Maturidade de Bortoleto impressiona chefe Jonathan Wheatley: 'Trajetória de pódios e vitórias'

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Durante quase duas décadas, Jonathan Wheatley ajudou a Red Bull a construir carros vitoriosos para Sebastian Vettel e Max Verstappen - cada um conquistou quatro títulos mundiais. Há três meses no comando da Sauber, o novo chefe tem ajudado Mattia Binotto, o líder na fábrica, a dar competitividade à pior equipe do grid em 2024 - e abrir o caminho para a entrada da Audi na Fórmula 1.

Melhor para Nico Hülkenberg, que conquistou seu primeiro pódio, na Inglaterra, após 238 tentativas frustradas, e Gabriel Bortoleto, o jovem brasileiro que vem de uma temporada vitoriosa na Fórmula 2 e somou seus primeiros pontos na principal categoria do automobilismo na Áustria, após as atualizações no carro.

A dupla de pilotos é uma das poucas certezas no futuro da escuderia. Com a experiência de quem acompanhou o crescimento de nomes como Sebastian Vettel, Daniel Ricciardo e Max Verstappen, Jonathan Wheatley tem acompanhado com entusiasmo a temporada de estreia de Bortoleto na Sauber.

"Gabi está em uma trajetória que o levará a pódios, vitórias e tudo o que ele quiser, tenho certeza, ao longo de sua carreira", disse o chefe em entrevista ao site da Fórmula 1. "Ele está absolutamente no caminho certo no momento, com os objetivos que Mattia e eu conversamos."

Campeão da Fórmula 3 e da Fórmula 2, Bortoleto atravessa um período de aprendizagem, mas seu entusiasmo pelo automobilismo impressiona os chefes. "Ele evoluiu muito bem ao longo das primeiras 12 corridas e tem mostrado um desempenho incrivelmente maduro. Ele está se apoiando em seus engenheiros, ouvindo e mostrando todo o seu talento", comentou Wheatley. "Ele é generoso em seu apetite por conhecimento e em entender como a equipe e o carro funcionam. Tenho sido extremamente encorajado por sua maturidade nesse aspecto."

De acordo com o dirigente, o aprendizado do brasileiro também passa pela experiência do companheiro Nico Hülkenberg, que atravessa a melhor fase da carreira aos 37 anos. "Todo o escritório de engenharia está agitado agora por causa dessa dupla. De um lado, temos o Nico, um modelo incrivelmente completo, extremamente rápido e talentoso para a Gabi. Com a Gabi, temos um jovem com enorme potencial e também uma ótima ética de trabalho. Hülkenberg acolheu a Gabi e os dois têm um ótimo relacionamento."

Apesar do pouco tempo na escuderia suíça, Wheatley já traçou um panorama das condições atuais da Sauber, desde a infraestrutura obsoleta da fábrica em Hinwill até a ambição dos funcionários em evoluir, a fim de preparar a substituição pela Audi no início do próximo ano, mas sabe que o trabalho será a médio prazo.

"É preciso dedicar um tempo ao presente e focar no futuro e no que faremos nos próximos cinco anos", explicou. "Parte do que tenho feito é analisar a infraestrutura, analisar os projetos em andamento, mudá-los rapidamente se necessário, alocar recursos em diferentes áreas, garantir que o orçamento seja sólido e todas essas coisas chatas, para garantir que realmente tenhamos um impacto como Audi no próximo ano."

A próxima etapa do Mundial de Fórmula 1 será o GP da Bélgica, entre 25 e 27 de julho.

Em outra categoria

Uma pesquisa do instituto Ipsos revelou que a saúde mental é o maior motivo de preocupação entre os brasileiros quando o assunto é saúde pública. Segundo o levantamento, 52% dos entrevistados citaram o tema como prioridade, superando problemas como câncer (37%), estresse (33%), abuso de drogas (26%) e obesidade (22%).

Os dados mostram ainda diferenças importantes entre grupos. Enquanto 60% das mulheres dizem se preocupar com saúde mental, entre os homens esse índice é de 44%. A preocupação também é mais forte entre os jovens da Geração Z (60%) do que entre os Boomers (40%), indicando uma mudança geracional na forma como o tema é percebido.

A pesquisa também revela desafios estruturais. Oito em cada dez brasileiros afirmam não conseguir arcar com os custos de uma boa assistência à saúde, e 57% acreditam que a qualidade dos serviços de saúde ainda pode melhorar nos próximos anos. Além disso, 70% apoiam a vacinação obrigatória e 55% temem que a obesidade aumente no país.

O levantamento reforça a necessidade de políticas públicas que priorizem a saúde mental, ao mesmo tempo em que garantam acesso mais amplo e equitativo aos serviços de saúde para a população.

A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.