F-1: Norris comanda dobradinha da McLaren e larga na frente no GP da Bélgica; Bortoleto é 10º

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Em disputa acirrada entre os carros da McLaren pela pole position, Lando Norris cravou 1min40s562, levou a melhor no circuito de Spa-Francorchamps, neste sábado, e vai liderar o pelotão no GP da Bélgica, neste domingo, seguido por Oscar Piastri, Charles Leclerc e Max Verstappen.

Gabriel Bortoleto, que evitou a eliminação ainda no Q1 graças a um erro de Lewis Hamilton, que teve sua volta rápida apagada, chegou ao Q3 e novamente largará no top 10, em décimo lugar.

Diferentemente de outras etapas, os pilotos não quiseram perder tempo no Q1 e formaram longa fila para sair assim que o cronômetro iniciasse a contagem. Ao tentar deixar os boxes da Sauber, Nico Hülkenberg foi atingido por Lance Stroll, sem disposição a ceder espaço na fila, e precisou trocar o bico do carro.

O clima de tensão e animosidade, porém, não foram levados para a pista. Líder do Mundial, Oscar Piastri foi o primeiro a registrar a volta rápida, em 1min41s998, apenas 0s078 à frente do companheiro, Lando Norris. Assim como na classificação para a corrida sprint, Verstappen se posicionou entre os carros da McLaren, em segundo. Em sua primeira tentativa, Gabriel Bortoleto foi o mais lento, com 1min42s851.

Lawson, Sainz e Leclerc chegaram a liderar a primeira sessão, mas a cinco minutos do fim, já com pneus novos, Norris assumiu a liderança com 1min41s010, 0s191 à frente de Piastri e a 0s324 de Verstappen, o vencedor da corrida sprint.

Bortoleto contou com a sorte para avançar ao Q2. O brasileiro melhorou seu tempo para 1min41s908 e terminou em 16º, fora da zona de classificação, mas Lewis Hamilton, o sétimo colocado, teve sua volta rápida cancelada por pilotar fora do traçado na saída da curva 4 e ficou uma posição atrás do brasileiro, que se classificou em 15º. Assim como o heptacampeão, o italiano Kimi Antonelli, da Mercedes, decepcionou e também foi eliminado no Q1, ao lado de Colapinto, Alonso e Stroll.

A dupla da McLaren voltou a dominar no início do Q2, desta vez com Piastri cravando 1min40s626, 0s089 à frente de Norris, seguidos pela Red Bull de Verstappen e pela Ferrari de Leclerc.

Sem ritmo, a Sauber rondou a zona de eliminação desde o início da segunda sessão, tanto com Bortoleto quanto com Hülkenberg, mas o brasileiro se recuperou com 1min41s336 e, com 0s4 à frente do companheiro, terminou o Q2 em nono. O alemão, que subiu ao pódio na Inglaterra, foi eliminado com Sainz, Gasly, Bearman e Ocon.

Nos 12 minutos derradeiros e decisivos do Q3, Lando Norris retomou a dianteira com 1min40s562 logo no início, com vantagem de 0s089 sobre Piastri, que não conseguiu superar o companheiro no fim. Com nova suspensão traseira, Leclerc bateu o tempo de Verstappen com o cronômetro zerado e sairá em terceiro. Bortoleto teve sua volta deletada por limite de pista, depois não conseguiu uma boa volta e largará em décimo.

O GP da Bélgica, 13ª etapa da temporada de Fórmula 1, será realizado neste domingo, com largada prevista para as 10h (horário de Brasília).

Confira o grid de largada para o GP da Bélgica:

1º - Lando Norris (ING/McLaren), em 1min40s562

2º - Oscar Piastri (AUS/McLaren), em 1min40s647

3º - Charles Leclerc (MON/Ferrari), em 1min40s900

4º - Max Verstappen (HOL/Red Bull), em 1min40s903

5º - Alexander Albon (TAI/Williams), em 1min41s201

6º - George Russell (ING/Mercedes), em 1min41s260

7º - Yuki Tsunoda (JAP/Red Bull), em 1min41s284

8º - Isack Hadjar (FRA/RB), em 1min41s310

9º - Liam Lawson (NZL/RB), em 1min41s328

10º - Gabriel Bortoleto (BRA/Sauber), em 1min42s387

Q2

11º - Esteban Ocon (FRA/Haas), em 1min41s525

12º - Oliver Bearman (ING/Haas), em 1min41s617

13º - Pierre Gasly (FRA/Alpine), em 1min41s633

14º - Nico Hülkenberg (ALE/Sauber), em 1min41s707

15º - Carlos Sainz Jr. (ESP/Williams), em 1min41s758

Q3

16º - Lewis Hamilton (ING/Ferrari), em 1min41s939

17º - Franco Colapinto (ARG/Alpine), em 1min42s022

18º - Kimi Antonelli (ITA/Mercedes), em 1min42s139

19º - Fernando Alonso (ESP/Aston Martin), em 1min42s385

20º - Lance Stroll (CAN/Aston Martin), em 1min42s502

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.