Vômito, lesões e 'burnout': circuito do tênis expõe desgaste de atletas

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Na reta final da temporada do tênis, atletas mostram desgaste pelo extenso calendário da modalidade. Nos últimos dias, Jannik Sinner e Francisco Comesaña sofreram com desgaste físico em suas eliminações no Masters de Xangai - com o italiano tendo abandonado a partida contra Tallon Griekspoor. No mesmo torneio, Novak Djokovic foi flagrado vomitando em função do calor e do cansaço em quadra.

Xangai, antes mesmo do início das disputas, foi palco de debates quanto ao calendário da ATP. Nomes como João Fonseca e Carlos Alcaraz desistiram de disputar o torneio, focando na preparação para os últimos torneios da temporada, na Europa. O mesmo ocorreu com Stefanos Tsitsipas, Jack Draper, Arthur Fils e Jack Draper.

O Masters 1000 é a 'ponta do iceberg' após uma temporada em que o número de reclamações dos atletas quanto ao calendário do circuito aumentou. Jakub Mensik, 16º no ranking da ATP, revelou que sofre com problemas físicos dado ao número de jogos na temporada. "Competir na Copa Davis e na Laver Cup depois dos Estados Unidos tem sido difícil; meu corpo sofreu. Isso é inevitável, com uma agenda tão ocupada o ano todo. Acho que joguei demais", disse.

Menos de uma semana antes de abandonar a competição, Sinner havia conquistado o ATP 500 em Pequim. Pelo número de torneios no calendário, não há como haver um descanso maior entre as competições.

Iga Swiatek, em junho, também criticou a forma como o calendário é construído ao longo do ano, e a distribuição dos torneios. "O calendário é super intenso, intenso demais. Não faz sentido precisarmos jogar mais de 20 torneios em um ano", declarou à época. "Às vezes, precisamos disputar WTA 500, por exemplo, já que, se não jogarmos, levamos zero pontos no ranking."

João Fonseca, estrela brasileira no circuito, sofreu com enjoo, mal-estar e desgastes físicos ao longo do ano. Muito antes de desistir da participação no Masters de Xangai, em outubro. "Jogo difícil, acabei passando mal, querendo vomitar. Não sei o que aconteceu, se foi o nervosismo, mas foi só um susto", afirmou, em março, após estreia com vitória sobre Learner Tien, no Miami Open.

Novak Djokovic, já na reta final da carreira, sofreu com os mesmos problemas que colegas de profissão em Xangai. Antes da partida de estreia no Masters 1000, reconheceu que o calendário não é o ideal, mas criticou a postura de outros tenistas, como Carlos Alcaraz. "Reclamamos, mas não investimos o tempo e o esforço necessários para mudar as coisas. É preciso o melhor do mundo (Alcaraz) para se organizar, entender como tudo funciona e fazer mais do que apenas falar em coletivas de imprensa. Sei disso por experiência própria", afirmou.

"Há um forte monopólio na tomada de decisões no tênis, construído ao longo de décadas, e muitas pessoas não querem mudar isso. Os tenistas não estão unidos o suficiente", declarou. O desgaste físico é, muitas vezes, acompanhado do mental. Nomes como Bia Haddad desistiram dessa reta final de temporada para recuperar as energias para o ano seguinte.

"Estou fazendo este post para dividir com vocês que estou encerrando a minha temporada de 2025 um pouquinho antes do programado para poder descansar por um maior período o corpo e a mente", anunciou a tenista, em setembro. Ao Estadão, Guga concordou com a decisão da tenista, e afirmou que isso pode prolongar a carreira da atleta.

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A mamografia é considerada um dos métodos mais eficazes para o diagnóstico precoce do câncer de mama, o tipo de câncer mais letal entre as mulheres no Brasil. Trata-se de um exame de imagem que permite identificar alterações suspeitas antes mesmo de sintomas surgirem, aumentando as chances de um tratamento bem-sucedido.

O procedimento é feito por meio de uma máquina que examina especificamente o tecido mamário. As mamas são posicionadas sobre uma bandeja de acrílico, onde ocorre uma leve compressão, necessária para obter imagens nítidas. A máquina, então, realiza radiografias utilizando doses baixas de radiação, menores do que as aplicadas em exames de outras regiões do corpo.

De acordo com o Ministério da Saúde, recomenda-se que mulheres entre 40 e 69 anos realizem o exame a cada dois anos como forma de rastreamento. Já mulheres com menos de 40 anos podem ser orientadas a fazer a mamografia caso haja histórico familiar de câncer de mama ou risco de tumores hereditários.

A importância do exame é reforçada pelo dado alarmante: somente em 2025, o Brasil deve registrar cerca de 73,6 mil novos casos da doença. A prevenção e o diagnóstico precoce continuam sendo as principais armas para reduzir a mortalidade e ampliar as chances de cura.

Com a chegada da primavera, o cenário de flores coloridas e temperaturas mais amenas também traz um alerta: a estação é marcada pelo aumento de alergias e doenças virais. O pólen liberado pelas flores, somado ao clima mais seco, cria condições favoráveis para a proliferação de vírus e o agravamento de problemas respiratórios e infecciosos.

Entre as doenças mais comuns nessa época do ano estão a asma, rinite alérgica, conjuntivite e outras reações alérgicas, além de enfermidades virais como catapora, sarampo, rubéola e caxumba. Crianças costumam ser mais vulneráveis, o que reforça a importância de manter a carteira de vacinação atualizada.

Médicos orientam que, para reduzir os riscos, é essencial manter hábitos de prevenção, como hidratar-se bem, evitar ambientes com poeira acumulada, lavar sempre as mãos e reforçar o uso de máscaras em locais com maior concentração de pólen ou aglomerações. Em casos de sintomas persistentes — como crises de tosse, dificuldade para respirar, coceira nos olhos e manchas na pele — a recomendação é procurar atendimento médico.

A primavera, portanto, exige atenção redobrada com a saúde, principalmente de crianças, idosos e pessoas com doenças crônicas. Mais do que apreciar a beleza da estação, é preciso cuidar para que o florescer das plantas não seja acompanhado pelo florescer de problemas de saúde.

O sarampo é uma infecção aguda e viral causada pelo morbilivírus, com alto poder de transmissão entre pessoas de qualquer idade. O contágio acontece de forma direta, principalmente por secreções nasais expelidas ao tossir, espirrar ou falar.

Entre os sintomas mais comuns estão tosse persistente, febre, manchas avermelhadas na pele, dores no corpo, coriza, irritação nos olhos e manchas brancas na parte interna da boca.

Atualmente, não existe tratamento específico para o sarampo. Em quadros mais graves, pode ser necessária a administração de vitamina A. Nos casos leves, a ingestão de líquidos e o controle da febre ajudam a evitar complicações.

A vacinação é a única forma eficaz de prevenção. A vacina está disponível gratuitamente em todos os postos de saúde durante todo o ano e pode ser aplicada em crianças e adultos.

Especialistas reforçam que manter a vacinação em dia é essencial para evitar surtos e proteger não apenas quem recebe a dose, mas também a comunidade como um todo.