Bortoleto chega em 6º na Hungria e tem melhor resultado na F-1; Norris segura Piastri e vence

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Após receber a bandeirada em 8º, na Áustria, e em 9º, na Bélgica, Gabriel Bortoleto chegou na 6ª posição no GP da Hungria, neste domingo, no circuito de Hungaroring, nas cercanias de Budapeste, e teve seu melhor desempenho após 14 provas na principal categoria do automobilismo - foi a segunda etapa seguida em que ele alcançou a zona de pontuação. Com o resultado, o piloto da Sauber somou mais 8 pontos no Mundial e chegou a 14, superando Yuki Tsunoda e Oliver Bearman na tabela. De quebra, o brasileiro foi eleito o melhor piloto da corrida.

O pole position Charles Leclerc bem que tentou atrapalhar a festa da McLaren, mas Oscar Piastri e Lando Norris mais uma vez chegaram às voltas finais duelando pelo primeiro lugar. O britânico conseguiu segurar o líder do Mundial e alcançou sua nona vitória na Fórmula 1. Norris também reduziu para nove pontos a vantagem do companheiro no Mundial de Pilotos (284 a 275). George Russell, da Mercedes, completou o pódio.

Em uma pista estreita, que possibilita raras ultrapassagens, a largada foi emocionante. Pole position, Charles Leclerc estava atento e se manteve à frente das McLarens, que têm se mostrado mais rápidas na temporada. Piastri se segurou no segundo posto, mas Lando Norris perdeu posições para George Russell e Fernando Alonso - conseguiu recuperar um posto ao superar o espanhol no quarto giro.

Após largar em sétimo lugar, seu melhor grid neste temporada de estreia na Fórmula 1, Gabriel Bortoleto ganhou a posição de Lance Stroll e pulou para sexto. O tetracampeão Max Verstappen, oitavo no grid, perdeu um posto no início, mas ultrapassou Lawson e Stroll e passou a pressionar o brasileiro pelo sexto posto. No fundo do grid, Lewis Hamilton perdeu duas posições e caiu para 14º.

Depois de 16 voltas, Leclerc conseguiu abrir uma confortável vantagem de 3s1 em relação a Piastri. Apenas 0s8 atrás, Norris pressionava Russell na briga pelo terceiro posto. Cercado por campeões mundiais, ainda em sexto, Bortoleto vinha 2s4 atrás de Alonso e 1s9 à frente de Verstappen.

Os pilotos que ocupavam o top 10 iniciaram as trocas de pneus a partir da 18ª das 70 voltas da prova. Sem fazer seu pit stop, Norris assumiu a liderança, seguido por Leclerc, Piastri, Alonso, Russell e Bortoleto, cuja estratégia de uma parada o fazia perder rendimento e se afastar dos carros à sua frente a cada volta. Também com pneus desgastados, sem pit stop, Alonso não conseguiu segurar Russell e perdeu o quarto posto na 26ª volta.

Em disputa na zona intermediária, entre donos de 11 títulos mundiais, Verstappen empurrou a Ferrari de Hamilton para fora da pista e assumiu o 11º lugar. Na frente, Piastri se aproximava de Leclerc, 1s6 atrás, e o piloto da Ferrari discutia com seu engenheiro, insatisfeito com a estratégia de uma parada. Norris parou no 32º giro e voltou em quarto, entre Russell e Alonso, deixando a ponta para Leclerc. Bortoleto segurava o sexto entre os carros da Aston Martin de Alonso (7s7) e Stroll (3s9).

Os pilotos que apostaram em um pit stop foram para os boxes a partir da 40ª volta. Piastri aproveitou a parada de Leclerc para assumir a liderança da prova, Alonso retornou em sexto, atrás de Verstappen, e Bortoleto voltou em oitavo, à frente de Stroll, seu principal concorrente, mas assumiu o sétimo posto com a troca de pneus de Hamilton. Na volta 45, Piastri liderava seguido por Norris, Leclerc, Russell, Verstappen, Alonso e Bortoleto.

Piastri foi para os boxes e Norris retomou a liderança a 23 voltas do fim. O líder do Mundial retornou em terceiro, mas quatro voltas depois ultrapassou Leclerc - restringindo a briga pela vitória novamente entre os carros da McLaren. O piloto da Ferrari não escondeu a frustração no rádio "por não ter sido ouvido pela equipe". A 18 voltas da bandeirada, Bortoleto se aproximava de Alonso na disputa pelo quinto lugar.

