Fortaleza e Ceará fazem o quarto Clássico-Rei de 2025 na volta do Brasileirão

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Mais um clássico importante movimentará a 13ª rodada do Campeonato Brasileiro, que retorna após a pausa para o Mundial de Clubes. Neste domingo, às 20h30, Fortaleza e Ceará fazem o tradicional Clássico-Rei na Arena Castelão, em Fortaleza (CE). A expectativa é de excelente público já que quase 30 mil ingressos tinham sido vendidos até sexta-feira.

O Brasileirão foi paralisado em 12 de junho para a realização do Mundial de Clubes. Devido a participação de Flamengo, Fluminense, Botafogo e Palmeiras na competição internacional, alguns jogos da 12ª e 13ª rodadas não têm datas marcadas, o que não afetou o Fortaleza, com 12 jogos disputados. Já o Ceará tem um jogo a menos, pois não enfrentou o Fluminense na 12ª rodada.

Este será o Clássico-Rei de número 614. Em 613 jogos, foram 188 vitórias do Fortaleza, 208 do Ceará e 217 empates. Nesta temporada, os rivais se enfrentaram três vezes, todas pelo Campeonato Cearense. Na primeira fase, o Ceará venceu por 2 a 1. Na grande final, o alvinegro venceu o duelo de ida por 1 a 0, sagrando-se campeão após empate por 1 a 1 no jogo de volta.

Na última rodada do Brasileirão, o Fortaleza recebeu o Santos e foi superado por 3 a 2, seguindo na zona de rebaixamento, com dez pontos. Foi a quarta derrota seguida do time, que venceu pela última vez em 10 de maio, quando goleou o Juventude por 5 a 0. Como mandante, tem duas vitórias, um empate e três derrotas. Para piorar, perdeu para o Bahia nas quartas de final da Copa do Nordeste, por 2 a 1, na última quarta-feira, e acabou eliminado.

Buscando a recuperação, se movimentou no mercado e acertou a contratação do meia Matheus Pereira e dos atacantes José Herrera, ex-Argentinos Juniors, e Adam Bareiro, ex-River Plate, além do retorno do volante Ryan Guilherme do UD Leiria, de Portugal. Por outro lado, a lista de saídas conta com Dylan Borrero, Felipe Jonatan, Lucas Sasha, Pedro Augusto e Pol Fernández.

Para montar o time, o técnico Juan Pablo Vojvoda não poderá contar com o atacante Marinho. Expulso contra o Vasco, foi punido e precisará cumprir suspensão, embora o Fortaleza ainda busque efeito suspensivo. Moisés, David Luiz e Bruno Pacheco seguem no departamento médico.

Vojvoda fez uma análise do retorno do time e projetou melhora. "Tivemos tempo para preparar e vi coisas que treinamos, mas também coisas que temos que corrigir. Todos somos responsáveis por corrigir e melhorar este momento. Confio que, se continuarmos nesse caminho, o Fortaleza encontrará os resultados."

Como o jogo diante do Fluminense foi adiado, a última vez que o Ceará entrou em campo no Brasileirão foi diante do Atlético-MG, em 1º de junho, quando perdeu por 1 a 0, em Fortaleza (CE), sua segunda derrota seguida.

Com 15 pontos, está na zona intermediária da tabela, mais próximo da zona de rebaixamento. Na quarta-feira, também entrou em campo pela Copa do Nordeste e avançou às semifinais. Bateu o Sport nos pênaltis, por 4 a 2, após empate sem gols no tempo normal.

Apesar de buscar reforços, o Ceará não confirmou nenhum nome e teve as saídas de Alejandro Martínez, Lelê, Léo Rafael e Recalde. O técnico Léo Condé também não pode contar com Luiz Otávio, que se recupera de lesão, mas não tem nenhum desfalque por suspensão.

Apesar de comemorar o resultado da Copa do Nordeste, Condé reforçou o foco do Ceará. "O foco maior nesse segundo semestre com certeza é o Campeonato Brasileiro, mas a Copa do Nordeste tem o seu valor também, a gente sabe o que representa e nos dá confiança."

FICHA TÉCNICA:

FORTALEZA X CEARÁ

FORTALEZA - João Ricardo; Brítez, Kuscevic, Mancha e Diogo Barbosa; Lucas Sasha, Matheus Pereira, Martínez e Pochettino; Yago Pikachu e Lucero. Técnico: Juan Pablo Vojvoda.

CEARÁ - Bruno Ferreira; Fabiano, Marllon, Willian Machado e Matheus Bahia; Sobral, Dieguinho e Lucas Mugni; Galeano, Pedro Raul e Pedro Henrique. Técnico: Léo Condé.

ÁRBITRO - Raphael Claus (SP).

HORÁRIO - 20h30.

LOCAL - Arena Castelão, em Fortaleza (CE).

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.