Bortoleto supera Verstappen e tem melhor largada na F1 com 7º lugar na Hungria; Leclerc é pole

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Na briga entre Lando Norris, líder nos dois treinos livres de sexta-feira, e Oscar Piastri, o mais rápido na primeira atividade deste sábado, Charles Leclerc, da Ferrari, surpreendeu a dupla da McLaren nos segundos finais do treino de classificação e largará na pole position do GP da Hungria, neste domingo, com largada programada às 10h (horário de Brasília).

Já na disputa para pontuar pela terceira vez na temporada, Gabriel Bortoleto chegou novamente ao Q3, como na Bélgica, no último fim de semana, e largará em sétimo lugar. O piloto brasileiro, que havia feito o nono melhor tempo na terceira sessão de treinos livres, neste sábado, mostrou evolução no fim de semana e terá seu melhor grid na temporada.

O Q1 começou com pista seca, mas ameaça de chuva. Na primeira volta rápida do Q1, Piastri foi mais veloz que Norris e cravou 1min15s554, apenas 0s373 à frente do companheiro de McLaren, que logo foi superado pelas Mercedes de Russell e Antonelli. Quando foi para a pista, Bortoleto registrou o 12º tempo, 0s730 atrás do líder, e reclamou da dianteira do carro.

Com o estreito circuito de Hungaroring livre, Fernando Alonso colocou sua Aston Martin na liderança do Q1, com 1min15s281, a 3 minutos do fim, enquanto o companheiro Lance Stroll conseguiu o quarto posto. Nos segundos finais, Piastri retomou a liderança, em 1min15s211, enquanto Bortoleto avançou ao Q2 em sexto lugar, atrás apenas do líder do Mundial, Alonso, Hadjar, Norris e Leclerc.

Passados os 18 minutos da primeira sessão de tomada de tempos, Yuki Tsunoda, da poderosa Red Bull, Pierre Gasly, Esteban Ocon, Nico Hülkenberg - companheiro de Sauber de Bortoleto - e Alexander Albon foram eliminados.

Logo no início do Q2, Norris deu o troco em Piastri e fez o melhor tempo do fim de semana, correndo abaixo de 1min15, em 1min14s890, 0s051 à frente do líder do Mundial. Alonso e Stroll novamente evitaram o tráfego e mantiveram a Aston Martin próxima dos líderes, enquanto Bortoleto ficou em 13º, fora da zona de classificação ao Q3, após sua volta inicial.

Com ameaça de chuva, Piastri não conseguiu melhorar seu tempo e terminou a segunda sessão atrás de Norris. Bortoleto fez o décimo melhor tempo e secou Sainz, que ficou apenas um centésimo atrás do brasileiro, e Franco Colapinto para avançar ao Q3. Além da dupla, também foram eliminados Lewis Hamilton, da Ferrari, Kimi Antonelli, da Mercedes, e Oliver Bearman.

A McLaren tratou de abrir os 12 minutos derradeiros do Q3 sem dar chances para os concorrentes, com Piastri retomando a dianteira, em 1min15s398, à frente de Norris, Russell, Alonso e Verstappen. Bortoleto tinha o oitavo tempo - Stroll teve sua volta apagada por irregularidades e Hadjar não tinha ido para a pista restando 4 minutos para zerar o cronômetro.

Nos segundos finais da classificação, Leclerc surpreendeu a dupla da McLaren e assumiu a ponta, com 1min15s372, apenas 0s026 à frente de Piastri e a 0s041 de Norris. Bortoleto voou na pista e ficou no sétimo posto, seu melhor grid na F-1. Festejado pela torcida austríaca, casa da Red Bull, o tetracampeão Max Verstappen teve desempenho discreto nas três parciais e largará no oitavo posto.

O GP da Hungria, 14ª etapa da temporada de Fórmula 1, será realizado neste domingo, com largada prevista para as 10h (horário de Brasília).

Confira o grid de largada para o GP da Hungria de Fórmula 1:

1º - Charles Leclerc (MON/Ferrari), em 1min15s 372

2º - Oscar Piastri (AUS/McLaren), em 1min15s398

3º - Lando Norris (ING/McLaren), em 1min15s413

4º - George Russell (ING/Mercedes), em 1min15s425

5º - Fernando Alonso (ESP/Aston Martin), em 1min15s481

6º - Lance Stroll (CAN/Aston Martin), em 1min42s498

7º - Gabriel Bortoleto (BRA/Sauber), em 1min15s725

8º - Max Verstappen (HOL/Red Bull), em 1min15s728

9º - Liam Lawson (NZL/RB), em 1min15s821

10º - Isack Hadjar (FRA/RB), em 1min15s915

Q2

11º - Oliver Bearman (ING/Haas), em 1min15s694

12º - Lewis Hamilton (ING/Ferrari), em 1min15s702

13º - Carlos Sainz Jr. (ESP/Williams), em 1min15s781

14º - Franco Colapinto (ARG/Alpine), em 1min16s159

15º - Kimi Antonelli (ITA/Mercedes), em 1min16s386

Q3

16º - Yuki Tsunoda (JAP/Red Bull), em 1min15s899

17º - Pierre Gasly (FRA/Alpine), em 1min15s966

18º - Esteban Ocon (FRA/Haas), em 1min16s023

19º - Nico Hülkenberg (ALE/Sauber), em 1min16s081

20º - Alexander Albon (TAI/Williams), em 1min16s223

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.