A disputa pelo pódio voltou a se intensificar nas voltas finais da corrida. Piastri tentava se aproximar de Norris, a 2s6 de distância, enquanto Russell atacava Leclerc pelo terceiro lugar - o piloto da Mercedes mergulhou e tomou o terceiro lugar do monegasco a oito voltas do fim. Em sexto, Bortoleto tinha 2s1 de vantagem sobre Stroll e vinha 4s7 atrás de Alonso.

A cinco voltas do fim, Piastri passou a atacar Norris na briga pela vitória. Na última volta, o australiano chegou a mergulhar para ultrapassar o companheiro de equipe, mas travou a roda e precisou se contentar com o segundo posto. Com ótimo desempenho e estratégia certeira da Sauber, Gabriel Bortoleto manteve o sexto posto até o fim.

Após três semanas de pausa, a Fórmula 1 retorna no GP da Holanda, a 15ª etapa da temporada, entre 29 a 31 de agosto. A corrida, no domingo (31), tem largada prevista para as 10h (horário de Brasília).

Confira o resultado do GP da Hungria de Fórmula 1:

1º - Lando Norris (ING/McLaren), em 1h35min21s231

2º - Oscar Piastri (AUS/McLaren), a 0s698

3º - George Russell (ING/Mercedes), a 21s916

4º - Charles Leclerc (MON/Ferrari), a 42s560

5º - Fernando Alonso (ESP/Aston Martin), a 59s040

6º - Gabriel Bortoleto (BRA/Sauber), a 1min06s169

7º - Lance Stroll (CAN/Aston Martin), a 1min08s174

8º - Liam Lawson (NZL/RB), a 1min09s451

9º - Max Verstappen (HOL/Red Bull), a 1min12s645

10º - Kimi Antonelli (ITA/Mercedes), a 1 volta

11º - Isack Hadjar (FRA/RB), a 1 volta

12º - Lewis Hamilton (ING/Ferrari), a 1 volta

13º - Nico Hülkenberg (ALE/Sauber), a 1 volta

14º - Carlos Sainz Jr. (ESP/Williams), a 1 volta

15º - Alexander Albon (TAI/Williams), a 1 volta

16º - Esteban Ocon (FRA/Haas), a 1 volta

17º - Yuki Tsunoda (JAP/Red Bull), a 1 volta

18º - Franco Colapinto (ARG/Alpine), a 1 volta

19º - Pierre Gasly (FRA/Alpine), a 1 volta

NÃO COMPLETOU A PROVA

Oliver Bearman (ING/Haas)

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No Outubro Rosa, mês dedicado ao combate da doença, oncologista da Imuno Santos esclarece estratégicas de prevenção e tratamento

O que você faria se pudesse prever um tumor? Com o avanço da ciência e tecnologia, já é possível saber, antes mesmo da apresentação de sintomas, se uma pessoa tem ou não predisposição para a doença. Neste mês de conscientização do câncer de mama, que deve afetar mais de 73,6 mil mulheres no Brasil em 2025, segundo o Ministério da Saúde e o Inca (Instituto Nacional de Câncer), o rastreamento genético é uma potente aliada da medicina. 

A oncologista da Imuno Santos, Suelli Monterroso, explica que o exame é um complemento importante aos métodos tradicionais, como a mamografia, ultrassonografia e ressonância magnética. ”O teste genético pode ser feito para identificar mutações hereditárias no DNA que possam evoluir para doenças cancerígenas, neurológicas e cardíacas. Isso permite escolhas estratégicas, como antecipação e aumento da frequência de análises de rastreamento, o que amplia as chances de cura em casos de detecção de tumores em estágios iniciais”, destaca.

Outra medida para quem possui alta probabilidade de ter neoplasia mamária, são as cirurgias preventivas redutoras de risco. A mastectomia, por exemplo, remove uma ou ambas as mamas e reduz em até 90% as chances do diagnóstico de câncer de mama em quadros de mutações genéticas ou forte histórico familiar. 

