlético-MG fizeram um primeiro tempo movimentado, embora sem gols até o intervalo. Os dois tiveram duas chances cada em faltas perigosas. Na primeira do Bahia, o árbitro marcou falta na direita, o assistente auxiliou uma marcação de pênaltis, mas o VAR voltou a dizer que foi fora da área. Na cobrança, Luciano Juba mandou por cima. Na outra cobrança, em falta mais central, Willian José bateu colocado, mas Gabriel Delfim saltou bonito para espalmar.

Depois foi a vez do Atlético responder na mesma moeda, com duas faltas de Hulk. Na primeira, ele bateu mais colocado, buscando o cantinho, mas Marcos Felipe espalmou bem. Na segunda, soltou uma pancada, com perigo, mas para fora.

Com a bola rolando, os times também conseguiram criar. O Bahia assustou duas vezes com Ademir, uma em chute cruzado e outra com uma pancada de fora da área, ambas espalmadas por Delfim. Já o Atlético quase marcou com Natanael, mas o chute dentro da área foi bloqueado, e Guilherme Arana, que recebeu na área, mas o chute acertou o lado de fora da rede.

Na volta para o intervalo, o gol não demorou a sair. O Bahia abriu o placar logo aos sete minutos com Luciano Juba. Os times ainda estavam com dificuldade de furar a defesa e foi preciso um lance individual. Após cruzamento, a defesa do Atlético afastou, mas Luciano Juba apareceu na entrada da área e acertou um belo chute, de primeira. A bola foi no cantinho e ainda pingou na frente de Gabriel Delfim antes de entrar.

A partida ficou mais truncada depois disso, diferente do primeiro tempo. Conforme o tempo passava, o Atlético-MG buscava mais o ataque, mas pecava na ansiedade pelo empate. Mas o time conseguiu responder usando novamente a bola parada de Hulk, que fez um golaço. Aos 45 minutos, ele cobrou escanteio com muita curva, engana Marcos Felipe e marcou um gol olímpico.

Quando tudo parecia finalmente definido, o Bahia estragou a comemoração do adversário com gol no último lance. Aos 51, após jogada pela esquerda, a bola chegou um pouco sem querer em Michel Araújo, que ajeitou bem na meia-lua, girou e bateu no canto para decretar a vitória.

Na 14ª rodada, os jogos de Atlético-MG contra o Sport e Bahia contra o Internacional não têm datas definidas. Os próximos compromissos, portanto, serão pela 15ª rodada. No sábado, às 16h, o Bahia visita o Fortaleza no Castelão. Já o Atlético entra em campo no domingo, às 17h30, quando visita o Palmeiras no Allianz Parque, em São Paulo (SP).

FICHA TÉCNICA:

BAHIA 2 X 1 ATLÉTICO-MG

BAHIA - Marcos Felipe; Gilberto, David Duarte, Santiago Mingo e Luciano Juba; Caio Alexandre (Acevedo), Jean Lucas e Everton Ribeiro (Michel Araújo); Ademir (Kayky), Willian José (Lucho Rodríguez) e Erick Pulga (Cauly). Técnico: Rogério Ceni.

ATLÉTICO-MG - Gabriel Delfim; Natanael (Bernard), Lyanco, Junior Alonso (Isaac) e Guilherme Arana; Gabriel Menino (Igor Gomes), Alan Franco, Rubens, Gustavo Scarpa (Cuello) e Dudu (Júnior Santos); Hulk. Técnico: Cuca.

GOLS - Luciano Juba, aos 7 minutos, Hulk, aos 45, e Michel Araújo, aos 51 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Willian José e Rogério Ceni (Bahia); Guilherme Arana e Gustavo Scarpa (Atlético-MG).

ÁRBITRO - Davi De Oliveira Lacerda (ES).

RENDA - R$ 980.191,00.

PÚBLICO - 30.060 pagantes (30.249 no total).

LOCAL - Arena Fonte Nova, em Salvador (BA).

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.