Sob vaias, Vasco fica no empate com o Grêmio no Rio e vê pressão aumentar no Brasileirão

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Pressionados por um bom resultado, Vasco e Grêmio fizeram um jogo nervoso e com boas atuações dos goleiros Léo Jardim e Tiago Volpi neste sábado. Apesar do esforço pela vitória, a partida terminou empatada por 1 a 1 em São Januário, pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro. Lucas Freitas abriu o placar para os vascaínos, mas Gustavo Martins empatou, ambos no segundo tempo.

O empate não era o melhor resultado para o Vasco, que vive extrema pressão, principalmente após a goleada sofrida, por 4 a 0, na Copa Sul-Americana. Torcedores tiveram uma longa conversa com elenco no CT. Um dos mais cobrados foi João Victor, que também foi vaiado desde o início do jogo, toda vez que tocava na bola. Ao fim do duelo, também houve vaias da torcida e gritos de "Vergonha, vergonha... time sem vergonha". Com o resultado, o time vascaíno soma 14 pontos, bem perto da zona de rebaixamento.

O Grêmio também não está no melhor momento, pois foi goleado pelo Cruzeiro, por 4 a 1, em seu último jogo no Brasileirão. Entretanto, um empate fora de casa não é considerado tão ruim. Com 17 pontos, aparece na zona intermediária da tabela.

O Vasco não teve chances perigosas no começo do jogo e sofreu com algumas falhas defensivas, mas foi salvo por mais uma boa atuação do goleiro Léo Jardim. Em uma delas, fez bela defesa após cabeceio de Braithwaite, em jogada de escanteio. Depois, após roubada de bola, Cristian Olivera chutou forte para outra defesa.

Na reta final, porém, o Vasco passou a controlar mais o jogo e chegou a balançar a rede. Após cobrança de falta e bate e rebate na área, a bola sobrou para Hugo Moura, que chutou no cantinho. O VAR pegou impedimento de Vegetti e o árbitro invalidou o lance.

O atacante ainda teve grande chance de marcar após receber na área e chutar rasteiro, na trave. No último lance, João Victor subiu alto após escanteio, mas errou cabeçada e mandou para fora.

Na volta para o intervalo, o time vascaíno conseguiu abrir o placar. Após escanteio, a bola sobrou para Lucas Freitas na segunda trave. Ele chutou rápido e contou com leve desvio para marcar. Logo depois, Hugo Moura chutou forte e exigiu boa defesa de Tiago Volpi.

Apesar do controle, o Vasco diminuiu o ritmo e o Grêmio chegou ao empate aos 34 minutos. Pavón apareceu bem na direita, levou para o pé esquerdo e cruzou na medida. Gustavo Martins subiu bem para cabecear no contrapé de Jardim, sem chances: 1 a 1.

O lance acordou o Vasco, que respondeu com cabeçada de Vegetti, mas Volpi apareceu para fazer outra boa defesa. Depois, Tchê Tchê tentou chute da entrada da área e Vegetti buscou novo cabeceio, sem sucesso. O time carioca exerceu pressão nos últimos minutos, mas não conseguiu sair com a vitória. Na sua última boa tentativa, Vegetti finalizou após cruzamento, travado. No rebote, Mateus Carvalho mandou para fora.

Na 16ª rodada, o Vasco enfrentaria o Bahia, mas o jogo foi adiado devido à participação de ambos na Copa Sul-Americana. O time carioca joga na terça-feira, às 21h30, diante do Independiente del Valle, do Equador, em casa, pelos playoffs das oitavas de final. No primeiro jogo, o Vasco foi goleado por 4 a 0. Na 17ª rodada, os cruzmaltinos pegam o Internacional no domingo (27), às 18h30, no Beira-Rio, em Porto Alegre (RS).

O Grêmio também não jogará ainda pela 16ª rodada, diante do Botafogo, pelo mesmo motivo. Na quarta, às 21h30, recebe o Alianza Lima, em sua arena, em Porto Alegre (RS), após derrota por 2 a 0 no jogo de ida. No Brasileirão, volta a campo no sábado (26), às 21h, no Allianz Parque, diante do Palmeiras.

FICHA TÉCNICA

VASCO 1 X 1 GRÊMIO

VASCO - Léo Jardim; Paulo Henrique, João Victor (Loide Augusto), Lucas Freitas e Lucas Piton; Tchê Tchê, Hugo Moura e Nuno Moreira; Rayan, Vegetti e David (Mateus Carvalho). Técnico: Fernando Diniz.

GRÊMIO - Tiago Volpi; Gustavo Martins, Wagner Leonardo, Kannemann e Marlon; Dodi, Alex Santana (Cristaldo) e Edenílson (Villasanti); Alysson (Riquelme), Braithwaite (André) e Cristian Olivera (Pavón). Técnico: Mano Menezes.

GOLS - Lucas Freitas, aos 18, e Gustavo Martins, aos 34 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Paulo Henrique e João Victor (Vasco). Alex Santana, Edenílson e Cristian Olivera (Grêmio).

RENDA - R$ 1.089.963,00.

PÚBLICO - 14.724 pagantes (15.556 presentes).

LOCAL - Estádio São Januário, no Rio de Janeiro (RJ).P

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.