Homens também são afetados

Embora o câncer de mama seja mais comum em mulheres, homens também podem desenvolver a doença. No Brasil, desconsiderando  os tumores de pele não melanoma, é o que mais acomete mulheres. Apesar de representar apenas 1% dos casos, o sexo masculino também faz parte do universo de suscetívis a doença. O diagnóstico raro, se comparado a incidência no público feminino (1 a cada 8 mulheres), alerta para a importância da atenção redobrada. 

“A presença de um nódulo, geralmente duro, irregular e indolor, é o sintoma mais encontrado nos consultórios. Entretanto, os mamilos podem apresentar indícios como edema cutâneo na pele, dor, descamação, ulceração, secreção papilar e hiperemia. Por isso, é fundamental que todos criem o hábito de fazer o autoexame em momentos como o do banho, em que a sensibilidade é maior”, enfatiza a oncologista. 

Redução de mortalidade

De acordo com o Governo Federal, o câncer de mama é a primeira causa de morte por tumor em mulheres no Brasil e em 2023 registrou mais de 20 mil óbitos pela doença. No entanto, graças a ampliação da faixa etária para a realização de mamografia pelo SUS (Sistema Único de Saúde), a tendência é que essa mortalidade seja reduzida. 

Agora, as mulheres de 40 a 49 anos têm direito a mamografia pelo SUS, mesmo que não apresentem anomalias. Outra novidade é que o rastreamento ativo será realizado a cada dois anos até os 74 anos de idade. Até então, o exame preventivo era obrigatório entre 50 e 69 anos. A ação de combate é fundamental, considerando que o envelhecimento é um fator de risco e cerca de 60% dos casos de câncer de mama são diagnosticados nesta fase da vida. 

Tratamento

O diagnóstico de câncer de mama só é confirmado mediante a biópsia. O tratamento adequado varia de acordo com o tipo e estágio do tumor, e pode consistir em procedimentos como cirurgia (cirurgia conservadora da mama ou mastectomia), quimioterapia, imunoterapia, radioterapia e hormonioterapia.

Dados apontam que 72% dos brasileiros sofrem de distúrbios do sono; médico alerta para os riscos à saúde e ensina hábitos simples que fazem diferença na hora de descansar



Muitas pessoas encaram o sono como um luxo ou uma perda de tempo. No ritmo acelerado da vida moderna, sacrificar algumas horas de descanso parece uma forma de ser mais produtivo. No entanto, segundo especialistas, essa visão é um equívoco. A ciência tem mostrado que o descanso noturno tem um impacto em diversos aspectos da nossa saúde, tanto física quanto mental.

De acordo com estudos realizados pela Fiocruz em 2023, 72% da população brasileira tem alguma doença relacionada ao sono. O sono de qualidade é um dos pilares mais importantes para uma boa saúde, tão imprescindível quanto a alimentação saudável e a prática regular de exercícios. 

“Durante o sono, o corpo não está parado, mas sim em um estado de reparo e regeneração. É nesse período que o sistema imunológico se fortalece, aumentando nossa capacidade de combater infecções. A privação crônica de sono está relacionada a um maior risco de desenvolver problemas de saúde graves, como obesidade, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares”, comenta o neurologista da Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo, Edson Issamu Yokoo.

Além dos benefícios físicos, o sono desempenha um papel na saúde mental e cognitiva. Ele é fundamental para a consolidação da memória e para o processamento de informações que acumulamos ao longo do dia. 

“Uma boa noite de sono melhora a capacidade de aprendizado, a concentração e a resolução de problemas. A falta de sono, por sua vez, pode levar a problemas como irritabilidade, ansiedade e até mesmo quadros de depressão”, explica o médico.

Um estudo publicado no Psychological Bulletin, da American Psychological Association, apontou por meio da análise de diversos estudos sobre o tema que a privação do sono por uma ou mais noites resulta no aumento de sintomas de ansiedade e preocupação.

“O bem-estar emocional também é regulado pelo sono. Quando dormimos bem, nosso corpo consegue gerenciar melhor os hormônios do humor, permitindo que controlemos nossas emoções para reagir de forma mais equilibrada aos desafios diários. Uma noite mal dormida pode nos deixar mais sensíveis e propensos a mudanças de humor”, aponta o neurologista.

