Santos tem atuação apagada, perde para o Ceará e volta a flertar com a zona de rebaixamento

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O Santos voltou a decepcionar no Campeonato Brasileiro. Em mais uma atuação sem brilho, o time paulista perdeu por 3 a 0 para o Ceará, neste domingo, na Arena Castelão, e se manteve próximo da zona de rebaixamento. O resultado ampliou a pressão sobre o elenco e expôs novamente as dificuldades ofensivas da equipe.

Com o resultado, o Ceará subiu para o décimo lugar, com 34 pontos, cada vez mais longe da zona de rebaixamento. O Santos, por sua vez, fica em situação perigosa, no 16º lugar, com 28. O Vitória, primeiro dentro da degola, tem 25.

A ausência de Neymar continua sendo um peso visível. O camisa 10, em recuperação de uma lesão grau 2 no músculo reto femoral da coxa direita, acompanhou o jogo de casa, enquanto segue tratamento. Desde que o atacante se afastou, o Santos perdeu mobilidade no ataque e criatividade na ligação entre meio e frente.

O início da partida foi um retrato da desorganização santista. O Ceará partiu com tudo e, logo no primeiro minuto, acertou o travessão em chute de Dieguinho. Pouco depois, Lucas Mugni aproveitou rebote e marcou o gol que abriu caminho para o domínio da equipe da casa.

A resposta do Santos foi tímida. Com posse de bola previsível e pouca profundidade, o time chegou apenas em lances isolados. Rollheiser, em cobrança de falta, acertou o travessão e protagonizou o único momento de real perigo antes do intervalo.

Vojvoda tentou mudar o cenário no segundo tempo ao lançar Barreal para dar mais movimentação. O Santos até ganhou volume, explorou mais o lado direito com Igor Vinícius, mas continuou esbarrando na lentidão para finalizar e na falta de sintonia entre os homens de frente.

O Ceará, mais equilibrado, esperou o momento certo para definir o placar. Léo Condé colocou Vina e Pedro Henrique, que em sua primeira participação completou cruzamento de Galeano e fez o segundo gol, aos 20 minutos, frustrando qualquer tentativa de reação do time paulista.

A partir daí, o Santos se lançou ao ataque, mas sem organização. As substituições de Vojvoda não surtiram efeito, e o time passou a abusar dos cruzamentos, facilmente neutralizados pela defesa adversária. Quem tentou algo diferente foi Rollheiser. O meia teve algumas oportunidades, mas parou no goleiro Bruno Ferreira, um dos destaques do duelo.

O setor defensivo também voltou a preocupar. A marcação em linha alta deu espaços, e a transição lenta permitiu contra-ataques perigosos, a exemplo de Pedro Henrique, que acertou a trave. A vulnerabilidade coletiva expôs novamente a falta de solidez que acompanha a equipe no campeonato e ficou mais evidente aos 48, quando Fernando Sobral acertou um lindo chute e deu números finais ao embate.

Sem Neymar e sem soluções criativas, o Santos parece cada vez mais dependente de lampejos individuais. A recuperação do camisa 10, prevista apenas para novembro, tornou-se uma urgência esportiva para a equipe que começa a enxergar o pesadelo de um novo rebaixamento ficar cada vez mais perto de se tornar uma realidade.

Ceará e Santos voltam a campo após a Data Fifa. Na quarta-feira, dia 15, o Ceará enfrenta o Sport, às 20h, na Ilha do Retiro, em Recife (PE). Já o Santos faz o clássico com o Corinthians, às 21h30, na Vila Belmiro, em Santos (SP).

FICHA TÉCNICA

CEARÁ 3 X 0 SANTOS

CEARÁ - Bruno Ferreira; Fabiano, Marcos Victor, Willian Machado e Matheus Bahia; Dieguinho (Fernando Sobra), Lucas Mugni (Vina) e Lourenço (Richardson); Galeano (Aylon), Pedro Raul e Fernandinho (Pedro Henrique). Técnico: Léo Condé.

SANTOS - Gabriel Brazão; Igor Vinícius (Caballero), Alexis Duarte, Adonis Frías e Escobar (Souza); João Schmidt, Tomás Rincón (Barreal), Zé Rafael e Rollheiser (Thaciano); Guilherme (Tiquinho Soares) e Lautaro Díaz. Técnico: Vojvoda.

GOLS - Lucas Mugni, aos nove minutos do primeiro tempo. Pedro Henrique, aos 20, e Fernando Sobral, aos 48 minutos do segundo tempo.

CARTÕES AMARELOS - Lourenço (Ceará); Igor Vinícius, Rollheiser e Tiquinho Soares (Santos)

ÁRBITRO - Anderson Daronco (RS).

RENDA - R$ 425.775,00

PÚBLICO - 25.636 torcedores

LOCAL - Arena Castelão, em Fortaleza (CE).

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A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.

O sarampo é uma infecção aguda e viral causada pelo morbilivírus, com alto poder de transmissão entre pessoas de qualquer idade. O contágio acontece de forma direta, principalmente por secreções nasais expelidas ao tossir, espirrar ou falar.

Entre os sintomas mais comuns estão tosse persistente, febre, manchas avermelhadas na pele, dores no corpo, coriza, irritação nos olhos e manchas brancas na parte interna da boca.

Atualmente, não existe tratamento específico para o sarampo. Em quadros mais graves, pode ser necessária a administração de vitamina A. Nos casos leves, a ingestão de líquidos e o controle da febre ajudam a evitar complicações.

A vacinação é a única forma eficaz de prevenção. A vacina está disponível gratuitamente em todos os postos de saúde durante todo o ano e pode ser aplicada em crianças e adultos.

Especialistas reforçam que manter a vacinação em dia é essencial para evitar surtos e proteger não apenas quem recebe a dose, mas também a comunidade como um todo.