Circuito Mundial de Surfe define calendário de 2026 sem Finals e com novidades em formato

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A World Surf League (WSL) anunciou nesta segunda-feira o calendário de 2026 com novidades no formato de disputa geral e também nas etapas, sem a realização de uma prova Finals e com mais atletas no tour feminino. O Circuito Mundial, organizado pela WSL, vai valorizar a etapa de Pipeline e anular as baterias preliminares de cada disputa.

A temporada 2026 vai começar em abril, em Bells Beach, na Austrália, e será finalizado justamente nas ondas do Havaí, entre 8 e 20 de dezembro. A etapa de Pipeline, contudo, não terá status de Finals. Ou seja, todos os surfistas poderão participar, sem nenhuma restrição.

A primeira grande novidade para a próxima temporada é a divisão do campeonato. Das 12 etapas do calendário, as nove primeiras serão considerada a temporada regular. Na sequência, serão disputados dois eventos da pós-temporada. E, na sequência, a etapa de Pipeline.

O campeonato vai começar com a presença de 36 homens e 24 mulheres. Para disputar a pós-temporada, seguindo na briga pelo título, o surfista terá que estar entre os 24 melhores na etapa de corte, a ser disputada em Lower Trestles, na Califórnia, nos Estados Unidos, em setembro. No circuito feminino, o número de participantes será reduzido para 16.

Para fazer este corte, a organização vai levar em consideração os melhores sete de nove resultados de um surfista na temporada regular. Já para o ranking final da temporada, que definirá o título, serão contabilizados os melhores nove de 12 resultados de um atleta.

O ranking final vai incluir os resultados dos surfistas na última etapa do campeonato em Pipeline. A disputa no Havaí vai contar com a presença de todos os surfistas. Mas só poderão levantar o troféu de campeão da temporada aqueles que passaram pela pós-temporada. Os demais só poderão ser vencedores da própria etapa havaiana, que passará a valer mais pontos.

As ondas de Pipeline vão render 15 mil pontos ao vencedor da etapa, enquanto as demais vão manter os 10 mil a cada campeão.

NOVOS FORMATOS

A chamada temporada regular, que inclui as nove primeiras etapas do calendário, terá 36 homens e 24 mulheres em ação. No masculino, serão 32 classificados e mais dois convidados da temporada e mais dois com convites da própria etapa. No feminino, serão 21 classificadas diretamente e duas convidadas da temporada e duas das etapas.

A partir de 2026, não haverá mais etapa preliminar e repescagem, de forma a tornar cada bateria uma disputa definitiva. Os 28 melhores do ranking masculino e as oito da lista feminina vão entrar diretamente na segunda rodada para enfrentar os vencedores da rodada de abertura. Na sequência, haverá oitavas de final, quartas de final, semifinal e final. No feminino, a segunda rodada já equivale às oitavas.

Na pós-temporada, as etapas disputadas em Portugal e Emirados Árabes Unidos terão menos surfistas em ação, com 22 homens e 14 mulheres, além de dois convites por evento para cada categoria. Novamente, os melhores (oito) entrarão diretamente na segunda rodada no masculino. No feminino, todas entrarão desde a primeira rodada.

Em Pipeline, estarão em disputa 34 homens e 22 mulheres, além de dois convites do evento para cada categoria. Os mais bem ranqueados entrarão mais tarde na chave. Os oito melhores começarão direto das oitavas de final, tanto no masculino quanto no feminino.

Confira abaixo o calendário da temporada 2026:

Etapa 1: Bells Beach, Victoria, Austrália: 1 a 11 de abril

Etapa 2: Margaret River, Austrália Ocidental, Austrália: 17 a 27 de abril

Etapa 3: Snapper Rocks, Queensland, Austrália: 2 a 12 de maio

Etapa 4: Punta Roca, El Salvador: 28 de maio a 7 de junho

Etapa 5: Saquarema, Rio de Janeiro, Brasil: 12 a 20 de junho

Etapa 6: Jeffreys Bay, África do Sul: 10 a 20 de julho

Etapa 7: Teahupo'o, Taiti, Polinésia Francesa: 8 a 18 de agosto

Etapa 8: Cloudbreak, Fiji: 25 de agosto a 4 de setembro

Etapa 9: Lower Trestles, San Clemente, Califórnia, EUA: 11 a 20 de setembro

- corte para reduzir o número de surfistas para a pós-temporada

Etapa 10: Surf Abu Dhabi, Abu Dabi, Emirados Árabes Unidos: 14 a 18 de outubro

Etapa 11: Peniche, Portugal: 22 de outubro a 1º de novembro

- fim da pós-temporada

Etapa 12: Banzai Pipeline, Havaí, EUA: 8 a 20 de dezembro

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.