Para entender como o sono funciona, é preciso falar da melatonina. Este hormônio, produzido naturalmente pela glândula pineal no cérebro, é o responsável por regular nosso relógio biológico. 

“A produção desse hormônio aumenta com a escuridão, sinalizando ao corpo que é hora de se preparar para dormir. A luz, especialmente a luz azul de telas de celulares e computadores, suprime a produção de melatonina, o que explica por que usar o celular antes de dormir atrapalha o sono”, comenta Yokoo.

Quebrando alguns mitos sobre o sono

Apesar da importância do sono, muitas crenças populares ainda confundem as pessoas. Segundo o neurologista, é um mito, por exemplo, que se pode compensar a falta de sono no fim de semana. 

“Embora dormir mais ajude a se sentir melhor, a ´dívida de sono’ acumulada durante a semana não é totalmente resolvida e continua a afetar o corpo. Outro mito comum é que roncar é normal. O ronco é um sinal de que existe obstrução física/mecânica parcial  nas vias respiratórias durante o sono. O turbilhonamento do ar quando passa por esta obstrução é que dá o som de ronco”, explica o neurologista.

Segundo o especialista, a apneia é quando existe uma parada respiratória temporária durante o sono, que pode levar à dessaturação de oxigênio sanguíneo. “A presença de ronco aumenta muito a chance de se ter apneia, que leva à consequências variadas no cérebro, desde prejudicar os ciclos do sono até causando pequenas lesões isquêmicas cerebrais, podendo ocasionar à situação de Acidente Vascular Encefálico e crises epilépticas ou demências. Ou seja, o ronco não é um sinal da apneia, mas um potencial causador da condição”, comenta o médico.

Yokoo aponta ainda mais um mito, aquele que diz que o cochilo a tarde sempre é benéfico. Segundo ele, um cochilo curto e bem sincronizado (geralmente de 20 a 30 minutos) pode ser ótimo para melhorar o humor, a atenção e o desempenho. No entanto, cochilos longos ou tirados muito tarde no dia podem atrapalhar o sono noturno. Se você tem dificuldade para dormir à noite, pode ser melhor evitar cochilos.

“Tem também a ideia de que quanto mais tempo você dorme, melhor, que é mito. O ideal para a maioria dos adultos é [dormir] entre 7 e 9 horas por noite. Dormir em excesso consistentemente pode estar associado a problemas como diabetes e depressão”, explica.

O neurologista da Rede de Hospitais São Camilo aponta algumas dicas importantes para melhorar a qualidade do sono:

  • Crie uma rotina: Tente ir para a cama e acordar no mesmo horário todos os dias, até nos fins de semana.
  • Controle o ambiente: Mantenha o quarto escuro, silencioso e com uma temperatura agradável.
  • Desconecte-se: Evite o uso de telas pelo menos uma hora antes de dormir.
  • Relaxe: Realize atividades relaxantes antes de dormir, como ler um livro ou tomar um banho morno.

“Vale ressaltar que priorizar o sono não é um ato de preguiça, mas sim um investimento na sua saúde e bem-estar físico e mental a longo prazo, melhorando a qualidade de vida do paciente”, finaliza o neurologista.

Ministério da Saúde atualiza, nesta quarta (15), o número de notificações de intoxicação por metanol após consumo de bebida alcoólica. Até o momento, 148 notificações foram registradas, sendo 41 casos confirmados e 107 em investigação. Outras 469 notificações foram descartadas. 

O estado de São Paulo concentra 60,81% das notificações, com 33 casos confirmados e 57 ainda em investigação.  

Até a última atualização, apenas os estados de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul haviam registrado casos confirmados. Agora, o estado de Pernambuco também confirmou casos por esse tipo de intoxicação. Com isso, os números de casos confirmados são: 33 em SP, 4 no PR, 3 em PE e 1 no Rio Grande do Sul. 

Em relação aos casos em investigação, São Paulo investiga 57, Pernambuco (31), Rio de Janeiro (6), Mato Grosso do Sul (4), Piauí (3), Rio Grande do Sul (3), Alagoas (1), Goiás (1) e Paraná (1). 

Em relação aos óbitos, 6 foram confirmados no estado de São Paulo e 2 em Pernambuco. Outros 10 seguem em investigação, sendo 4 em SP, 3 em PE, 1 no MS, 1 na PB e 1 no PR.